Existem
diversas causas que explicam essa omissão:
• FALTA
DE PERCEPÇÃO DAS SITUAÇÕES DE ABUSO: muitos educadores não estão orientados
para a identificação dos sinais de abuso. Alguns chegam a suspeitar, mas não
sabem como abordar a criança, como fazer a denúncia ou mesmo a quem recorrer;
• FALTA
DE CONFIANÇA NA PALAVRA DA SUPOSTA VÍTIMA: por serem crianças e adolescentes,
as falas são por vezes consideradas fantasiosas e inverídicas, carecendo de
subsídios que ofereçam segurança às ações protetivas dos educadores;
• RESISTÊNCIA
PSICOLÓGICA E EMOCIONAL: alguns educadores vivenciaram situações idênticas e,
inconscientemente, resistem relembrar;
• MEDO
DE SE ENVOLVER EM COMPLICAÇÕES: muitos educadores e autoridades escolares têm
medo de complicações com as famílias da criança ou com o agressor. A escola
pode pedir proteção policial em casos de ameaça;
• FALTA
DE CREDIBILIDADE NA POLÍCIA E NA JUSTIÇA: algumas pessoas não acreditam na
eficiência do registro da ocorrência como forma de proteger a criança e na ação
da Justiça em punir o agressor. Não notificar um crime cria um círculo vicioso
que retroalimenta a própria tese da não notificação, gerando impunidade. É
preciso quebrar este círculo.
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