c. Opiáceas, com destaque para a
Heroína
Dentre
os derivados do ópio, destacam-se os seguintes alcalóides:
- Morfina;
- Codeína;
- Heroína;
- Nalosfina.
Além destes, existem outros analgésicos-narcóticos de
síntese, como a:
- Meperidina (Dolantina ou Demerol);
- Metadona;
- Alfaprodina
(Metasidiu).
Dentre os opiáceos, o mais potente e o mais utilizado como droga
de abuso ou ilícita é a heroína, ou diacetilmorfina, conhecida como a droga que
causa maior dependência física e psíquica, além de maior índice de tolerância,
exigindo doses progressivamente maiores para conseguir o mesmo efeito.
Além
disso, a heroína é, dentre todas as drogas, a que apresenta a pior síndrome de
abstinência.
Normalmente,
a heroína é injetada na veia ou no tecido celular subcutâneo, podendo ser
fumada.
Quadro Clínico
Em
caso de dose leve, o paciente apresenta-se calmo, ausente e de olhos
semicerrados. Apresenta as pupilas contraídas (miose) e quase puntiformes,
demonstra sonolência, embotamento mental, capacidade de concentração diminuída,
apatia e atividade reduzida.
Do ponto de vista psicológico, o drogado se sente
leve, liberado de dores físicas e morais e despreocupado com problemas sociais
ou econômicos.
Apresenta
também prurido (coceira) nasal e respiração pausada.
Em
caso de intoxicação aguda, a miose se acentua, o paciente perde a consciência
(coma), a respiração torna-se lenta e superficial, o pulso muito rápido e as
extremidades arroxeadas (cianóticas), tremores musculares e espasmos. Em caso
de superdosagem, o paciente corre risco de morrer por insuficiência
cardiorrespiratória.
Os
sintomas de abstinência costumam ser dramáticos e, com o passar do tempo, a
síndrome pode aparecer de 12 a 18 horas depois da última dose. Nos casos
iniciais, pode ocorrer após 36 a 72 horas.
Caracteriza-se por bocejos
freqüentes, transpiração excessiva, lacrimejamento, corrimento nasal, midríase,
ereção dos pêlos, cólicas abdominais , dores musculares, agitação, diarréia e
pele arrepiada. O paciente passa a ter medo da abstinência, da polícia e dos
traficantes aos quais deve dinheiro.
Para
obter recursos que lhe permitam ultrapassar a síndrome de abstinência, o
viciado não tem dúvidas em praticar os atos mais torpes. Os viciados em heroína
encontram-se totalmente dominados pelos traficantes e, se não forem ajudados
por médicos competentes, afundarão cada vez mais no vício.
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