01 abril 2022

O Ciclo Operacional de Bombeiros como um Sistema de Gestão - Desenho esquemático do ciclo PDCA - Sistema de Gestão da Segurança contra Incêndio e Pânico nas Edificações

 

3.2.1 O Ciclo Operacional de Bombeiros como um Sistema de Gestão

 

Doutrinariamente no Brasil, apesar de pouco estar escrito formalmente em literatura regular e científica, é ensinado aos integrantes dos Corpos de Bombeiros Militares, e difundido amplamente o denominado "Ciclo Operacional de Bombeiro", o qual estabelece uma metodologia sequencial das atividades inerentes ao desenvolvimento e implantação da segurança contra incêndio.

 

Segundo Vidal (2007), o Ciclo Operacional de Bombeiros foi introduzido no Brasil na década de 70 advindo de profissionais da Agência Japonesa de Cooperação Internacional (JICA), que estiveram no país àquela época para transmitirem sua doutrina para os bombeiros brasileiros.

 

É tido como a aplicação análoga do denominado Método de Melhoria Contínua, ou mais conhecido por ciclo PDCA, mostrado na Figura 6, e conceituado por Campos (1996 apud NASCIMENTO, 2011) como um método de gerenciamento de processos ou sistemas para se atingirem metas, ou ainda como Moura (1997 apud ANDRADE, 2003), é uma ferramenta orientadora das tarefas baseada nos conceitos da administração, apresentada de forma clara e simples de ser compreendida por qualquer organização.

 

O método PDCA foi desenvolvido pelo estatístico Shewhart nos anos 30, sendo aprimorado e difundido por Deming na década de 1950 quando o aplicou de forma sistemática nos conceitos de Qualidade Total em seus trabalhos realizados no Japão.

  

Figura 6 – Desenho esquemático do ciclo PDCA (ANDRADE, 2003)

 


 

Afirma Nascimento (2011) que o modelo é dinâmico e cíclico, onde a última etapa é finalizada para o aprimoramento da primeira, sendo assim o processo constantemente reanalisado e melhorado. Este método pode ser utilizado para cumprimento de metas da alta administração a nível estratégico, como no gerenciamento da rotina para a resolução de problemas setoriais de desempenho e consolidação de um processo padronizado de qualidade.

 

 

É constituído por 4 fases que no idioma original formam a conhecida sigla, quais sejam:

 

a) PLAN (Planejar) - é a fase de planejamento, considerada a mais importante, onde se inicia o ciclo, esta fase deve ser bem elaborada e minuciosa, pois proverá todas as informações necessárias às demais e é subdividida em cinco etapas sendo elas:

- a identificação do problema;

- estabelecimento das metas;

- análise do fenômeno;

- análise do processo;

- plano de ação;

 

b) DO (Executar) - é a fase prática de execução de todo o planejamento formalizado no plano de ação, também subdividida em treinamento e execução da ação, enquanto o planejamento enfatiza a eficácia através de metas exequíveis, a execução busca a eficiência do processo;

 

c) CHECK (Verificar) - fase de verificação da eficácia das ações de acordo como planejamento realizado e os indicadores determinados, constatados mediante o monitoramento e registro contínuo da execução;

d) ACT (Agir) - é a adoção de medidas corretivas aos desvios detectados na etapa anterior, objetivando a melhoria contínua e contempla o processo de padronização das ações eficazes e eficientes para a correta repetitibilidade e consolidação do nível de qualidade alcançado.

  

Para estes procedimentos de padronização das ações corrigidas e eficientes, Melo (2001 apud ANDRADE, 2003) propôs uma adaptação do ciclo definindo-o como SDCA, onde o "S" significa Standard, alusivo à normatização e padronização de procedimentos e resultados com qualidade.

 

 


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