Técnicas de transposição no plano horizontal
Depois de feita a amarração nos prédios, segue-se a
segunda etapa que é transpor os cabos, a fim de atuar em locais sinistrados e resgatar
as pessoas que estão em pânico. Há algumas técnicas de transposição, as quais
serão tratadas neste capítulo.
Comando craw: transposição
realizada sobre um cabo de sustentação, com a finalidade de atingir um ponto qualquer
na extremidade oposta horizontalmente.
Essa técnica de transposição consiste em deitar-se sobre o
cabo, com o tronco um pouco elevado e tendo um dos pés sobre o cabo, servindo
de apoio (auxílio) e a outra perna ficando dependurada, para manter o
equilíbrio do corpo durante o deslocamento (pêndulo).
Segura-se o cabo com as mãos, mantendo as palmas voltadas
para cima, olhando para o objetivo (a pegada é realizada com as falanges dos
dedos).
Hoje essa técnica é vista, simplesmente, como treinamento básico ao profissional bombeiro, para sua adaptação à
altura, permitido que ele adquira
autoconfiança e equilíbrio.
Observação: a tração ou impulso poderá ser auxiliado, ou
não, com a perna que se apóia sobre o cabo. Aplicando-se corretamente a técnica,
o desenvolvimento será maior (figuras 93,94, 95, 96, 97 e 98).
Falsa baiana: técnica
realizada para o aprimoramento e adaptação à altura; ela não tem finalidade
dentro de uma atividade de salvamento, pois seu desenvolvimento é lento e
requer daqueles que a executam, certa habilidade e equilíbrio (figuras 99 e
100).
Tirolesa horizontal: também conhecida como transposição com mosquetão. A passagem é
realizada sob um cabo, sendo que o executante faz uso de uma cadeira e um
mosquetão para fazer a sustentação do seu corpo (peso), eliminando, com isto, o
atrito do seu corpo com o cabo, o que facilita o seu deslocamento, ajudando-o a
impor maior velocidade e atingir, com rapidez, o seu objetivo.
É uma técnica apropriada para a transposição em cabos que sofreram
tração suficiente apenas para o deslocamento do socorrista (figura 101).
Preguiça ou macaco: técnica realizada sob um cabo de sustentação, no qual o
executante apóia-se com as mãos e os pés sobre o cabo; uma das mãos é mantida
no cabo, na altura do tórax, a outra é estendida à frente no prolongamento da
cabeça, a panturrilha de uma das pernas fica apoiada sobre o cabo enquanto a
outra, ligeiramente flexionada, parte desse ponto e dá início à transposição. Também empregada no treinamento e adaptação à altura do profissional
(figura 102).
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