Procedimentos adotados no extermínio de insetos
Só é realizado o extermínio quando o serviço especializado de captura
não tiver condições de recolher esses animais ou quando eles oferecerem riscos
à vida de pessoas e/ou destruição de bens.
Atualmente, o Corpo de Bombeiros só atua em ocorrências de extermínio
de insetos, quando eles estão oferecendo riscos à população e quando não há
condições de capturar as colmeias por apicultores ou órgão de sua competência.
O comandante do socorro ou chefe de guarnição deverá orientar os
rádio-operadores para que instruam o solicitante quanto aos cuidados e
procedimentos que deverão ser tomados no decorrer do período diurno, pois a
atuação do bombeiro quanto ao extermínio só poderá ser realizada no período
noturno, uma vez que nesse período os insetos cessam as suas atividades,
mantendo-se reunidos em enxame; são menos agressivos, têm menor visibilidade, proporcionando
assim maior agilidade, eficácia e segurança durante o desenvolvimento da
operação.
Dentre as orientações passadas pelo rádio-operador, deverão constar as
seguintes:
- local onde se encontra um enxame, o qual deverá estar isolado, devendo
ser evitado o trânsito e permanência de pessoas, principalmente crianças e
animais que normalmente são os que mais sofrem pela ação desses insetos;
- orientar o solicitante a manter fechadas as portas e janelas, para evitar
a entrada dos insetos no interior de suas casas ou apartamentos;
- os agentes exterminadores utilizados pelo Corpo de Bombeiros são os
mais comuns, porém os cuidados sempre terão de ser redobrados em razão dos
vapores emanados, pois a sua localidade e o seu estado de confinamento poderá
colocar em risco vidas, bens, residências, etc.
São os mais comuns:
a) inseticidas: normalmente, esses produtos são fornecidos pelo solicitante,
devendo-se observar a necessidade do uso pelo bombeiro com materiais e
equipamentos de proteção individual adequados, durante a preparação do produto,
quanto à sua aplicação, evitando que os socorristas inalem vapores e entrem em
contato direto com o inseticida. A aplicação de inseticidas deve ser feita em
locais fechados, a fim de garantir maior eficiência do veneno.
b) gasolina: faça
uso de gasolina com uma bomba manual, com o intuito de pulverizar diretamente o
enxame. Em virtude da rapidez com que os insetos abandonam a colmeia, deve-se
usá-la em local de fácil acesso e locomoção, evitando o ataque dos insetos em
fuga.
c) fogo: deve-se
atentar para o uso da chama no extermínio de insetos, razão pela qual deverão
ser envolvidos diversos meios de proteção e segurança. Nesse caso, até o corte
de fornecimento de energia elétrica pode ser necessário. Aplique o fogo
diretamente sobre ou envolvendo a colmeia, causando a morte parcial ou total
dos insetos, eliminando até os em fuga, observando que seu uso deve ser
restrito a locais abertos, pois tem de apresentar fácil locomoção e total
segurança contra incêndio. O responsável pela operação deve adotar medidas de
segurança, afastando ou retirando os materiais sujeito à queima e à colocação
de extintores nas proximidades do evento.
d) CO2: deverá ser
aplicado diretamente no enxame, garantindo a morte total dos insetos pelo
congelamento, mantendo a colmeia completamente intacta.
e) fumaça: não
mata os insetos, simplesmente os deixa atordoados e confinados no interior da
colmeia, que é então retirada em sua totalidade e transportada para um outro
local, com segurança, e o mais importante, mantém a espécie ainda com vida.
Os locais onde o comandante de socorro ou chefe de guarnição pode
encontrar focos são os mais variados possíveis (árvores próximas às
residências, buracos no solo, dentro de troncos ocos, cantos de paredes, no
interior de postes, dentro de fornos, em coberturas, em cima de lajes, etc).
Isole o local e, em função da localização e disponibilidade de recursos,
adote o agente exterminador indicado.
Os bombeiros envolvidos na operação devem fazer uso de roupas adequadas e serem conhecedores da técnica empregada. Em alguns
casos, chega até ser necessário o emprego de escadas, equipamentos de rapel
e/ou outros materiais e equipamentos, dependendo, exclusivamente, das
dificuldades encontradas na operação.
É bastante comum a solicitação do Corpo de Bombeiros, por parte da
comunidade, para atendimento a ocorrências de extermínio de insetos que se
encontram em determinadas áreas, às vezes, até voando em nuvem e atacando as
pessoas que estejam transitando pelo local. Nesses casos, seu extermínio
torna-se bastante difícil ou até mesmo impossível. O comandante de socorro ou
chefe de guarnição deve isolar a área e evitar o fluxo de pessoas pelo local ou
nas suas proximidades.
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