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26 maio 2020

MANUAL DE DESASTRES HUMANOS - VOLUME II - TRÁFICO DE DROGAS INTENSO E GENERALIZADO - CODAR - HS.CTD/CODAR - 22.210 - Caracterização - Causas - ondas permissivistas - De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS - Droga corresponde a qualquer substância ou composto


TRÁFICO DE DROGAS INTENSO E GENERALIZADO

CODAR - HS.CTD/CODAR - 22.210


1. Caracterização

O tráfico de drogas intenso e generalizado, juntamente com a fome e a desnutrição, se constituem nos mais importantes flagelos, relacionados com convulsões sociais, que açoitam a humanidade neste início de milênio.

É necessário caracterizar que o “negócio das drogas” é altamente remunerativo e que o poderio econômico dos cartéis e dos grandes sindicatos do crime envolvidos no tráfico de drogas é tão grande, que se contrapõem vantajosamente ao de numerosos países, que se esforçam por combatê-lo.


O imenso poder dos cartéis e dos sindicatos envolvidos no tráfico facilita a interação dos mesmos com todos os demais negócios ilícitos, como:

-  a venda de segurança;

-  o contrabando, especialmente de armas e de automóveis roubados;

-  a exploração do jogo clandestino e da prostituição;

-  o apoio a quadrilhas especializadas em seqüestro, assaltos a bancos e em outros delitos graves.


Os cartéis e sindicatos do crime são extremamente prepotentes e têm um inesgotável poder de corrupção e uma imensa capacidade de infiltração em negócios lícitos e ilícitos. Além disso, a lavagem de dinheiro do tráfego é uma prática corrente que conta com o apoio de muitos sistemas bancários.

O poder de corrupção desses poderosos sindicatos e cartéis é tão grande que são capazes de infiltrar seus prepostos em numerosos cargos importantes do governo, inclusive Presidentes de Repúblicas, do aparelho policial e do Poder Legislativo e Judiciário.

A prepotência desses cartéis é tão grande, que os mesmos não titubeiam em utilizar métodos de intimidação da sociedade e técnicas de terrorismo seletivo e indiscriminado, além de freqüentes demonstrações de força.

Para combater eficazmente esta gravíssima enfermidade social, que infelicita a humanidade, é indispensável que a sociedade, como um todo, seja “vacinada contra o vírus do crime” e que sua “resistência imunológica” contra o crime organizado seja substancialmente elevada.


2. Causas

É perda de tempo questionar a ausência de sentimentos de culpa, tanto por parte dos traficantes de drogas ilícitas, como dos produtores de drogas lícitas, como cigarros, com relação ao imenso genocídio que estão promovendo e que está atingindo toda a humanidade.


A resposta, embora cínica, é unânime:

-  eles apenas produzem e fornecem drogas lícitas ou ilícitas e absolutamente não se sentem responsáveis pela multidão de pessoas que as consomem, já que as mesmas são dotadas de livre arbítrio.

As indagações devem se centrar nas motivações que levam, aproximadamente, um terço dos seres humanos que habitam a Terra para esta espécie de suicídio coletivo que, na melhor das hipóteses, contribui para reduzir suas expectativas de vida em aproximadamente 20 (vinte) anos.

Não é verdade que essa indução do suicídio coletivo tenha alguma coisa a ver com mecanismos do inconsciente coletivo que estejam funcionando para controlar e reduzir os riscos de superpopulação do globo terrestre.

Embora alguns teóricos pontifiquem que a “onda do permissivismo” da década dos 60 (sessenta) foi induzida para reduzir a concorrência por empregos e para reduzir a população economicamente ativa, esta tese não foi comprovada.


Outra tese relaciona as “ondas permissivistas” com grandes guerras. Nestas condições:

-  A Primeira Guerra Mundial justificaria o permissivismo da década dos 20 (vinte);
-  A Segunda Guerra Mundial justificaria o permissivismo da década de 60 (sessenta).

Por motivos pouco definidos, houve uma má leitura da ideologia liberalista e uma falsa interpretação dos valores da liberdade.


É muito provável que esta falsa interpretação esteja contribuindo para:

-  supervalorizar o individualismo e o egoísmo, reduzindo os laços de coesão social, altruísmo e o solidarismo;

-  supervalorizar o “ter” sobre o “ser”, incrementando o consumismo, como demonstração de status social;

-  fazer preponderar os impulsos egoístas e possessivos sobre os altruístas;

-  incrementar os questionamentos sobre os direitos e reduzir os sentimentos de dever.


É muito possível que este novo sentido de valores tenha contribuído para incrementar a competitividade e os níveis de estresse, tenha reduzido os laços de coesão familiar e também contribuído para incrementar a ética permissivista.

