TÍTULO
XI
POLIOMIELITE
(Paralisia Infantil) CID – 045
CODAR
HB.APO/CODAR 23.211
1.
Caracterização
A poliomielite é uma
infecção viral aguda erradicada em todo o Brasil, a partir da 1990, em
conseqüência de muito bem conduzidas campanhas de vacinação oral, com o vírus
atenuado, que atingem anualmente a
quase totalidade da população infantil do País, com menos de 6 (seis anos).
O Sistema
Nacional de Defesa Civil – SINDEC coopera com o Sistema Único de Saúde – SUS no
apoio a estas campanhas.
Nos países que ainda não
erradicaram a doença, a infecção viral pode apresentar níveis de gravidade, que
variam desde uma infecção inaparente, passando por uma doença febril atípica,
por um quadro de meningite asséptica, até uma doença paralítica que, nos casos
extremos, pode ser mortal.
O
quadro clássico da poliomielite caracteriza-se por:
· febre, mal-estar generalizado e dor-de-cabeça
(cefaléia) intensa;
· náuseas e vômitos;
· rigidez de nuca, com intensificação da
cefaléia, tipificando a síndrome de meningite;
· paralisia flácida, normalmente assimétrica.
A poliomielite não
paralítica pode se exteriorizar sob a forma de uma meningite asséptica.
O vírus
que se instalou inicialmente na faringe e no tubo digestivo se multiplica e,
após uma fase de viremia, que coincide com o ataque febril, pode atingir o
sistema nervoso central, ultrapassando a barreira das meninges.
No sistema nervoso
central, compromete seletivamente as células nervosas (neurônios) motoras,
provocando paralisia flácida, normalmente dos membros inferiores.
A paralisia é
caracteristicamente assimétrica e sua localização depende dos neurônios
corticais e medulares, que foram danificados pelo vírus.
Em casos raríssimos,
ocorre paralisia nos músculos respiratórios e o paciente corre o risco de vida.
A incidência de infecção
inaparente ou de menor gravidade é, pelo menos, 100 vezes maior que a dos casos
paralíticos e a taxa de mortalidade, nos casos paralíticos, varia entre 2 e
10%, tendendo a aumentar com a idade do paciente.
2.
Dados Epidemiológicos
· o agente Infeccioso é um Polivírus com
sorotipos 1, 2 e 3.
· o reservatório principal é o próprio ser
humano e, em especial, as crianças com infecções inaparentes.
· mecanismo de transmissão.
A poliomielite é uma
doença de contaminação fecal, que ocorre com mais intensidade em áreas onde o
saneamento básico é deficiente. Durante os surtos epidêmicos, a disseminação
por via faríngea cresce de importância.
A distribuição, que
anteriormente era mundial, vem sendo drasticamente reduzida, em função dos
programas anuais de vacinação, preconizada pela Organização Mundial de Saúde -
OMS.
Normalmente, a incubação
varia entre 7 a 14 dias, podendo, em casos extremos, variar entre 3 e 35 dias.
O vírus pode ser
demonstrado na faringe, a partir de 36 horas do contágio e nas fezes, a partir
de 72 horas.
A sustentabilidade é
geral. No entanto, a afecção, mesmo inaparente, e a vacinação oral, com o vírus
trivalente atenuado conferem imunidade sistêmica e intestinal contra o vírus
causador da doença.
3.
Dados Epidemiológicos
A prevenção depende da
vacinação contra a enfermidade. No Brasil, a vacina utilizada é a vacina oral
trivalente com o vírus vivo e atenuado.
A vacinação inicia-se a
partir da 6ª (sexta) semana de vida e se repete anualmente, durante as
campanhas de vacinação, até que a criança atinja a idade escolar.
As campanhas de vacinação
em massa, além de garantirem a imunização das crianças vacinadas, permitem que
as mesmas passem a eliminar vírus atenuados, aumentando a cobertura vacinal.
A vacinação de adultos só
se recomenda quando os mesmos estão se preparando para viajar para áreas
endêmicas, sendo que, nestes casos, a vacina injetável de vírus inativo pelo
formol, aplicada em 3 doses, com intervalos de 4 semanas, é a mais
recomendável.
4.
Medidas em Casos de Riscos de Epidemia
· Ativação da Vigilância Epidemiológica.
· Vacinação em massa ou em todas as crianças
moradoras da área vulnerável.
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