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28 maio 2020

MANUAL DE DESASTRES NATURAIS - VOL I - TÍTULO I – DESASTRES NATURAIS RELACIONADOS COM A SISMOLOGIA


TÍTULO I – DESASTRES NATURAIS RELACIONADOS COM A SISMOLOGIA

CODAR: NI.S/ CODAR: 13.1

Introdução

Os desastres naturais relacionados com a movimentação do interior da Terra são classificados em:

- terremotos, sismos abu abalos sísmicos;

- maremotos e tsunâmis.


O globo terrestre é constituído por três grandes camadas concêntricas:

- crosta, Vtosfera ou SIAL,

- manto, plrosfera ou SIMA,

- núcleo central ou NIFE.


1 - Crosta, Litosfera ou SIAL

O conjunto de rochas que constitui a camada mais superficial da Terra é denominado de crosta, litosfera ou SIAL Essa camada, multo pouco espessa, constitui os continentes, as ilhas e o fundo do mar, sua espessura varia entre:

-25 a 50km nos continentes, podendo atingir maiores profundidades nas raízes. das grandes-cadeias de montanhas;
-5 a 11km nos fundos dos mares, podendo atingir menores profundidades em áreas de fraturas.

Como o raio médio da Terra, medido na linha do equador, é de 6.378 km, verifica-se que, comparativamente, a espessura da crosta é mínima.

Os elementos químicos mais abundantes na crosta são: oxigênio, silício, alumínio, os quais, somados, correspondem a 75% do peso da camada, daí a denominação de SIAL.

Os demais elementos, por ordem de importância, são ferro, cálcio, sódio, potássio, magnésio, titânio, fósforo, hidrogênio, manganês, flúor, cloro, enxofre, bário, carbono e outros. Como a composição da crosta não é homogênea, surgem depósitos minerais nos locais onde determinados elementos apresentam se mais concentrados, caracterizando anomalias da crosta.

As rochas dominantes na crosta terrestre são os granitos. O alumínio, sob a forma de óxidos, ocorre, principalmente, nos depósitos sedimentares.


2- Manto, Pirosfera ou SIMA

Ao contrário da crosta, o manto é bastante espesso, atingindo profundidades médias de 2.900 km. Além de espesso, é multo quente, e sua temperatura oscila entre 870C, nas proximidades da crosta, e 2.200C, nas proximidades do núcleo central.

Os principais elementos que constituem o manto são: oxigênio, silício e magnésio; daí a denominação SIMA e, em menor proporção, ferro, alumínio e outros elementos.

Em função das altas temperaturas, o manto apresenta uma consistência pastosa. A massa fluída, de constituição basáltica, distribuí-se de forma homogênea e seus extravasamentos, através da crosta, denominam-se magma.

A maior densidade do SIMA permite que o SIAL flutue sobre o mesmo.

A diferença de temperatura entre as camadas profundas e as superlidais da pirosfera provoca correntes convectivas, semelhantes às que se estabelecem em chaleiras com égua fervente.


3 - Núcleo Central ou NIFE
O núcleo central do globo terrestre é predominantemente constituído por ferro e níquel.

Segundo geofísicos, sua temperatura oscila entre 2.2000 C, nas proximidades do manto, e 5.5000 O, no centro da Terra. A espessura do NIFE é de aproximadamente 3.453 km.

As camadas externas são constituídas por metais derretidos, enquanto que a porção central tem consistência sólida, em função das elevadíssimas pressões, que compensam as muito altas temperaturas.


Deriva dos Continentes

A teoria sobre a deriva dos continentes, do meteorologista alemão Alfred Wegener, for publicada em 1912 e, somente a partir de 1960, começou a ser matematicamente comprovada através de medidas geodésicas e análises cada vez mais precisas, relacionadas com a movimentação dos continentes e com a evolução da crosta terrestre.
Embora a Terra venha evoluindo há mais de 4,5 bilhões de anos, a atual conformação dos continentes e seus posicionamento relativos têm apenas 60 milhões de anos. Caso o Gênesis fosse reescrito em tempos modernos, a expressão Deus criou o Universo seria substituída por Deus está criando o Universo, já que o processo é contínuo.

Há 400 milhões de anos, durante o Período Devoniano, as terras emersas do globo estavam reunidas em um único bloco continental, denominado Pangea.


Há 250 milhões de anos, durante o Período Permiano, uma linha de fratura, em sentido leste-oeste, provocou a formação de dois imensos continentes:

- Laurácea, ao norte;

- Gondwana, ao sul.


