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11 junho 2022

O profissional do grau - Cenários de Atuação - Equipe de prontidão do GRAU durante os jogos na Arena Corinthians - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências - GRAU

 

O profissional do grau

 

“Nossas atividades são voltadas para o trauma, embora atendamos casos clínicos também. Nossa principal filosofia de trabalho é baseada num sistema híbrido, em conjunto com o Grupamento Águia da Polícia Militar, Bombeiros; também trabalhamos com o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais da PM), em situações como sequestros. Assim, acabamos criando uma condição muito similar a do Sistema de Segurança Pública.

 

Nosso comportamento na cena, bem como no quartel, é praticamente paramilitar.

 

O treinamento também é ostensivo na questão de segurança, seguimos as regras do Bombeiro e do Grupamento Aéreo (Águia). Isto criou uma doutrina que não é comum para o mundo civil. Um médico que atua em ambiente hospitalar – nossa essência de formação -, não tem a mesma disciplina necessária no ambiente militar. Isto é lógico e compreensível.

 

Porém, durante atendimentos que são rotina para o GRAU, o risco é muito alto. Portanto, trabalhamos num nível de segurança muito elevado, com uma disciplina muito mais próxima do militar que do civil.

 

O fato de os profissionais do GRAU participarem de um regime com ambiente 90% militar faz com que assimilem este comportamento.

 

Isto é um diferencial, sem dúvida. Apesar de sermos um grupo pequeno, estamos em expansão, o que é fruto da qualidade de nosso trabalho.

 

Procuramos fazer tudo com muita disciplina, ética e vontade de trabalhar. Se pegássemos o mesmo grupo, mas atuando sem a parceria militar, talvez não tivesse a mesma resolutividade. Antes de entrar no GRAU, este profissional já passou por um concurso, comprovando seus conhecimentos em APH e trauma.

 

Então, damos um curso de adaptação ao serviço, com aulas teóricas sobre os principais desafios enfrentados em nosso dia a dia: desastres, trauma em crianças, presos em ferragem, suicidas, sequestros, etc. Também há capacitação em imobilizações, amarração em maca cesto e transporte, por exemplo – mas isto o bombeiro domina mais, então é ele quem ensina. A parte mais importante é o estágio, no qual todos estes conhecimentos serão aplicados sob a supervisão de um membro mais antigo do GRAU. Ali, também verificamos se a pessoa conseguirá se adaptar ao ambiente e rotina de trabalho. É muito diferente, pois profissionais da saúde são criados no ambiente controlado. Existem excelentes profissionais oriundos do hospital que não conseguem atuar no pré-hospitalar com a mesma excelência.

 

Isto não é nenhum demérito, é simplesmente uma característica que nos diferencia.”(Dr. Jorge RIbera em entrevista à Revista Emergência fev 2016, vide anexos)

 

 

Cenários de Atuação

 

Não existe rotina no cotidiano dos profissionais do GRAU. As ocorrências atendidas são as mais variados possíveis, além dos casos mais recorrentes como paradas cardio-respiratórias e acidentes automotivos, as equipes precisam estar preparadas para atuar em todo tipo de cenário, como grandes eventos, catástrofes naturais, desabamentos e deslizamentos de terra, atentados terroristas e acidentes químicos ou biológicos.

 

Como foi falado anteriormente, o GRAU opera em grandes eventos, para oferecer suporte e fazer atendimento especial em caso de acidentes. Um exemplo a citar é a Copa do mundo, durante os jogos na Arena Corinthians. O GRAU se preparou para atender as mais variadas possibilidades de situações. Havia, dentro do estádio, uma equipe tática, em conjunto com os bombeiros e equipe de BREC (Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas). Nos dias de jogos, montaram uma área para concentração de vítimas no pátio de manobras da estação Itaquera do metrô, para o caso de um desastre com mais de centenas de vítimas.

 

A evacuação pelas vias seria extremamente difícil, o acesso das ambulâncias é limitado, e seriam necessárias centenas de ambulâncias no mesmo local. Pensado para um acidente como a queda de uma arquibancada, onde milhares de pessoas ficassem feridas, foi montado um plano de contingência com a colaboração do Metrô, que disponibilizou trens para o transporte de vítimas. O trem pararia em estações pré definidas, que seriam fechadas para receber as vítimas, estas seriam transportadas por ambulâncias que estariam a espera do trem, já longe do tumulto do local da ocorrência.

 

Fig. 7 - Equipe de prontidão do GRAU durante os jogos na Arena Corinthians.




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