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26 maio 2020

MANUAL DE DESASTRES HUMANOS - VOLUME II - Estudo da Classe dos Anfíbios ou Batráquios - Estudo da Classe dos Peixes - Notícias sobre o Ramo dos Artrópodes - Notícias sobre o Ramo dos Moluscos - Dentre os ecossistemas brasileiros, os que mais sofreram, a partir do descobrimento do Brasil, foram os seguintes - Atualmente os complexos florísticos mais ameaçados no Brasil são - Principais Efeitos Adversos - A qualidade de vida dos habitantes das cidades depende diretamente - da preservação das áreas verdes urbanas - Toda a sociedade deve ser conscientizada


4) Estudo da Classe dos Anfíbios ou Batráquios

Os anfíbios recebem este nome porque em sua fase larvar comportam-se como animais aquáticos e somente em sua fase adulta atuam como animais terrestres. Como seus sacos pulmonares são bastante rudimentares, complementam suas trocas gasosas através da pele que, por esse motivo, é delgada, densamente vascularizada e recoberta de uma secreção mucosa.

Os anfíbios mais disseminados no Brasil são: o sapo-cururu (Bufo marinus e Bufo paracneuris), a jia ou rã-pimenta (Leptodactylus pentadactylus), a perereca (Hyla exignata) e a cobra-cega ou minhocão (Siphonops anflulatus). Na Hiléia ocorrem o sapo-aru (Pipa pipa) e o sapo-de-chifre (Ceratophrys ornata) entre outros. Na província Tupi ocorrem a rã-verdadeira (Megaelosia gveldi), a perereca-ferreira (Hyla faber) e o sapo dourado (Brachycephalus
ephippium).


5) Estudo da Classe dos Peixes

Dentre as espécies amplamente disseminadas e presentes em quase todas as bacias fluviais do Brasil, há que destacar as seguintes: a traíra (Hoplias malabaricus), a piranha (Pygocentrus pipaya), o jaú (Paulicea luetkeni), o dourado (Salminus maxillosus), o Curimatá (Prochidolus hartu), os cascudos (Leoncaria sp e Plecostumus sp) e os tambaquis do gênero clossoma, com várias espécies endêmicas das bacias Amazônica e do Prata.

São típicos da bacia Amazônica, os peixes seguintes: pirarucu (Arapaima gigas) de carne abundante e deliciosa que costuma ser comercializada em mantas salgadas; o aruanã (Osteoglossum bicirrhosum); o delicioso e prolífico tucunaré (Cichla ocellaris), o matrinchão ou piracanjuba, também presentes nos rios da bacia do Paraná, compreendendo várias espécies do gênero Brycon; o poraquê ou peixe-elétrico (Electro phorus electricus); as arraias do amazonas (Paratygon humerosus e Paratygon leceps) e o candiru (Vandellia cirrhosa), peixe parasita que prolifera em águas rasas e mornas onde se despeja lixo e que tem o mau hábito de penetrar nas cavidades naturais dos banhistas desavisados.

São muito típicos das bacias das províncias Cariri-Bororó e Guarani, os peixes seguintes: pirambóia (Lepidosiren paradoxa); os deliciosos surubins-pintados (Pseudoplatystoma corruscans), da bacia do Prata, e os surubins-rajados (Pseudoplatystoma fasciatum), da bacia do São Francisco; a pirambóia-do-São Francisco (Brycon lundi) e a pirambóia-do-paraná (Brycon natteri), além dos mandis ou peixes-chorões, compreendendo várias espécies dos gêneros Rhandia e Pimelodella, que emitem um som, que lembra o choro, quando são pescados e retirados da água.


6) Notícias sobre o Ramo dos Artrópodes

A fauna brasileira é particularmente rica em artrópodes das classes dos crustáceos, insetos, miriápodes e aracnídeos.

No que diz respeito aos crustáceos, os rios e os mares territoriais brasileiros são particularmente ricos em camarões, pitus, lagostas, lagostins, siris, caranguejos e guaiamus.


No que diz respeito aos insetos, o Brasil é particularmente rico, no que diz respeito aos:

-  Himenópteros, como os maribondos, as vespas, as numerosas abelhas silvestres e as formigas. As abelhas da espécie Apis melifera não são autóctones, mas já são naturalizadas no País.

-  Coleópteros, com mais de 80.000 espécies de besouros carnívoros, vesicantes, herbívoros, coprófagos e xilófagos (comedores de madeiras).

-  Lepidópteros, como as borboletas diurnas, as mariposas crepusculares e as mariposas noturnas.