Entre 140 e 75 milhões de anos atrás, no Período Cretáceo, ocorreu uma imensa crise tectônica, resultando na fragmentação:

- do continente Laurácea, dando origem á Eurásia, América do Norte e Groelândia;

- do continente de Gondwana, dando origem á Antártida, Austrália, África, América do Sul, Índia e Península Arábica.


É importante frisar que o processo de distanciamento dos continentes continua em evolução.

A América continua afastando-se da África, numa velocidade de 7 cm/ano. Dessa forma, se Cabral refizesse sua rota de descobrimento no ano 2000, teria que navegar mais 35 m para atingir as costas do Brasil.

Da mesma forma, o mar Vermelho continua em expansão, enquanto o Mediterrâneo estreita-se gradualmente.


Dinâmica das Placas Tectônicas

A crosta terrestre não é contínua, mas fragmentada em grandes placas tectônicas que flutuam como imensas jangadas de SIAL sobre o SIMA ou magma.

O movimento lento e gradual dessas placas, seguindo rotas definidas, caracteriza a chamada deriva dos continentes, e é um dos mais importantes mecanismos do processo de reconstrução permanente da crosta terrestre.

Embora a teoria da tectonia de placas, da deriva continental e da expansão dos fundos dos oceanos ainda tenha alguns aspectos não totalmente esclarecidos, vem sendo aceita, em suas linhas gerais, pela grande maioria dos pesquisadores modernos.


Essa teoria foi formulada, inicialmente, para explicar coincidências nos estudos dos paleoclimas de diversos continentes. No entanto, a partir de 1959, vem sendo comprovada pela análise paleomagnética e pelo estudo dos sedimentos encontrados nos fundos dos oceanos, os quais remontam a menos de 200 milhões de anos e são tanto mais recentes, quando mais próximos das cordilheiras meso-oceânicas.

O efeito de compressão das placas tectônicas em suas áreas limites, causado pela movimentação lenta mas constante de grandes massas de SIAL, provoca profundas alterações no relevo do planeta.

Nas áreas de contato entre placas tectônicas oceânicas e plataformas continentais, essas últimas, por serem mais espessas, cavalgam as primeiras, provocando enrugamentos e dando origem a cadeias de montanhas, nas bordas continentais. Esse fenômeno explica a longa cadeia de origem terciária, que se estende próximo á costa do Pacífico, do Alaska ao Cabo Horn, passando pelo istmo que forma a América Central.

O mergulho da placa Oceânica explica a formação de fossas abissais próximas do litoral, como a Chileno-Peruana.


Quando duas placas continentais desenvolvem mecanismos de compressão, resulta também enrugamento do relevo, como acontece:

- no Himalaia, em função da compressão provocada pela plataforma indiana contra o sul da Ásia;

- nos Alpes, em função da compressão provocada pela península itálica, contra o sul da Europa.


Das doze principais placas e subplacas tectônicas em que a crosta terrestre está subdividida:

- 2 (duas) correspondem a áreas de fundos de oceanos e são constituídas pela placa do Pacifico, que se inicia a oeste da costa norte-americana, e placa de Nasca, que se inicia a oeste da América do Sul;

- 3 (três) subplacas correspondem a áreas subcontinentais, como a Península Arábica, as Antilhas e as Filipinas;

- 7 (sete) correspondem a áreas com porções oceânicas e continentais, constituídas pelas placas da Antártica, Eurásia, Leste Asiática-Indonésica, Indo-Australiana, Africana, Norte-Americana e Sul-Americana.


Cordilheiras Dorsais Oceânicas

As placas são limitadas por linhas de fraturas, nas quais o manto ou SIMA aproxima-se da crosta terrestre, facilitando o fluxo de magma, em função da ação das correntes convectivas e, conseqüentemente, da adição de novos materiais á camada superficial.

Nas linhas de fratura meso-oceânicas, o movimento ascendente do magma é compensado por movimentos descendentes, que provocam o gradual aprofundamento das fossas abissais formadas nas proximidades.

O fluxo do magma, ao longo das fraturas meso-oceânicas, atua como uma cunha, expandindo a área do fundo do oceano e afastando as placas tectônicas continentais, em sentidos divergentes. A consolidação do magma forma as grandes cordilheiras dorsais oceânicas.


A Cordilheira Dorsal Atlântica surge ao longo das linhas de fraturas que separam quatro grandes placas continentais:

- de um lado, as placas Sul-Americana e Norte-Americana;

- do outro, as placas Africana e Eurasiana Ocidental.


