...AVISO AOS SEGUIDORES E VISITANTES DO MEU BLOGGER, AQUI NÃO HÁ RESTRIÇÃO ALGUMA NO QUE DIZ SOBRE A UTILIZAÇÃO DAS IMAGENS OU POSTAGENS, SENDO DE LIVRE USO PARA CONCLUSÃO DE TESES, TCC, SALA DE AULA, PALESTRAS E OUTROS. Abração do Bombeiroswaldo...

03 dezembro 2020

Brigada - Termos e definições - Acessibilidade


Acessibilidade - possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou privado, de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida.

Brigada - Termos e definições - Acidente

 

Acidente - situação inesperada que resulta em lesão a pessoas, danos ao meio ambiente, danos aos equipamentos e/ou estruturas e/ou paralisação de atividades.

Brigada - Termos e definições - Alarme de abandono de área

 

Alarme de abandono de área - aviso destinado a convocar todas as pessoas para seguirem pelas rotas de fuga e saídas de emergências para fora das instalações, com destino ao ponto de encontro mais próximo.

Brigada - Termos e definições - Alerta de chamada de brigadistas

 

Alerta de chamada de brigadistas - aviso destinado a convocar a equipe da brigada para o atendimento de emergências.

Brigada - Termos e definições - Armário de emergência

 

Armário de emergência - mobiliário onde estão disponíveis os recursos materiais e equipamentos para serem utilizados em eventuais atendimentos de emergências, com recursos específicos para cada área.

Brigada - Termos e definições - Bombeiro

 

Bombeiro - Profissional que presta serviços de prevenção e atendimento de emergências, atuando na proteção da vida, do meio ambiente e do patrimônio.

Brigada - Termos e definições - Bombeiro Civil

 

Bombeiro Civil - Profissional para atuação em serviços de prevenção e Combate em Princípios de Incêndio, Recepção em Pouso e decolagem de aeronaves em Heliponto e Heliporto, Primeiros Socorros, Imobilização e Remoção Emergenciais e Acompanhamento de Serviços e Manutenções. (Esses atendimentos são realizados exclusivamente em edificações, plantas e/ou instalações privadas ou públicas. Com demarcações e limites fixos, isso é, sua atuação e ação está sempre delimitada), Se preciso, solicita apoio externo, (192, 153, 199, 190, 193).

Brigada - Termos e definições - Bombeiro Militar

 

Bombeiro Militar - Profissional, servidor público, integrante de uma instituição militar federal ou estadual, para atuação em serviços de atendimento público de emergências, (bombeiro militar atua nos municípios, estados ou em situações de combate ou missões humanitárias em território nacional ou estrangeiro, como integrante ou auxiliar das Forças Armadas Brasileiras).

Brigada - Termos e definições - Bombeiro municipal

 

Bombeiro municipal - Profissional, servidor público, para atuação em serviços de atendimento público de emergências, (O bombeiro municipal atua nos municípios, mediante legislação municipal ou estadual específica).

Brigada - Termos e definições - Bombeiro voluntário

Bombeiro voluntário - Integrante de uma organização de serviços voluntários, para atuação em serviços de atendimento público de emergências, (O bombeiro voluntário atua mediante legislação municipal ou estadual específica de concessão de prestação de serviços não remunerados de atendimento público de emergências, dentro das jurisdições dos municípios ou estados).


Brigada - Termos e definições - Brigada de emergência

 

Brigada de emergência - Grupo organizado, formado por pessoas voluntárias ou indicadas, treinado e capacitado para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área, prevenção de acidentes e primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida na edificação, planta ou evento.

Brigada - Termos e definições - Brigadista de emergência

 

Brigadista de emergência - Integrante da brigada de emergência.

Brigada - Termos e definições - Capacitação

 

Capacitação - Preparação de um profissional de forma complementar à sua formação, com conhecimentos teóricos e/ou práticos para aprimorar as suas habilidades para executar as suas atribuições profissionais.

Brigada - Termos e definições - Carga de incêndio

 

Carga de incêndio - Soma das energias caloríficas possíveis de serem liberadas pela combustão completa de todos os materiais combustíveis contidos em um espaço, inclusive o revestimento das paredes, divisórias, pisos e tetos.

Brigada - Termos e definições - Comando unificado do incidente

 

Comando unificado do incidente - Colegiado formado pelos líderes das principais equipes de resposta e atendimento de emergências (por exemplo, líder de brigada, bombeiro civil, bombeiro militar etc.) presentes no local para decidir e deliberar de forma conjunta sobre ações necessárias ao controle de uma emergência; constituído quando não há predominância de um órgão específico no atendimento da ocorrência ou quando ocorre sobreposição de competências.

Brigada - Termos e definições - Combate a incêndio

 

Combate a incêndio - Conjunto de ações estratégicas e táticas destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com o uso de técnicas e recursos materiais e humanos.

Brigada - Termos e definições - Coordenador de emergência

 

Coordenador de emergência - Responsável pela coordenação e execução das ações de emergência de todas as edificações que compõem uma planta, independentemente do número de turnos.

