T
Í T U L O I I I
GRIPE
OU INFLUENZA
CODAR
– HB.IGR/CODAR 23.303
5.
Caracterização
Doença viral aguda do
trato respiratório, caracterizada por febre, acompanhada de calafrios, dor de
cabeça (cefaléia), dores musculares (mialgias), prostração, coriza (catarros
nasais) e dor de garganta leve. A tosse pode se fazer presente, de forma
intensa e persistente.
O diagnóstico é
suspeitado, em função dos dados epidemiológicos, e a doença evolui para a cura
espontânea em 2 a 7 dias.
Em crianças, a gripe pode
não ser distinguível de outras infecções respiratórias agudas – IRA – de causa
viral.
A importância da gripe
relaciona-se com a rapidez com que assume proporções epidêmicas, com os altos
coeficientes de ataque e com a gravidade de suas complicações, como as
superinfecções causadoras de pneumonias bacterianas.
Durante as pandemias e
epidemias maiores, podem ocorrer formas graves da doença e óbitos,
especialmente entre os pacientes idosos ou pessoas debilitadas por afecções
crônicas, cardíacas, pulmonares, renais ou metabólicas.
Entretanto, na pandemia da
gripe espanhola, ocorrida em 1918, as taxas de mortalidade mais altas ocorreram
entre adultos jovens.
A confirmação do
diagnóstico no laboratório é feita pelo isolamento do vírus ou pela
positividade às provas sorológicas específicas.
6.
Dados Epidemiológicos
O agente infeccioso é o
vírus da Influenza com três tipos: A, B e C. Os vírus de tipo A e B estão
associados a epidemias, enquanto o C tem sido encontrado em casos isolados.
A
identificação é feita por provas sorológicas e cada tipo dá origem a numerosos
subtipos e cepas em função de fenômenos de mutação. O aparecimento de subtipos
e cepas novos explica o surgimento das grandes pandemias.
Nos últimos cento e dois
anos, registraram-se 4 grandes pandemias, nos anos de 1889, 1918, 1957 e 1968.
O homem é o principal reservatório
das infecções humanas, embora outros reservatórios mamíferos, como porcos,
cavalos e algumas aves possam atuar como fontes de novos subtipos, por
intermédio da recombinação com cepas humanas.
A transmissão ocorre pela
inalação de gotículas de catarro infectadas, que permanecem em suspensão no ar.
O período de incubação
varia entre 24 e 72 horas e a transmissibilidade se mantém por três dias, após o
surgimento dos sintomas.
A suscetibilidade é
universal. A infecção confere imunidade específica para o tipo infectante. A
imunização produz respostas sorológicas para os subtipos presentes na vacina e
aumenta o teor de anticorpos para as raças afins que tenham infectado
anteriormente o indivíduo.
3.
Medidas Preventivas
A imunização é eficaz,
quando se emprega uma concentração adequada de componentes antigênicos
semelhantes à cepa responsável pelo surto que está ocorrendo.
Recomenda-se a vacinação
dos grupos que apresentam maior intensidade de riscos para a infecção, como os
idosos e os profissionais de saúde.
A educação sanitária,
sobre os princípios básicos de higiene pessoal relacionados com a disseminação
de doenças por inalação, como o uso obrigatório de lenços descartáveis, é
indispensável.
4.
Medidas de Controle em caso de Epidemia
A notificação de surtos à
autoridade sanitária local é indispensável.
A vigilância
epidemiológica define a intensidade dos surtos e as tendências evolutivas
facilitam o planejamento das medidas de controle do surto.
A educação sanitária deve
ser reforçada. As medidas reduzindo as oportunidades de contágio em grandes
concentrações humanas devem ser estabelecidas, da mesma forma que a vacinação e
o isolamento reverso dos grupos sensíveis.
Em caso de desastre,
considerar os riscos de disseminação da doença nos abrigos provisórios.
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