20 maio 2020

T Í T U L O I I I - GRIPE OU INFLUENZA - CODAR – HB.IGR/CODAR 23.303 - Caracterização - Dados Epidemiológicos - Medidas Preventivas - Medidas de Controle em caso de Epidemia


T Í T U L O I I I

GRIPE OU INFLUENZA

CODAR – HB.IGR/CODAR 23.303


5. Caracterização

Doença viral aguda do trato respiratório, caracterizada por febre, acompanhada de calafrios, dor de cabeça (cefaléia), dores musculares (mialgias), prostração, coriza (catarros nasais) e dor de garganta leve. A tosse pode se fazer presente, de forma intensa e persistente.

O diagnóstico é suspeitado, em função dos dados epidemiológicos, e a doença evolui para a cura espontânea em 2 a 7 dias.

Em crianças, a gripe pode não ser distinguível de outras infecções respiratórias agudas – IRA – de causa viral.

A importância da gripe relaciona-se com a rapidez com que assume proporções epidêmicas, com os altos coeficientes de ataque e com a gravidade de suas complicações, como as superinfecções causadoras de pneumonias bacterianas.

Durante as pandemias e epidemias maiores, podem ocorrer formas graves da doença e óbitos, especialmente entre os pacientes idosos ou pessoas debilitadas por afecções crônicas, cardíacas, pulmonares, renais ou metabólicas.

Entretanto, na pandemia da gripe espanhola, ocorrida em 1918, as taxas de mortalidade mais altas ocorreram entre adultos jovens.

A confirmação do diagnóstico no laboratório é feita pelo isolamento do vírus ou pela positividade às provas sorológicas específicas.


6. Dados Epidemiológicos

O agente infeccioso é o vírus da Influenza com três tipos: A, B e C. Os vírus de tipo A e B estão associados a epidemias, enquanto o C tem sido encontrado em casos isolados. 

A identificação é feita por provas sorológicas e cada tipo dá origem a numerosos subtipos e cepas em função de fenômenos de mutação. O aparecimento de subtipos e cepas novos explica o surgimento das grandes pandemias.

Nos últimos cento e dois anos, registraram-se 4 grandes pandemias, nos anos de 1889, 1918, 1957 e 1968.

O homem é o principal reservatório das infecções humanas, embora outros reservatórios mamíferos, como porcos, cavalos e algumas aves possam atuar como fontes de novos subtipos, por intermédio da recombinação com cepas humanas.

A transmissão ocorre pela inalação de gotículas de catarro infectadas, que permanecem em suspensão no ar.

O período de incubação varia entre 24 e 72 horas e a transmissibilidade se mantém por três dias, após o surgimento dos sintomas.

A suscetibilidade é universal. A infecção confere imunidade específica para o tipo infectante. A imunização produz respostas sorológicas para os subtipos presentes na vacina e aumenta o teor de anticorpos para as raças afins que tenham infectado anteriormente o indivíduo.


3. Medidas Preventivas

A imunização é eficaz, quando se emprega uma concentração adequada de componentes antigênicos semelhantes à cepa responsável pelo surto que está ocorrendo.

Recomenda-se a vacinação dos grupos que apresentam maior intensidade de riscos para a infecção, como os idosos e os profissionais de saúde.

A educação sanitária, sobre os princípios básicos de higiene pessoal relacionados com a disseminação de doenças por inalação, como o uso obrigatório de lenços descartáveis, é indispensável.


4. Medidas de Controle em caso de Epidemia

A notificação de surtos à autoridade sanitária local é indispensável.

A vigilância epidemiológica define a intensidade dos surtos e as tendências evolutivas facilitam o planejamento das medidas de controle do surto.

A educação sanitária deve ser reforçada. As medidas reduzindo as oportunidades de contágio em grandes concentrações humanas devem ser estabelecidas, da mesma forma que a vacinação e o isolamento reverso dos grupos sensíveis.

Em caso de desastre, considerar os riscos de disseminação da doença nos abrigos provisórios.

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