Brigada - Termos e definições - Emergência

 

Emergência - situação crítica e fortuita que representa perigo à vida, ou ao meio ambiente, ou ao patrimônio, com potencial de gerar dano continuado e que obriga a uma imediata intervenção.

Brigada - Termos e definições - Equipe de emergência

 

Equipe de emergência - equipe formada por profissionais de emergências, pela brigada de emergência, bombeiro civil e grupo de apoio à equipe de emergência.

Brigada - Termos e definições - Equipe multidisciplinar

 

Equipe multidisciplinar - representantes das áreas envolvidas e/ou afetadas, saúde e segurança do trabalho, manutenção e demais áreas pertinentes, designados pelo responsável pelo plano de emergência da planta.

Brigada - Termos e definições - Evento

 

Evento - acontecimento programado em determinado local, que reúne grande quantidade de pessoas.

Brigada - Termos e definições - Exercício simulado

 

Exercício simulado - exercício prático realizado periodicamente para manter a equipe de emergência (brigada, bombeiro civil, grupos de apoio) e os ocupantes das edificações em condições de enfrentar uma situação real de emergência.

Brigada - Termos e definições - Exercício simulado parcial

 

Exercício simulado parcial - exercício prático que abrange apenas uma parte da planta e/ou de procedimentos do plano de emergência.

Brigada - Termos e definições - Grupo de apoio permanente (GAP)

 

Grupo de apoio permanente (GAP) - grupo de pessoas composto por profissionais diretos ou terceiros, cuja função na empresa está voltada às atividades de segurança, saúde e meio ambiente.

Brigada - Termos e definições - Grupo de apoio técnico (GAT)

 

Grupo de apoio técnico (GAT) - grupo de pessoas composto por profissionais diretos ou terceiros, cuja função na empresa está voltada para a prestação de serviços especializados de operações e controle de processos e energia e/ou operações de equipamentos, veículos e sistemas que são utilizados e/ou mobilizados para o controle de emergências

Brigada - Termos e definições - Grupo de controle de emergência (GCE)

 

Grupo de controle de emergência (GCE) - Grupo formado pelo responsável do plano de emergência, pelos gestores da planta, supervisores da operação dos processos, técnicos de segurança, técnicos ambientais e demais profissionais especialistas internos e ou externos, para dar suporte ao coordenador de emergência no planejamento e elaboração de estratégias necessárias para o controle da emergência.

Brigada - Termos e definições - Incidente

 

Incidente - evento que acontece de forma fortuita e/ou imprevisível, que tem o potencial de causar interrupção, perda, emergência, crise, desastre ou catástrofe.

Brigada - Termos e definições - Instrutor auxiliar

 

Instrutor auxiliar - profissional com conhecimento e com experiência prática sobre o tema do treinamento que ele presta auxílio ao instrutor principal durante as aulas e exercícios práticos.

Brigada - Termos e definições - Instrutor em emergências com produtos perigosos

 

Instrutor em emergências com produtos perigosos - profissional com capacitação em emergências com produtos perigosos (químico, biológico, nuclear e radiológico), com capacitação em técnicas de ensino.

Brigada - Termos e definições - Instrutor em incêndio

 

Instrutor em incêndio - profissional com capacitação em prevenção e combate a incêndio e abandono de área, com capacitação em técnicas de ensino.

Brigada - Termos e definições - Instrutor em primeiros socorros

 

Instrutor em primeiros socorros - profissional com capacitação em atendimento de emergência pré-hospitalares, com capacitação em técnicas de ensino.

Brigada - Termos e definições - Instrutor em resgate técnico

 

Instrutor em resgate técnico - profissional com capacitação em resgate técnico (altura, espaço confinado, aquático, desencarceramento e extração), com capacitação em técnicas de ensino.

Brigada - Termos e definições - Líder de abandono de área

 

Líder de abandono de área - integrante da brigada, responsável pelo aviso e orientação das pessoas de um ou mais setores ou áreas para a saída e direcionamento a um determinado ponto de encontro e posterior contagem.

Brigada - Termos e definições - Líder de brigada

 

Líder de brigada - integrante da brigada, responsável pela coordenação e execução das ações de emergência de um determinado setor ou compartimento ou pavimento da planta.

Brigada - Termos e definições - Pessoa com deficiência

 

Pessoa com deficiência - aquela que, temporária ou permanentemente, tem limitada a sua capacidade de relacionar-se com o meio e de utilizá-la, devido à deficiência física e/ou intelectual.

Brigada - Termos e definições - Pessoa com mobilidade reduzida

Pessoa com mobilidade reduzida - aquela que, temporária ou permanentemente, tem limitada a sua capacidade de movimentar-se e/ou locomover-se, devido à deficiência, idade, obesidade, gestação, resistência física ou outra condição que restrinja a movimentação e locomoção.