-  Dípteros, como as moscas, os mosquitos e as pulgas.

-  Hemípteros, como os percevejos-do-mato, pulgões e as cochonilhas.

-  Ortópteros, como os gafanhotos, os louva-deus e as esperanças.
No que diz respeito aos aracnídeos o Brasil é muito rico em aranhas, escorpiões e ácaros.


7) Notícias sobre o Ramo dos Moluscos

No que diz respeito aos lamelibrânquios as praias, restingas e mangues brasileiros são riquíssimos em mexilhões, ostras, sururus e outras espécies.


4. Causas

-  O desmatamento irresponsável e sem controle das florestas e matas brasileiras vem atingindo tanto as Áreas de Proteção Ambiental – APA, como as Áreas de Preservação Ambiental e Santuários Ecológicos.

-  O uso de técnicas inadequadas de manejo agrícola contribui para acelerar o esgotamento do solo e para incrementar a chamada agricultura itinerante.

-  As queimadas, além de contribuírem para a perda da fertilidade natural do solo, reduzem a biodiversidade e induzem a proliferação de pragas.

-  O zoneamento urbano e rural deficientes e inadequados contribuem para alterar os ecossistemas urbanos e rurais.

-  O incremento das monoculturas, em conseqüência da política mercantilista, sem uma preocupação maior com a preservação de áreas de proteção ambiental e de santuários ecológicos está contribuindo para a rápida destruição dos biótopos naturais, com graves prejuízos para a biocenose, que depende dos mesmos para a sua perpetuação.

-  A utilização intensiva e descontrolada de agrotóxicos, como herbicidas e inseticidas, ao destruir a microfauna e a microflora, comprometem a fertilidade natural do solo, criam facilidades para a proliferação das pragas e, ao alterarem o equilíbrio dinâmico dos ecossistemas, contribuem para a destruição da flora e da fauna autóctone.

-  A introdução de espécies animais e vegetais exôgenas, sem um competente estudo prospectivo, compromete o equilíbrio dinâmico da biota com sensíveis prejuízos para a fauna e flora autóctones. É importante recordar que a evolução endogâmica da flora e da fauna da plataforma continental Sul-Americana, durante dezenas de milhões de anos que permaneceu ilhada, contribuiu pra reduzir a capacidade competitiva das espécies autóctones.

-  Também a caça e a pesca clandestina, desenvolvidas à margem da legislação protetora vigente, estão contribuindo para reduzir a biodiversidade da fauna brasileira, colocando numerosas espécies em risco de extinção iminente.

-  Contribui para agravar esta situação numa herança cultural, de fundamentação religiosa que coloca a espécie humana numa situação privilegiada e irresponsável de gestora das demais espécies animais e vegetais em nome de uma divindade que lhe teria delegado a responsabilidade de “reinar sobre a criação” em seu nome.


Numa percepção holística do mundo real, torna-se cada vez mais evidente que a espécie humana se caracteriza como o maior fator de desequilíbrio relacionado com a dinâmica da biosfera, ao destruir os biótopos naturais e ao condenar um grande número de espécies animais e vegetais ao desaparecimento.

A Organização Mundial da Saúde considerou que o rato é o inimigo número um da humanidade. Caso ocorresse um plebiscito entre os animais o homem seria eleito, por unanimidade, como o inimigo “número um da biosfera”!

É indispensável que ocorra uma mudança cultural que promova um clima de maior compromisso da sociedade com relação à preservação da flora e da fauna de todos os países e de todas as localidades do mundo.


5. Ocorrência

A flora e a fauna autóctones vêm sendo destruídas, de uma forma sistemática em, praticamente, todos os países do mundo.

De um modo geral, os países colonizados por povos anglo-saxões, como a Austrália, a Nova Zelândia, a África do Sul e os Estados Unidos da América do Norte, foram os que sofreram maiores agressões as suas faunas e, em menor escala, as suas floras.

É evidente que todas as pessoas do mundo devem se preocupar com a preservação das florestas tropicais e equatoriais.


No entanto é importante registrar que, em função dos mais elevados índices de insolação e de fotoperiodismo:

-  As florestas tropicais e equatoriais se recuperam numa velocidade cinco vezes maior do que as florestas de clima frio e temperado.

Também entre os animais, o fotoperiodismo contribui para aumentar a precocidade, no que diz respeito às condições de reprodução. Este fato ocorre inclusive na espécie humana.

Pode-se observar que a menarca ocorre normalmente aos 12 anos nos países ensolarados e depois dos 16 nos países de clima frio.