A redução dos laços de coesão familiar, as carências afetivas, o incremento da violência no âmbito familiar, os problemas relacionados com a auto-referenciação dos jovens, por ocasião da puberdade, quando se manifesta o chamado “conflito das gerações” e ocorre uma natural ruptura com os ícones familiares, associados ao desestímulo provocado pelo clima de intensa concorrência para se obter “um lugar ao sol” e a perda da auto-estima transformam a juventude emergente em presa fácil dos traficantes de drogas.

O instinto gregário, muito típico da espécie humana, e a busca de uma ilusória segurança biopsicológica, fora do núcleo familiar, facilitam a formação de gangues juvenis.

A curiosidade, o espírito de imitação, a ideologia permissivista, o patrulhamento ideológico do grupo e a necessidade biopsicológica de ser aprovado e aceito pelo grupo conduzem às primeiras experiências com drogas.

A supervalorização dos efeitos psicotrópicos, estupefacientes e físicos, provocados pelas drogas, associados à redução dos bloqueios relacionados com a autocensura levam o jovem a repetir a experiência, até que se caracterize a dependência psicológica e física.


De acordo com a Organização Mundial de Saúde - OMS:

- Droga corresponde a qualquer substância ou composto que, introduzido no organismo humano, modifica uma ou mais funções orgânicas, como conseqüência de ações interativas entre o organismo e a droga, alterando o estado psíquico e, na maioria das vezes, o estado físico e provocando respostas comportamentais e outras. 

Dentre as respostas, sempre ocorre a compulsão para voltar a fazer uso da droga, de forma contínua e periódica, com o objetivo de voltar a experimentar seus efeitos psíquicos e, em muitos casos, para cortar a sensação de desconforto provocada por sua privação.


3. Ocorrência

Este imenso desastre humano ocorre em todos os países do mundo, atingindo, praticamente, todos os estratos sociais.

Mas, em função da maior disponibilidade de recursos e, conseqüentemente, da maior capacidade de consumo, o tráfico de drogas é direcionado preferencialmente para os países mais desenvolvidos, como os Estados Unidos, o Canadá e os países da Europa Ocidental.

Em muitos casos, as drogas ilícitas constituem-se nos mais importantes “produtos de exportação” de algumas nações periféricas.

No que diz respeito aos estratos sociais, é importante caracterizar que não existe um grupo social imune e que todos os estratos sociais e todas as famílias são vulneráveis ao tráfego de drogas e podem ser considerados como grupos de risco.

Em função da disponibilidade de recursos, podem ser caracterizadas drogas ilícitas de gente pobre, o craque (crak), a maconha e haxixe, e drogas ilícitas de gente de posses, a cocaína, a heroína e as anfetaminas, todas elas altamente perigosas e prejudiciais às pessoas que se tornam dependentes das mesmas.

No que diz respeito à faixa etária, verifica-se que existe um esforço dos mercadores de drogas direcionado para a juventude emergente, tanto que, com o passar do tempo, a idade média em que as pessoas estão se tornando dependentes de drogas é cada vez menor.

É inegável que a mídia e os meios artísticos estão contribuindo para a difusão da ideologia permissivista e estão favorecendo o tráfico de drogas.

O Brasil vem sendo fortemente afetado pelo tráfico de drogas e, além de funcionar como região de passagem de traficantes, interpondo-se entre os países periféricos, produtores de cocaína e os grandes mercados consumidores, funciona como um grande mercado produtor de maconha e, cada vez mais intensamente, vem funcionando como mercado consumidor. 

É possível que, nas atuais circunstâncias, já tenha se situado como o nono mercado consumidor de drogas de todo o mundo.


4. Principais Efeitos Adversos

O tráfico de drogas vem contribuindo, de forma desumana, para fazer crescer o grande contingente de pessoas infelicitadas pela dependência de drogas.

Além disso, o tráfico provoca um grande dano social, representado pela existência de um imenso poder paralelo e ilícito, que atua sobre o organismo social como uma poderosa força anárquica, pondo em risco o delicado equilíbrio dinâmico deste organismo.


A dependência de drogas representa um imenso cancro social e contribui para:

-  aumentar a delinqüência, a criminalidade, a promiscuidade, o permissivismo e a prostituição adulta e infantil;

-  reduzir a resistência imunológica contra numerosas doenças infecciosas, com especial destaque para a tuberculose;

-  incrementar o contágio e a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, com especial destaque para a mortífera SIDA/AIDS.


Do ponto de vista econômico, há que ressaltar:

-  a dependência de drogas contribui para reduzir drasticamente a população economicamente ativa - PEA e para aumentar o contingente de pessoas improdutivas e marginalizadas pela economia;

-  o dinheiro recolhido pelos traficantes prejudica outros setores da economia e contribui para o funcionamento de outras atividades criminosas.


Sem sombra de dúvidas, a expectativa média de vida das pessoas dependentes de drogas é drasticamente reduzida. 

Jovens viciados em drogas dificilmente ultrapassam os 40 (quarenta) anos de idade. 

Nestas condições, a expectativa de vida média dos dependentes de drogas é reduzida em mais de 20 (vinte) anos.

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