Brigada - Termos e definições - Plano de auxílio mútuo (PAM)

 

Plano de auxílio mútuo (PAM) - plano de segurança que visa a prevenção, controle e mitigação de emergências, com a atuação cooperativa e de forma organizada entre as empresas e os órgãos públicos, corpo de bombeiros, serviço de atendimento médico de urgência (SAMU), defesa civil, polícias, órgãos ambientais e serviços públicos diversos, por meio de recurso humanos, materiais e suprimentos, estabelecidos conforme estatuto formal específico.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Brigada - Termos e definições - Plano de emergência

 

Plano de emergência - documento que formaliza e descreve o conjunto de ações e medidas a serem adotadas no caso de uma situação crítica (acidente ou incidente), visando proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais e os danos ao meio ambiente.

Brigada - Termos e definições - Planta

 

Planta - local onde estão situadas uma ou mais edificações ou área a ser utilizada para um determinado evento ou ocupação.

Brigada - Termos e definições - Ponto de encontro

 

Ponto de encontro - local pré determinado, seguro para encontro protegido dos efeitos da ocorrência, com base no pior cenário identificado na análise de risco, sendo o local pré determinado para onde o líder de abandono de área orienta-se e dirige-se juntamente com os demais funcionários de sua responsabilidade.

Brigada - Termos e definições - Ponto de encontro da equipe de emergência

 

Ponto de encontro da equipe de emergência - local previamente estabelecido, com base no pior cenário identificado, seguro e protegido dos efeitos da ocorrência, utilizado para o encontro da equipe de emergência, distribuição de equipamentos de proteção individual e respiratória, de comunicação, de primeiros socorros, de combate a incêndio, quando aplicáveis, em que são dividas as tarefas e estabelecidos os procedimentos básicos de atendimento de emergência.

Brigada - Termos e definições - População fixa

 

População fixa - aquela que permanece regularmente na planta, considerando-se os turnos de trabalho e a natureza da ocupação, bem como os terceiros nestas condições.

Brigada - Termos e definições - População flutuante

 

População flutuante - aquela que não permanece regularmente na planta, considerando o número máximo de pessoas previstas em projetos, procedimentos e/ou período de atividade e ocupação.

Brigada - Termos e definições - Prevenção de incêndio

 

Prevenção de incêndio - todas as medidas destinadas a evitar o surgimento de um princípio de incêndio, dificultar a sua propagação e facilitar a sua extinção.

Brigada - Termos e definições - Profissional especializado

 

Profissional especializado - profissional responsável pela elaboração do estudo e pelas recomendações para a implantação da brigada de emergência em conformidade com esta Norma, (Este profissional é capacitado e/ou especializado em análise de risco e/ou prevenção e combate a incêndio e/ou emergências médicas em atendimento pré-hospitalar).

Brigada - Termos e definições - Recursos de materiais

 

Recursos de materiais - equipamentos, suprimentos e instalações, disponíveis ou potencialmente disponíveis, para designação a operações de emergências.

Brigada - Termos e definições - Recursos de pessoas

 

Recursos de pessoas - pessoas disponíveis ou potencialmente disponíveis, para designação de operações de emergências.

Brigada - Termos e definições - Rede integrada de emergência (RINEM)

 

Rede integrada de emergência (RINEM) - rede de segurança que visa a prevenção, controle e mitigação de emergências que possam ocorrer nas empresas ou em áreas comuns de um polo industrial ou empresarial, com a atuação cooperativa e de forma organizada entre as empresas e órgãos públicos, corpo de bombeiros, defesa civil, SAMU, polícias, órgãos ambientais e serviços públicos diversos, por meio de recursos humanos, materiais e suprimentos, estabelecidos conforme estatuto formal específico.

Brigada - Termos e definições - Resgate técnico

 

Resgate técnico - procedimento executado por profissional capacitado, com uso de técnicas, recursos e equipamentos especializados para a localização de pessoas e/ou acesso a uma vítima em local de risco.

Brigada - Termos e definições - Responsável pela brigada de emergência da planta

 

Responsável pela brigada de emergência da planta - responsável pela ocupação da planta ou quem ele designar, por escrito.

Brigada - Termos e definições - Rota de fuga

 

Rota de fuga - caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, iluminado, proporcionado por portas, corredores, saguão, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída, ou combinações destes, a ser percorrido pelo usuário em caso de emergência, a partir de qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço seguro (área de refúgio), com garantia de integridade física.

Brigada - Termos e definições - Saída de emergência

 

Saída de emergência - saída acessível, devidamente sinalizada para um local seguro.

Brigada - Termos e definições - Sala da brigada de emergência

 

Sala da brigada de emergência - local onde estão disponíveis os recursos materiais e equipamentos para serem utilizados em eventuais atendimentos de emergências, que pode ser mais do que uma sala, com recursos específicos para cada área, localizada de forma a permitir o melhor tempo de resposta para o atendimento em todas as áreas da planta

Brigada - Termos e definições - Sala de segurança contra incêndio

 

Sala de segurança contra incêndio - local onde se localizam os painéis de comando dos diversos sistemas de proteção contra incêndio e emergências, sistema de detecção de incêndio, sistema de comunicação, sistema de monitoramento por câmeras de vídeo, sistema de controle de elevadores, sistema de chuveiros automáticos,além de outros.

