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– Ventos Quentes e Secos
CODAR:
NE.TVQ/ CODAR: 12.208
Caracterização
Tempestades de ventos
quentes e abrasadores ocorrem em regiões áridas e desérticas, como as do
deserto do Saara. Algumas vezes o fenômeno é tão intenso, que a poeira pode
ultrapassar o Mediterrâneo e atingir os países do sul da Europa.
O viajante, surpreendido
pelo fenômeno no interior do deserto, corre graves riscos.
Inúmeras expedições de
conquistadores foram dizimadas pelo Simum ou Siroco, nome dado ao vento do
deserto.
O nômade do deserto,
quando surpreendido pelo Simum, faz ajoelhar seu camelo e o utiliza, como
anteparo contra o vento. Com o albarnoz, improvisa um abrigo para proteger-se e
também para proteger a cabeça de sua montaria, evitando a sufocação pela
poeira. Depois aguarda, com estoicismo e resignação, que o vento se abrande, a
fim do que possa retomar sua viagem.
Ocorrência
No Brasil, tempestades do
ventos quentes e secos não são registradas e o fenômeno adverso não ocorre de
forma aguda.
No
entanto, durante a estação estival, o Nordeste e Centro-Oeste são
constantemente percorridos por ventos cujas intensidades variam entre 7 e 30
km/h, correspondentes, na escala de Beaufort, aos números:
- 2 - brisa leve ou aragem
- 3 - vento fresco ou leve
- 4 - vento moderado
Principais
Efeitos Adversos
Como nas citadas regiões
são raros os proprietários que se preocupam em plantar pára-ventos, esses ventos
constantes, além de provocarem erosão eólica, contribuem para aumentar a
evapotranspiração e para ressecar as passagens.
Esse desastre crônico, em
termos econômicos, é muito mais importante que o Simum.
Anualmente,
no Brasil, produz prejuízos financeiros superiores a US$ 2 bilhões, ao se
computar:
- a perda de peso do gado
de corte;
- o atraso na idade de
abate de dois para quatro anos;
- a redução da produção
leiteira no período de entressafra;
- o aumento dos índices do
morbimortalidade, provocados pelas desnutrição dos animais.
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