No que diz respeito ao Brasil, ao longo dos últimos quinhentos anos, numerosos ecossistemas foram profundamente alterados e é absolutamente indispensável que os testemunhos residuais destes ecossistemas sejam transformados em santuários ecológicos, em benefício das gerações futuras.


Dentre os ecossistemas brasileiros, os que mais sofreram, a partir do descobrimento do Brasil, foram os seguintes:

-  A floresta tropical úmida de encosta ou Mata Atlântica;

-  A floresta tropical perene subtropical;

-  A floresta aciculada subtropical ou Mata de Araucárias;

-  As chamadas Matas de Galerias e os Capões do Mato.

Evidentemente, a destruição das matas de galerias ou florestas ciliares foi a que causou maiores prejuízos aos ecossistemas em geral.



Atualmente os complexos florísticos mais ameaçados no Brasil são os seguintes:

-  a caatinga onde já ocorrem numerosos núcleos de desertificação;

-  a vegetação dos manguezais e dos tabuleiros litorâneos, em decorrência da corrida imobiliária, com riscos de graves repercussões sobre a fauna marítima e fluvial das regiões envolvidas;

-  o complexo do pantanal, caso a chamada “hidrovia do Paraná-Paraguai for desenvolvida de forma intempestiva;

-  a floresta latifoliada semidecídua, que faz a transição do cerrado para a floresta amazônica.


No que diz respeito à fauna brasileira, os animais que correm maiores riscos de extinção são os felídeos, os canídeos, os mustelídeos e os serenídeos.

Dentre os primatas, os que correm mais riscos são os micos-leões autóctones da província Tupi.

Dentre as aves, os grupos que correm maiores riscos são os Galiformes, alguns psitacídeos e algumas espécies de tinamiformes, como o macuco e a perdiz.

Dentre os répteis, pode-se informar que os riscos de extinção de algumas tartarugas marinhas e de algumas espécies de jacarés são hoje muito menores graças aos esforços dos órgãos do sistema de proteção ambiental do País.


6. Principais Efeitos Adversos

A destruição intencional da flora e da fauna contribui para fragilizar os ecossistemas e para reduzir a qualidade de vida da população.
A longo prazo, a sobrevivência da espécie humana depende do equilíbrio dinâmico da biosfera.

O crescimento geométrico da população do globo terrestre, acompanhado da constante redução das áreas agricultáveis, está gerando um imenso desafio para a sobrevivência da humanidade, em condições dignas, em todos os recônditos do globo.

É evidente que a flora e a fauna mais importantes, para um determinado grupo social, é aquela que lhe está mais próxima. Para o habitante da cidade, os ecossistemas urbanos são os mais importantes.


A qualidade de vida dos habitantes das cidades depende diretamente:

-  da preservação das áreas verdes urbanas;

-  da vegetação existente nas alamedas, nos jardins, nas áreas de cobertura das edificações e nos fundos de quintais.

A qualidade do ar respirado, em uma determinada localidade depende do nível de produção de fumaça e de outros produtos gerados pela combustão e também do volume da área verde existente na mesma. A chamada “fauna urbana” também deve ser alvo de atenção prioritária. Quanto maiores e mais biodiversificados forem os parques urbanos e as áreas verdes disponíveis, maior será a fauna local, que deve ser protegida, com grande prioridade. Sem nenhuma dúvida, a qualidade de vida do homem, mesmo que urbano, depende do nível de biodiversidade e da riqueza da flora e da fauna locais.


7. Monitorização, Alerta e Alarme

Todos os países, estados e províncias, municípios e localidades do mundo devem se preocupar com o incremento de seus sistemas integrados de vigilância ambiental.

Embora a monitorização das condições ambientais tenha se desenvolvido intensamente, em função da evolução tecnológica e da crescente utilização de satélites artificiais, a vigilância ambiental continua fortemente dependente da participação ativa e interessada da cidadania.

Todos os cidadãos devem se comportar como guardas-florestais e defender “com unhas e dentes” o patrimônio ecológico das atuais e futuras gerações.


Toda a sociedade deve ser conscientizada sobre:

-  O fato comprovado de que os desastres são provocados ou agravados pelas ações e pelas omissões humanas;

-  O dever social de não contribuir e nem permitir que outras contribuam para a degradação dos ecossistemas que facilitam a eclosão e o agravamento de desastres.

É desejável que todos os municípios do País instalem um telefone disque-denúncia para que a população possa informar sobre ações que podem comprometer os ecossistemas urbanos e rurais.

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