Brigada - Termos e definições - Setor

 

Setor - espaço delimitado por elementos construtivos ou risco.

Brigada - Termos e definições - Sistema de comando de incidentes (SCI)

 

Sistema de comando de incidentes (SCI) - sistema formal, projetado para gerenciar as ações e os recursos destinados às operações de resposta a incidentes e/ou emergências, usando uma combinação de procedimentos e comunicações com as estruturas organizacionais de responsabilidades claramente estabelecidas.

Brigada - Termos e definições - Suporte avançado de vida (SAV)

 

Suporte avançado de vida (SAV) - procedimentos com técnicas invasivas e equipamentos específicos para manter e/ou reestabelecer os sinais vitais de uma vítima de trauma ou mal clínico, executados exclusivamente por profissionais oriundos da área da saúde, como médicos e/ou paramédicos.

Brigada - Termos e definições - Suporte básico de vida (SBV)

 

Suporte básico de vida (SBV) - procedimentos com técnicas não invasivas e equipamentos específicos, incluindo desfibrilador externo automático, para manter e/ou reestabelecer os sinais vitais de uma vítima de trauma ou mal clínico, executados por pessoas ou profissionais não oriundos da área da saúde, como, socorristas ou bombeiros.

Brigada - Termos e definições - Tempo de resposta

 

Tempo de resposta - intervalo de tempo entre a comunicação de chamado para uma determinada equipe responsável pelo atendimento até a chegada desta no local da emergência.

Brigada - Termos e definições - Tempo de resposta médio (TRM)

Tempo de resposta médio (TRM) - tempo médio, em minutos, obtido pela soma do tempo de resposta de todas as ocorrências de emergências atendidas, dividido pelo número de atendimentos efetuados, durante um período de um ano ou outro período preestabelecido.


Brigada - Termos e definições - Terceiros

 Terceiros - pessoal integrante de uma empresa prestadora de serviço na planta.

Brigada - Termos e definições - Vítima

Vítima - pessoa ou animal que sofra qualquer tipo de dano, lesão ou morte.

24 novembro 2020

Placa Proibido Fumar - morcego 692

 


Placa Proibido Fumar - morcego 690

 


Placa Proibido Fumar - morcego 690

 


Placa Proibido Fumar - morcego 689

 


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Placa Proibido Fumar - morcego 687

 


Placa Proibido Fumar - morcego 686

 


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Placa Proibido Fumar - morcego 684

 


Placa Proibido Fumar - morcego 683

 


Placa Proibido Fumar - morcego 682

 


Placa Proibido Fumar - morcego 681

 


Placa Proibido Fumar - morcego 680

 


Placa Proibido Fumar - morcego 679

 


Placa Proibido Fumar - morcego 678

 


Placa Proibido Fumar - morcego 677

 


Placa Proibido Fumar - morcego 676

 


Placa Proibido Fumar - morcego 675

 


Placa Proibido Fumar - morcego 674

 


Placa Proibido Fumar - morcego 673

 


Placa Proibido Fumar - morcego 672

 




Placa Proibido Fumar - morcego 671

 


Placa Proibido Fumar - morcego 670

 


Placa Proibido Fumar - morcego 669

 


Placa Proibido Fumar - morcego 668

 


Placa Proibido Fumar - morcego 667

 


Placa Proibido Fumar - morcego 666


 

17 setembro 2020

Só você pode valorizar o seu conhecimento ou passar a vida toda trabalhando de graça - Bombeiroswaldo

A direção da empresa chamou o Alemão, ele chegou e examinou a máquina por alguns minutos, pegou em uma chave de fendas e apertou um parafuso.

 

Olhou para os diretores e disse:

- Pronto!

Está funcionando perfeitamente.

 

Os Diretores perguntaram:

- Quanto ficou o serviço?

 

O Alemão respondeu:

- Ficou por 1000,00.

 

Você está maluco só apertou um parafuso disse o Diretor!!!

- Nós queremos um relatório por escrito do que foi feito na máquina.

 

 

RELATÓRIO:

Apertar um parafuso --------------------- 1,00

Saber qual parafuso apertar ------- 999,00

Total do serviço ------------------ 1.000,00

 


MORAL DA HISTÓRIA:

Só você pode valorizar o seu conhecimento ou passar a vida toda a trabalhar de graça.

As silenciosas mortes de brasileiros soterrados em armazéns de grãos - Silos - Trabalhos mais perigosos no Brasil - Gases tóxicos em silos - Acidentes em traders de grãos - Normas de segurança em silos - Mortes em silos em outros países - Trabalhadores responsabilizados pelos acidentes - Filhos traumatizados pela morte

 As silenciosas mortes de brasileiros soterrados em armazéns de grãos


Efeito “areia movediça” é um dos principais causadores de mortes em silos carregados de grãos

 

Os ajudantes, Edgar Jardel Fragoso Fernandes, de 30 anos, e João de Oliveira Rosa, de 38, iniciavam o expediente na Cooperativa C. Vale, em São Luiz Gonzaga (RS), quando foram acionados para desentupir um canal de um armazém carregado de soja.

