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26 maio 2020

MANUAL DE DESASTRES HUMANOS - VOLUME II - Reabilitação da Juventude Marginalizada e dos Menores Abandonados


7. Reabilitação da Juventude Marginalizada e dos Menores Abandonados

É muito importante abordar este tema, caracterizando que o projeto de reabilitação não pode ser coercitivo nem policialesco. Ao contrário, deve ser participativo, interativo e suficientemente atraente, para permitir a adesão espontânea dos menores abandonados ou marginalizados e de suas famílias.

Sempre que possível, o projeto deve ser desenvolvido por uma equipe multidisciplinar altamente competente e a metodologia de comunidade terapêutica, desenvolvida por psiquiatras italianos para esvaziar os manicômios e prosseguir o tratamento em centros de convivência, pode servir de modelo para desenvolvimento do projeto.


Uma equipe, que trabalha num grande centro de convivência e reabilitação, pode ser constituída por profissionais das seguintes especialidades:

-  assistentes sociais, técnicos em recreação e professores de educação física;

-  psicólogos, educadores, terapeutas ocupacionais e musicoterapeutas;

-  artistas plásticos e artistas cênicos;

-  médicos, enfermeiros, nutricionistas e professores de economia doméstica.


A falta de especialistas não invalida o trabalho da equipe. Ao contrário, com passar do tempo, o intercâmbio de experiências e de vivências contribui para que todos os membros da equipe desenvolvam uma cultura básica comum, altamente generalista e polivalente.

Num centro de convivência, a metodologia de “comunidade terapêutica” é muito enriquecedora. Inicialmente, a equipe debate a filosofia do projeto, os métodos de abordagem e de conquista do público-alvo e o planejamento geral das atividades.

Numa segunda fase, a comunidade se expande, com a chegada da clientela, que participa ativamente do debate, de forma que o planejamento das atividades é constantemente atualizada, em função das expectativas do grupo.


Os objetivos do projeto de reabilitação e de socialização da criança e do adolescente começam a ser atingidos quando:

-  a auto-estima é recuperada;

-  as carências afetivas são identificadas e solucionadas;

-  os jovens passam e se interessar pelos esportes e pelo treinamento profissional, buscando exercer uma profissão que lhe seja gratificante.

É evidente que a instituição de um Centro de Convivência, dotado de uma equipe multidisciplinar competente não deve se limitar à reabilitação de menores abandonados.


Ao contrário, é altamente proveitoso que o mesmo seja freqüentado também por:

-  voluntários, idosos, convalescentes;

-  pacientes psiquiátricos;

-  menores pertencentes a famílias instáveis;

-  qualquer pessoa que possa somar ou se beneficiar das atividades de convivência democrática.


Num Centro de Convivência, onde se utilizam métodos de comunidade terapêutica, são importantes a participação democrática e o respeito pelas diferenças individuais. Nesses centros, as pessoas se mantêm ocupadas durante todo o tempo, desempenhando as atividades que lhes são mais gratificantes.

Quanto maiores forem as opções, maiores serão os atrativos proporcionados pelos centros de convivência. De um modo geral, os esportes, as atividades artísticas, a música, a dança, o teatro, a tecelagem, a tapeçaria, o cultivo da terra, a criação de pequenos animais facilitam a convivência e permitem que a reabilitação seja conseguida.

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