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30 março 2022

Pesquisas Realizadas Relacionadas ao Ensino em SCIE - Sistema de Gestão da Segurança contra Incêndio e Pânico nas Edificações

 

4.2.1 Pesquisas Realizadas Relacionadas ao Ensino em SCIE

 

Steffens (2009) verificou que aproximadamente metade dos profissionais de uma amostra representativa dos municípios de Caxias do Sul e São Leopoldo, no Estado do Rio Grande do Sul, acredita que tão somente o conhecimento das normas não seja suficiente para a elaboração dos projetos, bem como a grande maioria afirmou não possuir o conhecimento técnico suficiente para isto. Ainda, a pesquisa concluiu que um percentual aproximado de 11% dos pesquisados afirmaram que não se sentiam seguros em realizar adequações no projeto de segurança contra incêndio antes da prévia aprovação do Corpo de Bombeiros Militar para a execução, bem como metade dos profissionais também afirmaram que utilizavam a consulta técnica aos bombeiros como forma de tirar dúvidas sobre interpretações discrepantes e esclarecer problemas referentes aos processos. Acredita-se que a edição de manuais, guias ou regulamentos instrutivos pelos órgãos regulamentadores reduziriam a demanda por consultoria, contudo, vê-se a maior importância em abordar adequadamente o tema nos currículos acadêmicos.

 

Negrisolo (2011) realizou uma pesquisa estatística em diversas universidades no Brasil, percebendo que o tema nos currículos não possuía bibliografia consagrada, evidenciando o problema de produção literária técnico-científica neste tema para orientação dos projetistas, propondo então um currículo com os assuntos de abordagem necessária e sua fundamentação bibliográfica. Também, a amostra de sua pesquisa mostrou que 39,7% dos cursos superiores pesquisados nada ensinam ou limitam-se a palestras realizadas por integrantes dos Corpos de Bombeiros, bem como muitas vezes indicam tão somente o cumprimento das normas, variando entre 3 a 12 horas de aula destinadas à matéria em todo o curso, e que de acordo com a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (AsBEA) entrevistada no seu trabalho, os arquitetos não possuem ou a informação é insuficiente neste tema para a devida atuação profissional.

 

No Rio Grande do Sul, Rodrigues (2010) aplicou questionários aos universitários do último ano dos cursos de engenharia civil e de arquitetura e urbanismo de sete grandes faculdades do Estado, no sentido de avaliar o nível de preparação dos profissionais nesta área e o quanto esta falta de preparação influenciava no percentual de retrabalhos dos projetos de SCIE, os quais apontavam um percentual de 30% de retorno para retificação dos processos na capital Porto Alegre. Foi concluído como mostrado na Figura 16, que a maioria dos estudantes consideravam-se parcialmente preparados, tendo que complementar sua formação através de estudos por conta própria ou utilizando alternativamente a consultoria técnica do Corpo de Bombeiros, a qual deveria ser usada tão somente para os casos mais complexos. A pesquisa apontou ainda a necessidade de tratar o assunto em uma disciplina exclusiva nas graduações, para direcionar os alunos aos propósitos da SCIE e à interpretação da legislação e regulamentação técnica existentes.

  

Figura 16 – Gráficos apresentando os resultados: (a) percepção donível de preparação dos universitários ao concluírem as graduações; (b) nível de utilização da consultoria técnica do CBM como complementação técnica curricular (RODRIGUES, 2010)






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