 

Era abril de 2017, quando a colheita da oleaginosa confirmava as previsões de que o Brasil atingiria a maior safra de sua história.

 

Enquanto tentavam desobstruir o duto caminhando sobre os grãos, os dois afundaram nas partículas. Morreram asfixiados em poucos segundos, encobertos por várias toneladas de soja.

 

Acidentes como esse em armazéns agrícolas têm se tornado frequentes conforme o agronegócio brasileiro bate sucessivos recordes – expondo um efeito colateral pouco conhecido da modernização do campo.

 

Um levantamento inédito feito pela BBC News Brasil revela que, desde 2009, ao menos 106 pessoas morreram em silos de grãos no país, a grande maioria por soterramento.

 

Cada vez mais comuns nas paisagens rurais do país, silos são grandes estruturas metálicas usadas para armazenar grãos, evitando que estraguem e permitindo que vendedores ganhem tempo para negociá-los.

 

Foram contabilizados apenas casos noticiados pela imprensa, o que, segundo especialistas, indicam que as ocorrências sejam ainda mais numerosas, pois nem todas as mortes são divulgadas.

 

O ano com mais acidentes fatais foi 2017, quando houve 24 mortes, alta de 140% em relação ao ano anterior. Em 2018, houve 13 ocorrências até julho – sinal de que as mortes devem  manter-se no mesmo patamar de 2017, considerando-se o histórico de distribuição das ocorrências ao longo do ano.

 


Os Estados que tiveram mais casos são os mesmos que lideram o ranking de produção de grãos: Mato Grosso (28), Paraná (20), Rio Grande do Sul (16) e Goiás (9). Houve mortes em 13 Estados distintos, em todas as regiões do país.

 

Sorriso (MT), o município brasileiro com maior valor de produção agrícola – R$ 3,2 bilhões em 2016, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) – foi também o que registrou mais mortes em silos, empatado com a também mato-grossense Canarana, com sete casos cada.

 

 

Trabalhos mais perigosos no Brasil

 

"Os dados são estarrecedores", diz à BBC News Brasil Idelberto Muniz de Almeida, professor de Medicina do Trabalho da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Botucatu.

 

Segundo ele, o levantamento indica que o trabalho em silos está entre as atividades com mais acidentes fatais no país, depois das profissões sujeitas a mortes no trânsito.

 



Mortes mais comuns em silos ocorrem quando o trabalhador afunda na massa de grãos e é asfixiado

 

Não há estatísticas oficiais precisas sobre mortes em armazéns de grãos no Brasil. Quando trabalhadores sofrem acidentes, cabe ao empregador informar a ocorrência ao Ministério da Previdência Social. No formulário de notificações, porém, não há um código para armazéns agrícolas, englobados pela categoria mais abrangente de "depósitos fixos".

 

Segundo o ministério, o setor de armazenagem, que inclui o trabalho em silos de grãos, mas também em vários outros tipos de armazéns, tiveram 11,13 mortes a cada 100 mil trabalhadores em 2016, último ano com dados disponíveis. O índice deixa o setor entre os 25% campos econômicos mais mortíferos para trabalhadores no Brasil.

 

Em outro sistema de contagem, o Ministério Público do Trabalho – braço do Ministério Público da União – registrou 14 mortes de trabalhadores por asfixia, estrangulamento ou afogamento causados por cereais e derivados entre 2012 e 2017.

 

O levantamento considera todas as mortes por acidente de trabalho em armazéns de alimentos a granel (não empacotados) que foram noticiadas por veículos jornalísticos.

 

Os casos foram pesquisados por meio de sites de busca, em mídias sociais e no YouTube.

 

 

Mortes evitáveis

 

A maioria dos acidentes em silos ocorrem quando medidas de prevenção não são adotadas ou não funcionam de forma adequada, isso é, não são Supervisionadas.

 

"As Normas e estratégias para evitar esses acidentes são amplamente conhecidas há mais de 15 anos", então porque as ocorrências de vários casos em um mesmo em Estados ou municípios indicam que simplesmente que "o poder público tem mostrado neutralidade" diante do fenômeno.

 


Mato Grosso (28 mortes), Paraná (20), Rio Grande do Sul (16) e Goiás (9) foram Estados com mais casos

 

Em geral, soterramentos em silos matam em instantes. O trabalhador é asfixiado ao afundar nos grãos e não consegue subir à superfície, como se fosse sugado por uma areia movediça.

 

Na maioria dos casos, ele é engolido ao caminhar sobre os grãos sem cordas de segurança enquanto tenta movimentar as partículas para desobstruir dutos.

 

Os grãos costumam se aglutinar quando há excesso de umidade, travando o funcionamento do silo.

