3 – Queda Intensa da Umidade Relativa do Ar
CODAR:
NE.SQU/CODAR: 12.403
Caracterização
Umidade relativa do ar é a
relação, expressa em porcentagem, entre a quantidade de vapor d’água existente
no ar e a quantidade máxima que o ar pode conter, sob as mesmas condições de
temperatura e pressão. Valores abaixo de 40% favorecem a ocorrência de
incêndios.
Ocorrência
O fenômeno adverso é
relativamente freqüente em áreas de planalto continental, distantes das
influências suavizadoras do clima marítimo. No Brasil, a queda intensa dos
índices de umidade atmosférica ocorre, principalmente, no Semi-Árido nordestino
e na área de planalto da região Centro-Oeste.
As duas maiores cidades da
região Centro-Oeste - Goiânia e Brasília - são particularmente vulneráveis -ao
fenômeno, que tende a se intensificar todos os anos, entre meados de junho e
meados de setembro.
Principais
Efeitos Adversos
Uma
queda de índices de umidade relativa do ar, quando em torno de:
- 30%, causa sensação de
desconforto físico;
- 15%, além de desconforto
físico, causa aumento dos índices de morbilidade por desidratação e por
afecções respiratórias.
Em princípio, os trabalhos
ao ar livre, nos horários de maior calor e insolação, devem ser suspensos,
quando os níveis de umidade aproximam-se de 15%.
A queda dos índices de
umidade relativa do ar, no Planalto Central brasileiro, coincide com o período
de redução das precipitações pluviométricas e com a intensificação do fenômeno
de inversão térmica, nas camadas superiores da atmosfera.
A
somação dos três fenômenos adversos contribui para:
- reduzir as reservas
hídricas de superfície e subsuperfíde;
- incrementar o consumo de
água tratada;
- intensificar o
ressecamento das pastagens e da vegetação geral;
- incrementar os incêndios
florestais;
- intensificar a poluição
atmosférica e reduzir a visibilidade;
- intensificar os índices
de morbilidade por desidratação e por afecções respiratórias.
Medidas
Preventivas
- Planejamento Integrado
de Cidades Vulneráveis à Redução da Umidade e aos Períodos de Estiagem, como
Brasília e Goiânia
Condicionantes
Por estar num nó
orográfico, a região de Brasília atua como dispersora de água para as bacias
dos rios Tocantins, São Francisco e Paraná.
Sabe-se que as reservas
hídricas de superfície e de subsuperfície aumentam no sentido de jusante e se
reduzem no sentido de montante. Dessa forma, conclui-se que as reservas
hídricas de Brasília são escassas e tendem a reduzir-se, ainda mais, nos
períodos de estio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário