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26 maio 2020

MANUAL DE DESASTRES HUMANOS - VOLUME II - Medidas Preventivas e de Redução da Violência Familiar


6. Medidas Preventivas e de Redução da Violência Familiar

Diante de um problema de violência familiar, o processo é diagnosticar a anormalidade que “motivou” o comportamento do agressor, a partir da premissa que:

-  “todas as condutas são motivadas”


Quando se diagnostica um caso de “personalidade psicopática anti-social”, não há que perder tempo, tentando reeducar o agressor. 

A solução é policial e jurídica e a conduta básica é comprovar juridicamente a culpa e caracterizar todos os fatores agravantes, inclusive a reincidência de condutas agressivas.

Os casos psicóticos endógenos e a violência provocada por disritmias devem ser objeto de tratamento médico/psiquiátrico, com terapia dominantemente medicamentosa. 

Os casos mais graves podem ser tratados com mecanismos judiciais, da mesma forma que os casos de oligofrenia associados a condutas agressivas, objetivando facilitar o julgamento e a detenção do agressor, pelo maior espaço de tempo possível. 

Como nestes casos o agressor, muito provavelmente, voltará a delinqüir quando libertado, a família deve ser alertada a respeito para não recebê-lo, quando o mesmo recuperar sua liberdade.

Os casos de neurose familiar, que são os mais freqüentes, serão tratados por métodos psicoterápicos, apoiados em projetos de mudança cultural e de promoção social.

Nestes casos, os métodos de psicoterapia de grupo têm demonstrado grande eficiência.


Como a recuperação da auto-estima é o mais importante referencial para reforçar os sentimentos de amor ao próximo, há que meditar sobre o primeiro mandamento da Lei Mosaica:

-  “Amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a vós mesmos”

A recuperação da auto-estima é indispensável para a promoção do “amor altruísta”, relacionado com o sentimento de proteção do núcleo familiar e com a chamada “paternidade responsável”.

Desta forma, a psicoterapia, ao priorizar a recuperação da auto-estima, facilita o florescimento do amor altruísta e da paternidade responsável.

No que diz respeito à mudança cultural, é muito importante induzir as pessoas a repensarem as concepções arcaicas e ultrapassadas, relacionadas com o “chamado pátrio poder”, que deve ser encarado como uma obrigação dos pais, com relação aos filhos e nunca como “um direito” de dispor sobre os mesmos.

É muito importante considerar que, pais que foram agredidos por seus pais, enquanto eram crianças, que pretendiam “educá-los”, utilizando métodos violentos, podem acreditar que esta metodologia é a mais válida, para garantir a “educação” de seus próprios filhos.

Sempre que possível o “pátrio poder” deve ser debatido amplamente, no sentido de que o mesmo seja encarado como um “dever” e nunca como um direito. 

No processo educativo, não há lugar para métodos violentos, cabendo sim o convencimento pelo exemplo e o condicionamento pelo método de “estímulo e recompensa”.

Desde muito cedo, as crianças devem ser condicionadas contra comportamentos que ponham em risco sua própria segurança e a segurança de terceiros.


Um programa de mudança cultural, que tenha por objetivo reduzir a violência doméstica depende do apoio:

-  do sistema de ensino que deverá debater o assunto nas reuniões de pais e mestres e nas salas de aula, com o objetivo de minimizar o problema para as atuais e futuras gerações;

-  da mídia que pode divulgar e debater amplamente o projeto;

-  do sistema judiciário e do sistema de segurança pública, que deverão atuar coercitivamente e educativamente.


A redução da violência doméstica certamente se beneficiará de programas de controle de drogas e do alcoolismo.


Os casos diagnosticados de “neurose familiar” devem ser encaminhados para centros de reabilitação, com a finalidade de submeter as pessoas atingidas a programas de psicoterapia e de valorização do ser humano.

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