 

Em outros casos, menos numerosos, o trabalhador é encoberto por uma avalanche de grãos quando paredes do armazém colapsam, pondo em risco até quem está fora da construção ou quando há grandes deslocamentos de partículas dentro da estrutura.

 

Silos podem ainda explodir se tiverem grande quantidade de pó de cereais, material que se transforma em combustível quando em contato com superfícies muito aquecidas ou faíscas.

 

 

Sobrevivente de acidente em silo

 

Quando é envolto pelos grãos, o trabalhador raramente sobrevive, por isso, quando Anderson Rodrigo Reis começou a afundar em um monte de soja em um silo em Paranapanema (SP), pensou que não escaparia.

 

"Gritei: 'pelo amor de Deus, me segura que estou indo para baixo e vou morrer, não estou achando o chão, estou afundando, afundando!'".

 

Hoje com 40 anos, Reis trabalhava desde 2014 na Cooperativa Agro Industrial Holambra como ajudante geral, naquele dia, em julho de 2017, entrou no silo para ajudar a carregar um caminhão. Foi quando um colega, diz, prendeu a perna na pilha de grãos ao empurrar a soja para o canal que abastecia o veículo.

 


Quando massa de grãos está desnivelada no silo, esses deslocamentos podem soterrar trabalhadores em poucos segundos

 

"Puxei ele, mas senti que a soja estava fofa e era melhor sair dali, ajudei ele a tirar a botina e, quando estávamos saindo, afundei de vez."

 

Em alguns segundos, diz o ajudante, os grãos chegaram à cintura. O colega tentava puxá-lo pelos ombros, mas a pressão da soja sobre o corpo impedia que fosse içado.

 

Quando estava só com o pescoço para fora, seu pé tocou a borda de uma estrutura metálica. Foi naquele ponto que o ajudante geral se apoiou por quase cinco horas, até ser resgatado por uma equipe de bombeiros.

 

Ele diz que a pressão da soja o obrigava a respirar "bem devagarinho". "Vai apertando como lata de sardinha; você não sente dor em apenas uma parte do corpo, você sente dor em todo o corpo."

 

Reis conta que, apesar da gravidade do acidente, a empresa relutou em esvaziar o silo para facilitar o resgate, pois não queria perder dinheiro com o descarte. Mas relata que os bombeiros insistiram e abriram uma fenda na lateral da construção, permitindo que o nível de soja baixasse e ele fosse puxado.

 

O ex-ajudante diz que conhecia os riscos do trabalho em silos e havia sido treinado para a atividade. Ele sabia que, ao caminhar sobre a massa de grãos, trabalhadores deveriam estar presos por cordas a um sistema de ancoragem.

 

Mas afirma que, quando não havia técnicos de segurança no silo, como naquele dia, os supervisores afrouxavam as regras para acelerar os trabalhos. Ele não vestia cinto de segurança quando sofreu o acidente.

 

Desde aquele episódio, Reis nunca mais conseguiu entrar em silos. Ele diz que pediu à empresa para ser transferido a outros setores, mas que, nove meses depois do acidente, foi demitido sem justificativas.

 

Procurada pela BBC News Brasil, a Cooperativa Agro Industrial Holambra não quis comentar o caso.

 

Anderson Rodrigo Reis diz que nunca mais conseguiu entrar em silos após sobreviver ao acidente no silo

 

 

Gases tóxicos em silos

 

Bombeiro em Sorriso (MT), um dos dois municípios que registraram mais mortes em silos (7), o tenente Gustavo Souza já atendeu quatro casos de soterramentos em armazéns. Em todos eles, não houve sobreviventes.

 

Ele diz que, em alguns casos, o trabalhador cai nos grãos e é soterrado após passar mal com gases tóxicos produzidos por sua fermentação.

 

Há ainda casos em que as mortes são causadas unicamente pela inalação desses gases – como em ocorrências registradas em Poços de Caldas (MG), Cachoeira do Sul (RS) e Tangará da Serra (MT).

 

No acidente em Tangará, em 2011, a vítima foi justamente um bombeiro que tentava resgatar dois trabalhadores que haviam passado mal com gases tóxicos em um silo com soja. O soldado Valmir Bezerra de Jesus desmaiou durante a operação e passou 17 dias internado antes de morrer. Os dois trabalhadores sobreviveram.

 

As normas de segurança em silos incluem o uso de sistemas de ventilação e de detecção de gases tóxicos. Em situações extremas, trabalhadores só devem entrar nas instalações com máscaras de oxigênio.

 

Souza diz que resgatar trabalhadores nessas condições é uma das atividades mais temidas entre seus colegas. "Se a gente não toma cuidado com nossa própria segurança, também vira vítima."

 

 

Acidentes em traders de grãos

 

O levantamento mostra ainda que acidentes fatais ocorreram tanto em armazéns de cooperativas (normalmente geridas por grupos de produtores rurais) e de fazendas individuais quanto em silos de multinacionais que comercializam grãos, conhecidas no setor como traders.

