5
– Granizos
CODAR:
NE.TGZ/ CODAR: 12.205
Caracterização
Precipitação sólida de
grânulos de gelo, transparentes ou translúcidos, de forma esférica ou
irregular, raramente cônica, de diâmetro igual ou superior a 5mm.
O granizo é formado nas
nuvens do tipo cumulonimbus, as quais se desenvolvem verticalmente, podendo
atingir alturas de até 1.600m. Em seu interior, ocorrem intensas correntes
ascendentes e descendentes. As gotas de chuva provenientes do vapor condensado
no interior dessas nuvens, ao ascenderem sob o efeito das correntes verticais,
congelam-se ao atingirem as regiões mais elevadas.
O
granizo, também conhecido por saraivada, é a precipitação de pedras de gelo,
normalmente de forma esferóide, com diâmetro igual ou superior a 5mm,
transparentes ou translúcidas, que se formam no interior de nuvens do tipo
cumulonimbus. Podem subdividir-se em dois tipos principais:
- gotas de chuvas
congeladas ou flocos de neve quase inteiramente fundidos e recongelados;
- grânulos de neve
envolvidos por uma camada delgada de gelo.
Os meteorologistas
designam as pedras de gelo com diâmetros superiores a 5mm de saraiva. As
saraivadas são constituídas por várias camadas de gelo que podem ser
alternativamente claras e opacas, em forma de casca de cebola, agrupadas em
torno de um núcleo central. Este núcleo pode ser constituído por um grão de
gelo, por ar comprimido, por poeira ou por pólen ou sementes.
Quando o granizo choca-se
com o solo, o núcleo de gelo gera uma pressão interna mais intensa e provoca
pequenas detonações. Ao caírem por seu próprio peso, absorvem mais umidade nas
camadas inferiores, até que, novamente, são arrastadas para altitudes mais
elevadas, onde sofrem novo congelamento. O processo se repete, até que o peso
do gelo ultrapasse a força ascensional, provocando a precipitação.
Ocorrência
O fenômeno ocorre em todos
os continentes, especialmente em regiões montanhosas.
As tempestades de granizo
de maior magnitude ocorrem em regiões continentais de clima quente,
especialmente na índia e na África do Sul.
No Brasil, as regiões mais
atingidas por granizo são a Sul, Sudeste e parte meridional da Centro-Oeste,
especialmente nas áreas de planalto, de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do
Sul.
Principais
Efeitos Adversos
O granizo causa grandes
prejuízos à agricultura. No Brasil, as culturas de frutas de clima temperado,
como maçã, pêra, pêssego e kiwi e a fumicultura são as mais vulneráveis ao
granizo.
Dentre os danos materiais
provocados pela saraiva, os mais importantes correspondem à destruição de
telhados, especialmente quando construídos com telhas de amianto ou de barro.
As tempestades que
normalmente acompanham o granizo causam também outros prejuízos. O temporal
ocorrido na cidade de São Paulo, em 21 de julho de 1995, durou apenas meia
hora, causando danos materiais e humanos. Sete pessoas morreram, todas
esmagadas por um muro de 7 metros de altura e 100 metros de comprimento, que
desmoronou com a ação do vento; vários carros foram atingidos por árvores e
galhos caídos e alguns bairros ficaram horas sem energia.
Monitorizarão,
Alerta e Alarme
Os serviços de
meteorologia acompanham diariamente as condições do tempo e têm condições de
prevenir sobre a provável ocorrência desses eventos.
As cooperativas de
fruticultores, especialmente as de produtores de maçãs, estão adquirindo
aparelhos de radar, que informam sobre a formação de nuvens cumulonimbus.
Medidas
Preventivas
As cooperativas de
fruticultores adquiriram baterias de foguetes para bombardearem as nuvens com
substâncias higroscópicas e anticriogênicas, objetivando provocar a
precipitação da chuva e evitar a formação do granizo. O método tem sido
largamente utilizado no Estado de Santa Catarina.
Os fumageiros e outros
produtores garantem-se contra prováveis prejuízos, através de seguro.
É necessário que
incentivem pesquisa para produzir telhas de baixo custo e resistentes à
saraiva.
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