Essa imensa cordilheira, em forma de 5, estende-se longitudinalmente através do eixo central do Atlântico e tem aproximadamente 16.000 km de extensão e entre 500 e 2.000 km de largura, apresentando importantes contrafortes. Seus picos atingem alturas médias que oscilam entre 3.000 e 3.800 metros. Algumas vezes, os picos do maciço principal e de seus contrafortes emergem, formando ilhas oceânicas como a Islândia, Santa Helena, Assunção, Trindade, rochedos de São Pedro e de São Paulo e Fernando de Noronha. Outras vezes os picos projetam-se a cotas de 50 metros abaixo do nível do mar.

O crescimento da Cordilheira Meso-Atlântica e de seus contrafortes, que atualmente ocupam um terço do leito do Oceano Atlântico, através do efeito de cunha, continua atuando sobre a deriva dos quatro continentes.


Placa Tectônica Norte-Americana e Subplaca do Caribe

Esta placa tem uma área de aproximadamente 70 milhões de quilômetros quadrado e compreende:

- toda a América do Norte e Central, inclusive a Groelândia;

- porção mais oriental da Sibéria, inclusive a península de Kauchatka;

- parte do piso do Atlântico Norte, a oeste da Cordilheira Dorsal meso-atlântica;

- parte do piso do Oceano Ártico, situado ao norte do Canadá, da Groelândia, do Alasca e da Sibéria Oriental.


A Subplaca do Caribe, com aproximadamente 2 milhões de quilômetros quadrados de área, encaixa-se entre as placas Norte-Americana e Sul-Americana e apresenta uma atividade vulcânica relativamente importante.

Em função do crescimento da Dorsal Meso-Atlântica, esta placa desloca-se para noroeste.

Na costa oeste da América do Norte, esta placa continental entra em contato com a placa do Pacífico. A colisão dessas duas placas na região da Califórnia, onde está localizada a falha de San Andreas, é responsável pela ocorrência de terremotos violentos com relativa freqüência.

Na realidade, não ocorre choque, mas as placas deslizam uma sobre a outra, as tensões geradas tendem a intensificar a falha de San Andreas e a Califórnia tende a deslocar –se para noroeste, separando-se do Continente Norte-Americano.


Placa Tectônica Sul-Americana

Esta placa tem uma área de aproximadamente 32 milhões de quilômetros quadrados e compreende:
- toda a América do Sul;

- parte do piso do Atlântico Sul, situado a oeste da Cordilheira Dorsal meso-atlântica.


Em função do crescimento da Dorsal meso-atlântica, esta placa tectônica vem se deslocando para oeste, há aproximadamente 200 milhões de anos.

Na costa oeste da América do Sul (litoral Pacífico), esta placa entra em contato com a .placa de Nazca. Como a placa de Nazca desloca-se em direção leste, em função do crescimento de cordilheiras dorsais do Pacifico, vem sendo cavalgada, há aproximadamente 180 milhões de anos, pela placa Sul-Americana.

A tensão nesta área é responsável pelo surgimento da Cordilheira dos Andes, que vem se elevando- a partir de então. O cavalgamento da placa de Nazca pela placa Sul-Americana é responsável, também, pelos terremotos e erupções vulcânicas que ocorrem freqüentemente na região Andina.

Como o Brasil esta localizado na região central da placa Sul-Americana, os abalos sísmicos que aqui ocorrem são de baixas magnitudes.


Placa Tectônica da Eurásia

Esta placa tem uma área de aproximadamente 60 milhões de quilômetros quadrados e compreende:

- toda a Europa e parte ocidental da Ásia;

- parte do piso do Atlântico Norte, a leste da Cordilheira Dorsal meso-atlântica;

- parte do piso do Oceano Ártico, ao norte da Europa e da Ásia;
- parte norte do piso do Mar Mediterrâneo.

Em função do crescimento da Dorsal meso-atlântica, esta placa vem se deslocando para sudeste, entrando em colisão com a placa da África e com a subplacas da Península Arábica.

As tensões surgidas nestas áreas de contato explica a maior atividade tectônica das regiões do sul da Europa e do Oriente Médio.


Placa Tectônica Africana e Subplacas da Península Arábica

A placa Africana tem uma área aproximada de 70 milhões de quilômetros quadrados e compreende:

- toda a África, inclusive a Ilha de Madagascar;

- parte do piso do Atlântico Sul, a oeste da Dorsal meso-atlântica;

- parte do piso do Oceano Indico, próximo ás costas africanas;

- parte sul do piso do Mar Mediterrâneo.


A subplaca da Península Arábica tem aproximadamente 4 milhões de quilômetros quadrados e compreende a Península Arábica, parte do Mar Vermelho, o Golfo Pérsico, o sul do Irã e o Afeganistão.

Em função do contínuo crescimento da Dorsal meso-atlântica, a placa Africana vem se separando há 200 milhões de anos da placa Sul-Americana e entrando em colisão com a placa Eurasiana.