  

Foram registradas mortes em armazéns das gigantes Cargill (4), Bunge (2) e Amaggi (1).

 

Em nota à BBC News Brasil, a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), que representa as três multinacionais, diz que os silos de todas as propriedades e empresas ligadas à associação estão sujeitos a um rígido controle de segurança, que inclui a identificação de riscos, medidas preventivas e capacitação profissional.

 

Silos que armazenavam milho e soja predominam entre os locais de acidentes fatais, mas também houve mortes em armazéns de arroz, café, açúcar, ração animal e feijão.

 


Vista aérea de fazendas no município de Sorriso (MT), líder no ranking nacional de produção agropecuária e de mortes em silos

  

Em seis casos, os mortos não eram trabalhadores, e sim parentes que os acompanhavam e jamais poderiam ter entrado nos silos.

 

Em 2017, uma mulher morreu soterrada em Alta Floresta (MT) enquanto levava um prato de comida ao marido, que trabalhava ali. Dois anos antes, um menino de 8 anos foi soterrado quando brincava em um silo na fazenda dos avós, em Três Lagoas (MS).

 

Desde 2015, outros dois meninos de 7 anos morreram soterrados em armazéns em Tangará da Serra (MT) e Marechal Cândido Rondon (PR), e uma menina de 9 anos morreu encoberta pela soja em Cerrito (RS).

 

Os acidentes ocorrem em um momento em que o país amplia a quantidade de armazéns agrícolas para acompanhar o aumento na produção.

 

Entre 2000 e 2016, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a capacidade de armazenagem de grãos no país cresceu 80%, favorecida em grande medida por linhas de crédito públicas.

 

Apesar do aumento, a companhia diz que a capacidade de armazenamento do Brasil precisaria crescer mais 48% para cobrir toda a produção atual.

 


Procurador do Trabalho diz que faltam auditores para fiscalizar armazéns agrícolas em Mato Grosso

  

Normas de segurança em silos

 

As recorrentes mortes em silos no Paraná, segundo Estado com mais registros (20), mobilizaram o Ministério Público do Trabalho (MPT) local.

 

No segundo semestre de 2017, o escritório do MPT em Londrina, que atua em 70 municípios, pediu a todas as empresas com silos informações sobre o cumprimento da norma 33 do Ministério do Trabalho, que rege as atividades em ambientes confinados – categoria que inclui o trabalho em armazéns de grãos.

 

A norma contém quase uma centena de orientações para prevenir acidentes nesses espaços, entre as quais proibir o acesso de pessoas não treinadas, testar com frequência os equipamentos de segurança e realizar simulações de salvamento.

 

O procurador do Trabalho Marcelo Adriano da Silva diz à BBC News Brasil que, a partir das informações levantadas, o órgão pedirá às empresas que se adequem à norma ou entrará com uma ação civil pública para cobrá-las na Justiça a seguir as regras.

 

Douglas Nunes Vasconcelos, procurador do Trabalho em Mato Grosso, Estado que lidera o ranking de ocorrências (28), atribui as mortes a falhas na fiscalização por parte do Ministério do Trabalho e Emprego.

 

Ele afirma que os auditores do ministério responsáveis por fiscalizar os silos são insuficientes – e que a carência se agravou com os cortes orçamentários dos últimos anos.

 

Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais, o número de profissionais na ativa é o menor dos últimos 20 anos: há hoje 2.305 auditores-fiscais em todo o país, e 1.339 cargos estão vagos.

 

Trabalho em silos se intensifica no período de colheita de grãos; em 2017, safra atingiu níveis recordes

 

Em Mato Grosso, auditores baseados em Rondonópolis e Cuiabá são responsáveis por fiscalizar uma área tão extensa quanto a Venezuela.

 

O procurador diz ainda que, como o trabalho em silos é sazonal, muitas empresas costumam terceirizar os serviços, recorrendo a trabalhadores temporários e sem treinamento adequado.

 

"Tentamos cobrar as empresas, mas nossa perna é curta", afirma. No escritório do MPT em Sinop (MT), onde ele atua, há dois procuradores. A unidade é responsável pelo norte mato-grossense, região com grande produção agropecuária.

 

Procurado pela BBC News Brasil no dia 1° de agosto, o Ministério do Trabalho não quis indicar um representante para uma entrevista sobre as mortes em silos.

 

O órgão disse em nota que o número de empresas fiscalizadas em setores que utilizam armazéns agrícolas (como comércio atacadista de soja, moagem de trigo e beneficiamento de arroz) passou de 35, em 2016, a 713, em 2017. Em 2018, segundo a pasta, já houve 607 empresas inspecionadas.

 

Questionado sobre as críticas do procurador de Mato Grosso, o ministério disse que há hoje 15 silos e armazéns interditados por condições inadequadas naquele Estado.

 

Afirma, porém, que "muitos dos armazéns (em Mato Grosso) estão localizados em zonas rurais (...), o que dificulta a inspeção in loco".

