20 maio 2020

TÍTULO IV - MENINGITE MENINGOCÓCICA - CODAR – HB.IMM/CODAR 23.304 - Dados Epidemiológicos


2. Dados Epidemiológicos

O agente infeccioso é o meningococo da espécie Neisseria meningitidis, que se caracteriza microscopicamente como um diplococo intracelular que, corado pelo método de Gram, caracteriza-se como grau-negativo.

Os tipos sorológicos mais freqüentes nos surtos epidêmicos são os dos grupos A, B e C. O único reservatório de importância epidemiológica é o homem.

O mecanismo de transmissão mais freqüente é a inalação de gotículas de secreções nasofaríngeas de pessoas infectadas, especialmente de portadores inaparentes. Na maioria das vezes, a infecção causa uma nasofaringite aguda ou uma infecção subclínica das mucosas.

Uma invasão suficiente para provocar uma doença sistêmica é comparativamente rara.

Durante surtos epidemiológicos, em quartéis, pode-se comprovar que mais de 50% dos efetivos são portadores assintomáticos de meningococos, sem apresentarem sintomas clínicos.

O período de incubação varia entre 2 e 10 dias, com maior prevalência entre 3 e 4 dias. A transmissibilidade se mantém enquanto os meningococos estiverem presentes nas secreções nasofaríngeas e desaparecem após 24 horas de tratamento com sulfonamidas.

A suscetibilidade às doenças clínicas é relativamente baixa e parece estar relacionada a deficiências na formação do complemento.

A distribuição das meningites endêmicas e epidêmicas é geral e ocorre no mundo inteiro, tanto em áreas urbanas, como em áreas rurais. 

Embora a infecção subclínica ocorra principalmente em crianças pequenas, os quadros clássicos ocorrem preferentemente entre crianças maiores e adultos jovens do sexo masculino. Os surtos em quartéis não são infreqüentes.

No Brasil, os principais surtos, a partir de 1974, foram provocados pelos tipos A e C.

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