01 abril 2022

A maior complexidade e a verticalização das edificações tornou imprescindível o ajuste dos equipamentos e técnicas de combate aos incêndios utilizados pelos bombeiros - Sistema de Gestão da Segurança contra Incêndio e Pânico nas Edificações

 

Noutro viés, a maior complexidade e a verticalização das edificações tornou imprescindível o ajuste dos equipamentos e técnicas de combate aos incêndios utilizados pelos bombeiros. Esta evolução é necessária e inevitável, com o proporcional aprimoramento da segurança, no entanto, o desenvolvimento tecnológico das construções não pode ser limitado para ficar compatível com a estrutura estatal de socorro, e sim devem ser concomitantes.

 

Em outras palavras, os últimos acontecimentos envolvendo a segurança contra incêndio em edificações proporcionaram uma relação direta dos agentes responsáveis pela regulamentação e fiscalização com a sociedade e com o mercado, criando um novo conjunto de valores e expectativas, bem como uma interdependência mais evidente. As exigências técnicas e as ações de fiscalização e licenciamento exercem influência na vida das pessoas e nos custos das obras. Nota-se que esta atividade passou a ser muito mais complexa, carecendo de base científica, surgindo então a necessidade de serem realizadas pesquisas regularmente para o acompanhamento do desenvolvimento tecnológico e social, pois já não há mais lugar para o empirismo na proteção da vida (ROQUE, 2006).

 

Ademais, o mais importante é a clareza dos objetivos e das funcionalidades técnicas das medidas de SCIE implantadas. O mercado e a sociedade se ajustarão se compreenderem a real importância dos seus investimentos, se entenderem claramente os objetivos da segurança contra incêndio na aplicação de cada medida. Não é compreensível que no mesmo país, uma edificação com a mesma ocupação (uso) e características construtivas, tenha em diferentes Estados exigências diferenciadas de resistência ao fogo dos elementos de compartimentação, ou do volume da reserva técnica de incêndio (reservatório de água), ou melhor explicando, que uma construtora tenha de elaborar projetos diferentes para uma mesma edificação apenas por ter cruzado a fronteira entre as Unidades Federativas do Brasil, pois as regulamentações técnicas não são as mesmas. Isto onera as obras, dificulta os licenciamentos, desacredita o poder público, desestimula o investimento no país, e os custos são repassados aos consumidores finais.




Nenhum comentário:

Postar um comentário