 

"Devido ao tamanho do Estado, é pensado também em outras formas de intervenção para potencializar as adequações, somando-se as inspeções físicas, tais como reuniões com os empregadores, notificação coletiva e ações fiscais indiretas", afirma.

 

Ruptura de parede de silo foi um dos tipos de acidente em armazéns de grãos que provocaram mortes no Brasil na última década

 

 

Mortes em silos em outros países

 

Nos Estados Unidos, país com capacidade de armazenamento de grãos quase quatro vezes superior à brasileira, houve 23 mortes por soterramento em silos em 2017, segundo um estudo da Purdue University.

 

Até os anos 1970 e 1980, a maioria de mortes em silos nos EUA ocorria quando as unidades explodiam. Normas federais de segurança adotadas a partir de 1988 reduziram drasticamente essas ocorrências, mas as mortes anuais por soterramento continuaram na casa dos dois dígitos.

 

Naquele país, silos construídos em fazendas, que concentram boa parte dos acidentes, não são obrigados a seguir as normas federais de segurança – regalia atribuída à influência do lobby agrícola na política americana.

 

Na Argentina, outro país com grande produção de grãos, mortes em armazéns também são frequentes. Em 1985, a explosão de um silo na cidade portuária de Bahía Blanca matou 22 pessoas e gerou comoção nacional.

 

Na China, um dos acidentes mais recentes em silos, ocorrido em 2017 na província de Shandong, causou seis mortes – lá, uma avalanche de grãos encobriu os trabalhadores.

 


João Fragoso Fernandes (à esq.) com o irmão Edgar, morto num silo em São Luiz Gonzaga (RS), em 2017

 

 

Trabalhadores responsabilizados pelos acidentes

 

Irmão de Edgar Jardel Fragoso Fernandes, um dos trabalhadores soterrados no silo da C. Vale em São Luiz Gonzaga (RS), em 2017, o comerciante João Teófilo Fragoso Fernandes diz que o cumprimento de normas de segurança teria evitado as mortes.

 

Um laudo de auditores do trabalho após a ocorrência constatou o descumprimento de 27 regras de segurança na ocasião.

 

Entre as falhas citadas estavam a falta de capacitação dos profissionais, jornadas excessivamente longas e a inadequação dos equipamentos de segurança. Segundo o laudo, o silo não tinha qualquer sistema de ancoragem por cordas que impedisse o afundamento dos trabalhadores na massa de soja – item indispensável para a realização da atividade.

 

O documento diz que a cooperativa "culpou apenas os trabalhadores acidentados pela ocorrência, afirmando que eles não usavam cintos de segurança e não seguiram os procedimentos".

 

Os auditores afirmam, porém, "que não teria como haver a utilização de cintos de segurança sem pontos de ancoragem adequadamente projetados e instalados".

 

A cooperativa teve o silo interditado após o acidente.

 

 

Filhos traumatizados pela morte

 

Quinze anos mais velho que o irmão, Fernandes diz que o tratava como um filho. "Eu criei esse rapaz. Somos de família humilde – nosso pai era pedreiro, passamos por muita luta e desde cedo aprendemos a trabalhar."

 

Edgar tinha um casal de gêmeos, hoje com 13 anos, e ajudava a criar os outros dois filhos de sua esposa.

 

O irmão diz que os gêmeos estão traumatizados. "Parece que não caiu a ficha, que ainda não entenderam a realidade de que não têm mais o pai. Chega a correr água dos olhos, parece que o menino está hipnotizado."

 

Fernandes conta que o ajudante "era um guri cheio de planos", entre os quais fazer faculdade e prestar concurso para policial.

 

Não foi o primeiro acidente fatal em silos da C. Vale. Em 2011, outro trabalhador morreu soterrado por grãos de soja em uma unidade da cooperativa em Guarapuava (PR).

 


Silos da C. Vale em São Luiz Gonzaga (RS), onde dois trabalhadores morreram soterrados em 2017

 

A C. Vale enviou uma nota à BBC News Brasil dizendo que, nos dois casos, os acidentados eram funcionários terceirizados e haviam passado "pelos devidos treinamentos para trabalho em espaços confinados, com o recebimento de todos os equipamentos de proteção individual necessários ao desempenho das atividades".

 

A cooperativa não respondeu, no entanto, por que tantas falhas de segurança foram detectadas no laudo do Ministério do Trabalho. Diz ter atendido "prontamente a todas as solicitações do agente ministerial, não tendo sido instaurado contra si qualquer procedimento disciplinar até o presente momento".

 

A família está processando a C. Vale. Fernandes diz que, mais do que uma indenização, os parentes querem que o episódio seja esclarecido.

 

O comerciante afirma ter ficado indignado com o argumento da cooperativa de que Edgar foi desleixado no momento do acidente – segundo ele, seu irmão nunca reclamava de trabalhar e estava havia várias semanas sem folga.

 

"Meu irmão morreu num domingo às três da tarde. Quantas pessoas estão dispostas a trabalhar num domingo? Isso já diz muito sobre ele."

 

Fonte: BBC News Brasil