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26 maio 2020

MANUAL DE DESASTRES HUMANOS - VOLUME II - Estudo dos Efeitos das Principais Drogas - maconha - cocaína - opiáceos (com destaque para a heroína) - craque (crack) - anfetaminas - barbitúricos - metaqualona - solventes voláteis - drogas alucinógenas - LSD - mescalina - DOM ou STP (Security, Tranquility and Peace) - Maconha - Haxixe - Quadro Sintomático - psicose da maconha - alucinações visuais e auditivas - desorientação - depressão - pânico - despersonalização - idéias paranóicas - excitação - comportamentos agressivos - A paranóia manifesta-se por desconfiança, conceito exagerado de si mesmo, desenvolvimento de idéias reivindicatórias, mania de grandeza e mania de perseguição - A maconha provoca, a longo prazo, as seguintes alterações psíquicas e metabólica


5. Estudo dos Efeitos das Principais Drogas

Além do crescimento em escala geométrica do número de pessoas compulsadas a consumir drogas, em caráter periódico e permanente, observa-se uma constante introdução de novas drogas no mercado.


Dentre as drogas de maior importância médico-social, destacam-se as ilícitas como:

- maconha;

- cocaína;

- opiáceos (com destaque para a heroína);

- craque (crack);

- anfetaminas;

- barbitúricos;

- metaqualona;

- solventes voláteis;

- drogas alucinógenas;

-  LSD;

- mescalina;

- DOM ou STP (Security, Tranquility and Peace).


a. Maconha e Haxixe

A maconha, mais consumida nos países ocidentais, é constituída por uma mistura de folhas e inflorescências do cânhamo, árvore da espécie Canabis Sativa, enquanto que o haxixe, mais consumido na Ásia e na África do Norte, é preparado a partir de uma resina exudada pelos arbustos femininos.

O princípio ativo mais importante da maconha e do haxixe, o Delta-9- Tetraidrocanabinol (Delta 9.THC), é encontrado numa concentração de, aproximadamente, 1% na maconha e de 5 a 10% no haxixe.

Como a absorção pulmonar deste princípio ativo (Delta 9.THC) é muito rápida, seus efeitos farmacológicos ocorrem em poucos minutos. A absorção digestiva é mais demorada e os efeitos colaterais só se iniciam após 30 a 120 minutos. 

A meia-vida plasmática do Delta 9.THC é de, aproximadamente, 57 horas, em não-viciados, e de 28 horas, nos viciados na droga. 

Um cigarro, contendo em média 500 mg de maconha e 5 mg de Delta 9.THC, quando fumado, produz efeitos físicos e psíquicos a partir de 2 a 3 minutos. 

Estes efeitos atingem seu pico máximo em 10 a 20 minutos e permanecem por 90 a 120 minutos. 

Ocorre uma grande variação, tanto na duração, como nas características dos efeitos, em função de variações individuais e das circunstâncias em que a droga foi usada.


Quadro Sintomático

No caso de doses leves, os efeitos fisiológicos são mais discretos, ocorrendo normalmente aumento da freqüência cardíaca, congestão nas conjuntivas, redução da filtração renal e aumento do volume de água retida no organismo. 

Os efeitos psíquicos são os seguintes: o drogado informa que está passando por um quadro emocional agradável e positivo, com sensação de leveza e mudanças nas percepções ambientais, por intermédio dos órgãos sensoriais. 

As imagens visuais são mais nítidas, alterando-se a forma, a cor e o tamanho dos objetos. 

O tato, o paladar e o olfato são subjetivamente estimulados. Altera-se a percepção do tempo, que dá a sensação de escoar-se de forma mais lenta.

Em indivíduos muito suscetíveis, mesmo as doses leves podem apresentar sinais de intoxicação, como náuseas, vômitos, tontura, ansiedade e sintomas psíquicos mais sérios.


No caso de doses mais pesadas, o drogado apresenta os seguintes sintomas, que caracterizam o quadro da chamada “psicose da maconha”:

-  alucinações visuais e auditivas;

-  desorientação, depressão, pânico e despersonalização;

-  idéias paranóicas, excitação e comportamentos agressivos.

A paranóia manifesta-se por desconfiança, conceito exagerado de si mesmo, desenvolvimento de idéias reivindicatórias, mania de grandeza e mania de perseguição.


A maconha provoca, a longo prazo, as seguintes alterações psíquicas e metabólicas:

-  perda da memória para fatos recentes;

-  redução da atenção e da capacidade de aprender;

-  alterações na senso-percepção e na coordenação dos movimentos;

-  alterações no nível de estimulação do eixo Córtico-Hipotalâmico-Hipofisário;

- redução na produção e liberação dos hormônios hipofisários.


A redução da produção de somatotrofinas prejudica o crescimento, quando as pessoas se viciam muito jovens, e apressa o envelhecimento das pessoas viciadas.

A redução da produção de gonadotrofinas diminui a espermatogênese, nos homens, a ovulação, nas mulheres e a produção de hormônios sexuais, em ambos os sexos, com conseqüente redução da libido.

A redução da produção de corticotrofinas e tireotrofinas altera o metabolismo orgânico, com reflexos sobre a resistência imunológica contra infecções.

Embora as doses iniciais de maconha desinibam as pessoas sexualmente reprimidas e intensifiquem as fantasias eróticas, a droga reduz a sexualidade e a libido, a longo prazo.

A maconha reduz as defesas imunológicas dos viciados contra doenças infecciosas.

Mesmo em doses mínimas, a maconha prejudica a capacidade dos motoristas para dirigir automóveis e contribui para aumentar os riscos de desastres automobilísticos, com vítimas, por aumentar a agressividade das pessoas, reduzir a atenção, a capacidade de concentração, alterar a senso-percepção e tornar mais lentas as respostas reflexas dos órgãos efetores.

Além de todos estes problemas, a maconha serve de “ponte” para outras drogas ainda mais perigosas, como a cocaína, a heroína e os alucinógenos.

Apesar de todos estes efeitos maléficos, existem pessoas que propõem que se considere a maconha como uma droga lícita, da mesma forma que o tabaco.

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