As áreas de tensão, resultantes do afastamento gradual da subplacas da Península Arábica, são responsáveis pela linha de falhas que se estendem próximo á costa oriental da África, se desenvolvendo desde os lagos Niassa, ao sul, até o Rif do Mar Morto, em Israel. Explica, também, a maior atividade tectônica da região do Delta do Nilo e de Israel.


Placa Tectônica Indo-Australiana

Esta placa tem uma área de aproximadamente 45 milhões de quilômetros quadrados e compreende:

- o subcontinente Indiano;

- a Austrália, inclusive a ilha da Tasmânia, Nova Zelândia e Nova Guiné;

- grande porção do piso do Oceano Indico;

- parte oeste do piso do Pacifico Sul.

Esta placa move-se com relativa rapidez (20 milímetros por ano), em direção ao norte e ao oeste, afastando-se da placa Africana e entrando em colisão com a placa Leste Asiático- Indonésia, com a placa de Nazca e coma placa do Pacífico.

A área de tensão resultante do choque com a placa Leste Asiática -Indonésia vem provocando a elevação da cadeia de montanhas do Himalaia, há aproximadamente 75 milhões de anos. As áreas de tensão nos limites norte e oeste desta placa são responsáveis pelo tectonismo da Nova Zelândia e do Himalaia.


Placa Tectônica Leste Asiática-Indonésica

Esta placa tectônica tem uma área de aproximadamente 45 milhões de quilômetros quadrados e compreende:

- parte oriental e meridional da Ásia, inclusive a Península da Malásia;

- as ilhas Sacalinas, do Japão, Taipê, Indonésia e Bornéu;

- a porção ocidental do piso do Oceano Pacífico, inclusive os dos Mares de Java, da China Meridional e da China Oriental, Amarelo, do Japão e de Okhotsk;

- a parte oriental do piso do Oceano Indico.


Esta placa tectônica movimenta-se para o nordeste e entra em colisão com a placa do Pacifico ac longo da costa do Japão e também com a subplacas das Filipinas.

Estas áreas de tensão são responsáveis pela instabilidade tectônica do Japão, que costuma ser mais intensa na costa leste daquele país.


Placa Tectônica da Antártica


Esta placa tem uma área de aproximadamente 25 milhões de quilômetros quadradas e compreende:

- o subcontinente Antártico;

- porção sul dos pisos dos oceanos Atlântico, Pacifico e Índico.

Esta placa tende a movimentar-se para o norte, na medida em que as placas limítrofes afastam-se nesta direção. Este movimento está provocando, a muito longo prazo, um achatamento do Pólo.


Placa tectônica de Nazca

Esta placa, totalmente oceânica, tem uma área de- aproximadamente 10 milhões de quilômetros quadrados e compreende o piso do Oceano Pacifico, que se desenvolve ao longo da costa oeste das Américas do Sul e Central.

Em seu movimento para leste, mergulha sob a placa Sul-Americana, provocando a elevação da Cordilheira Andina, que vem se desenvolvendo há aproximadamente 180 milhões de anos.

Como já foi explicitado, a tensão provocada pela colisão entre essas duas placas tectônicas é responsável pela intensificação do tectonismo e do vulcanismo na Região Andina.


Placa Tectônica do Pacífico

Esta placa, totalmente oceânica, tem uma área de aproximadamente 70 milhões de quilômetros quadrados.

Essa imensa placa movimenta-se em direção oeste e, em conseqüência desta deriva, a placa do Pacifico entra em colisão com as placas das Filipinas e com as placas asiática-indonésica e Indo-Australiana, na medida em que tangencia as placas de Nazca e Norte-Americana, contribuindo para intensificar a falha de San Andreas, na Califórnia.

Uma característica importante desta placa são os numerosos pontos e que a crosta se adelgaça, permitindo que o magma flua através dela e forme inúmeras cadeias de montanhas submersas e o aforamento de ilhas vulcânicas, c~mo os do arquipélago do Havaí.


Placa Tectônica das Filipinas

Com aproximadamente 7 milhões de quilômetros quadrados, esta placa tectônica é a menor das placas ou a maior das subplacas tectônicas.

Situada entre as placas do Pacífico, Indo-Australiana e Leste asiática-indonésica, caracteriza-se por ser a mais agressiva de todas as placas tectônicas.

Com intensa atividade vulcânica, concentra-se nela e em suas proximidades imediatas aproximadamente 50% dos 600 vulcões ativos da Terra.

Nos últimos séculos, os vulcões mais intensos do planeta vem se manifestando nessa placa.

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