...AVISO AOS SEGUIDORES E VISITANTES DO MEU BLOGGER, AQUI NÃO HÁ RESTRIÇÃO ALGUMA NO QUE DIZ SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS IMAGENS OU POSTAGENS, SENDO DE LIVRE USO PARA CONCLUSÃO DE TESES, TCC, SALA DE AULA, PALESTRAS E OUTROS. Abração do Bombeiroswaldo...

28 maio 2020

MANUAL DE DESASTRES NATURAIS - VOL I - Ratos Domésticos


1- Ratos Domésticos

CODAR: NB.ARD/CODAR: 14.101


Caracterização

Os roedores de importância sanitária no Brasil pertencem á família dos Muríneos e são distribuídos em dois gêneros: Rattus e Mus. A esses gêneros pertencem ratos de origem asiática, transportados e disseminados no Brasil, a partir da época do descobrimento, pelas caravelas dos navegadores, e pertencem às seguintes espécies:

- Rattius rattus - gabiru ou rato-de-telhado;

- Rattus norvergicus - ratazana ou rato norueguês;

- Mus musculus - camundongo.


Várias características biológicas e ecológicas contribuem para maximizar os efeitos adversos provocados pelos ratos, dentre as quais cabe ressaltar:

- o onivorismo, que permite a rápida adaptação das populações de ratos aos alimentos disponíveis;

- a extrema rusticidade e capacidade de adaptação ao meio, facilitando sua sobrevivência, mesmo em condições extremamente adversas, que limitam o desenvolvimento de outras espécies;

- a grande capacidade de proliferar, que permite que os ratos assumam características de pragas, competindo em condições dominantes com outros animais;

- a capacidade de conviver em íntima associação com a espécie humana, tirando proveito de seus alimentos e de seus abrigos;

- a necessidade biológica de roer, fazendo com que estraguem dez vezes mais do que consomem;

- o hábito de dejetar enquanto se alimentam, facilitando a contaminação dos alimentos humanos com fezes e urina;

- a participação na cadeia de transmissão de importantes enfermidades, altamente prejudiciais à espécie humana.

Ao roerem tudo que tenha menor consistência que seus dentes, os ratos danificam sacarias; mobiliários; instalações hidráulicas e elétricas, provocando curtos-circuitos e incêndios; devastam plantações, hortas e pomares; atacam depósitos de gêneros e celeiros.

Animal furtivo costuma passar despercebido, enquanto causa imensos prejuízos.

Calcula-se que os prejuízos provocados por um rato, durante um ano, equivalem a US$ 20,00. No Brasil, a proporção entre ratos e seres humanos é superior a 3:1. Dessa forma, os mais de 450 milhões de ratos existentes no Brasil estão causando prejuízos superiores a US$9 bilhões.

Os ratos participam da cadeia de transmissão de numerosas doenças, dentre as quais, as mais importantes são: a leptospirose, a peste bubônica e numerosas salmoneloses.

Estimativas moderadas concluíram que, em 1968, os ratos estragaram alimentos que permitiriam manter 85 milhões de pessoas, em condições ótimas de nutrição.

Por todos esses motivos, os ratos são considerados os mamíferos mais nocivos e o inimigo número um da espécie humana.


Medidas Preventiva e de Controle


O controle dos ratos depende de medidas:

- permanentes ou de anti-ratização;

- temporárias ou de desratização.


Dentre as medidas permanentes ou de anti-ratização, cumpre destacar:

- a construção de moradias e demais edificações á prova de ratos;

- a eliminação de pequenas aberturas existentes nas construções e telagem dasaberturas permanentes, como canos de esgotos;

- eliminação de abrigos, que possam ser utilizados como ninhadas;
- supressão de fontes de alimentos.

Quando foi iniciada a construção de Brasília, as técnicas de anti-ratização eram perfeitamente conhecidas. A capital brasileira, portanto, poderia ser imune aos ratos, caso seus planejadores tivessem utilizado essas técnicas.

O detalhamento das medidas de anti-ratização poderá ser estudado em textos especializados de Engenharia Sanitária.


Dentre as medidas temporárias ou de desratização, cumpre destacar:

- a aplicação de métodos físicos, como chamas, emparedamento ou afogamento das ninhadas ou, ainda, a utilização de ultra-sons;

- a utilização de ratoeiras com iscas:

- emprego de animais predadores, como cães de pequeno porte, gatos, gaviões, mangustos e jibóias;

- utilização de fumigações, que só devem ser utilizadas em porões de navios e em instalações desabitadas, a fim de reduzir os graves riscos de intoxicação exógena de homens e animais, domésticos;

- utilização de iscas com rodenticidas.


Os rodenticidas mais utilizados são os anticoagulantes, como a cumarina e a warfarina, os quais, por necessitarem de doses acumulativas para produzir efeito tóxico e por terem antígenos eficientes, apresentam riscos pouco importantes para homens e animais.

A Sila Vermelha também é muito utilizada, pois, quando ingerida acidentalmente por seres humanos ou animais, provoca vômito intenso, que elimina o veneno. Como os ratos não possuem o reflexo do vômito, ao ingerirem a droga, acabam morrendo intoxicados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário