09 junho 2022

Tipos de espuma - Espuma química - Espuma mecãnica - LGE - AFFF - Esquema de formação da espuma mecânica - Princípio da formação em relação ao líquido gerador de espuma - EXTINTORES - APOSTILA DO BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL

2.2.3 – Vantagens sobre outros agentes extintores:

a) É o único agente extintor que flutua sobre os combustíveis inflamados;

 

b) É o único agente extintor que, em ambiente aberto, permanece isolando o combustível por períodos prolongados;

 

c) Pelas características anteriores, é o único agente extintor capaz de extinguir incêndios de Classe B em grandes áreas abertas. 



2.2.4 – Tipos de espuma

Quanto ao processo de formação, as espumas podem ser tipificadas em química emecânica.

 

a) Espuma Química - É aquela formada a partir da reação química entre bicarbonato de sódio e sulfato de alumínio, obtendo-se uma proteína hidrolisada que funciona como agente estabilizador da espuma, e dióxido de carbono que permanece dentro das bolhas. Em extintores portáteis, a pressão para a expulsão da espuma (gás propelente) é gerada pela própria reação química. A partir de 1904 e durante muitos anos, utilizou-se a espuma química em larga escala, para o combate a incêndios em inflamáveis líquidos, entretanto, seu emprego hoje encontra-se em desuso, razão pela qual deixaremos de abordá-la de forma mais significativa.

 

b) Espuma Mecânica - As espumas mecânicas se baseiam em líquidos geradores de espuma (LGE), tensoativos deorigem proteínica ou sintética, contendo, no interior de suas bolhas, ar atmosférico ao invés de gás carbônico como na espuma química.

 

São aplicadas como representado esquematicamente abaixo:

 

O proporcionador de espuma é constituído de um tubo do tipo venturi que aspira o líquido gerador de espuma, misturando-o com o fluxo de água. Pelo mesmo princípio, no esguicho, o ar é arrastado misturando-se com a solução gerando a espuma mecânica.

 


 

Tipos de Espuma Mecânica

Com relação à sua composição química a espuma mecânica divide-se em: 

- proteínica;

- sintética.

 

▪ Espuma Proteínica - É obtida a partir de líquidos geradores de espuma, compostos basicamente de proteína hidrolizada (origem animal). A espuma proteínica divide-se em três tipos segundo a sua formulação: sendo proteínica regular, proteínica resistente a solventes polares (anti-álcool) e fluorproteínica. Estes tipos de espumas encontram-se em desuso.

 

 

▪ Espuma Sintética

 

Espuma de Alta Expansão - A espuma de alta expansão é aquela cujo LGE foi obtido a partir da sintetização de álcoois graxos, estabilizados para altas temperaturas. Foram desenvolvidas em 1950, na Inglaterra, para extinção de incêndios em minas de carvão. A dificuldade de levar os agentes extintores às profundas galerias, ensejou o desenvolvimento do método de entupir as galerias com espuma de alta expansão, bloqueando, desta maneira, o acesso do oxigênio à zona de combustão, abafando o incêndio. Hoje é utilizada em áreas confinadas de difícil acesso, onde a formação de gases venenosos impede o acesso do bombeiro, como incêndios em minas de carvão, dentro de galerias, túneis, corredores longos, porões de navios, etc. Este LGE pode ser aplicado também em baixa e média expansão.

 

Espuma AFFF (Aqueous Forming Film Foam) - Esta espuma apresenta líquidos geradores baseados em tensoativos sintéticos, semelhantes àqueles utilizados no LGE da espuma de alta expansão e aos quais são adicionadas pequenas quantidades de “Fluortensid” (tensoativosfluoretados). A espuma formada por este LGE tem a propriedade de formar um filme aquoso que sobrenada o combustível, possuindo fluidez que proporciona grande velocidade de extinção. O LGE desta espuma é, entretanto, específico para hidrocarbonetos (derivados do petróleo) e a espuma formada pode ser aplicada pelo processo de injeção subsuperficial.

 



 

Espuma AFFF Resistente a Solventes Polares - A espuma sintética resistente a solventes polares (não derivados do petróleo) é formada a partir de extratos AFFF, com adição de um tensoativo especial para a formação de uma membrana polimérica que isola os vapores do líquido inflamável e dá sustentação às bolhas de espuma. Esta camada polimérica é formada pela destruição das bolhas de espuma em contato com o álcool. Sabendo-se disto, a espuma deve ser aplicada com sua vidade, senão grande parte será destruída pelo próprio álcool. Esta espuma é considerada polivalente, porque tanto pode ser usada na extinção de solventes polares a uma concentração de 6%, como em derivados de petróleo a 3%.

 


 

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