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28 maio 2020

MANUAL DE DESASTRES NATURAIS - VOL I - Maré Vermelha CODAR:NB.VMV/CODAR: 14.203


3 – Maré Vermelha

CODAR:NB.VMV/CODAR: 14.203


Caracterização

Fenômeno produzido pela intensa proliferação de algas dos gêneros Gymnodinium e Exuviella, geralmente dinoflagelados e outros (bactérias, celiado holotrico, alga cianoficia etc), que ocorre em águas profundas, costeiras e próximas de estuários. Trata-se de um fenômeno de ecologia marinha, resultante da ruptura do equilíbrio ecológico entre diferentes componentes do ecossistema, com o crescimento exagerado desses dinoflagelados no plancton. Traduz-se por uma mudança de coloração da água, que se torna vermelha, rosada, amarelo-marrom, amarelo-esverdeado, amarelo-camurça, vermelho-tijolo, sanguínea ou cor de chocolate.

O fenômeno se processa nas camadas superficiais, com duração de 48 horas, até várias semanas.

As pessoas expostas ao fenômeno podem apresentar coriza, espirros, conjuntivas injetadas, olhos lacrimejantes, tosse seca (sem expectoração), artemia e dor de cabeça, náuseas, vômitos e sensação de ardor nas mucosas do nariz, garganta e olhos. Os recém-nascidos e as pessoas idosas são mais sensíveis.

Essa proliferação pode provocar a morte em massa de organismos marinhos, provavelmente provocada pela competição pelo oxigênio. A maré vermelha pode ser mortal para seres humanos que se alimentem de frutos do mar contaminados, pois estes sintetizam uma neurotoxina que atua nos mecanismos da bomba de sódio celular, dificultando a polarização dos nervos e da musculatura.


Ocorrência

No Brasil, já ocorreu em outubro de 1944, em Tamandaré-PE, e, em 1963, em Recife-PE. Em abril de 1978, aconteceu em Hermegildo e Tramandai, Cidreira e Torres, no litoral do Rio Grande do Sul, fenômeno bem estudado e documentado pelo Ministério da Saúde, na publicação ‘Um Agravo Inusitado à Saúde’ - M.S. - 1978.

A maré vermelha é muito comum em várias partes do mundo, como nos Estados Unidos, Inglaterra, Irlanda, Peru, África do Sul, no mar da Arábia, na Noruega, Argentina, Uruguai e outros países.


Medidas Preventivas e de Controle

Não existem medidas preventivas e de controle aplicáveis diretamente sobre os agentes que causam esse fenômeno.

Com respeito aos efeitos irritativos para as mucosas, recomenda-se afastar-se das praias (litoral), pelo menos uns 300 metros, e a interdição temporária das praias e atividades aquáticas marinhas, nas áreas afetadas.

Os efeitos tóxicos provenientes da ingestão de alimentos marinhos contaminados com a toxina dos dinoflagelados são mais graves, e não são raros os acidentes mortais.

Diante de uma suspeita de maré vermelha, independente de confirmação, é importante a interdição da coleta e consumo de mariscos, crustáceos, moluscos, bivalves etc., até durante quatro semanas após o término do fenômeno.

As medidas mais eficazes são a informação, divulgação e educação sanitária à população, associadas com a interdição e fiscalização do consumo dos alimentos marinhos.

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