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10 junho 2022

Considerações finais - RESGATE - USA - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências - GRAU

 

Considerações finais

 

Desde o surgimento do Sistema Resgate em meados de 1989, o Grupo de Resgate e Atenção às Urgências possui um importante papel no Atendimento Pré-Hospitalar à vítimas politraumatizadas e no suporte à eventos com múltiplas vítimas e cenários de desastres, juntamente ao Corpo de Bombeiros e o Grupamento de Radiopatrulha Aéreo.

 

Os médicos e enfermeiros que fazem parte do GRAU passam por treinamentos extensivos, nos mais diversos cenários, tais como resgate em altura, resgate em estruturas colapsadas, resgate em mata fechada, situações de sequestro, deslizamentos, soterramentos e incêncios. A tropa de elite do resgate médico da Secretaria de Estado da Saúde esteve presente em incidentes como a queda do avião dos Mamonas Assassinas, na explosão do Osasco Plaza Shopping em 1996, desastres naturais como os deslizamentos na região serrana do Rio de Janeiro em 2011.

 

Na cidade de São Paulo, o GRAU atua a partir de cinco bases estrategicamente posicionadas para acessar todas as regiões. Porém cada equipe composta apenas por médico, enfermeiro e bombeiro tem uma área de cobertura muito vasta para atender, e não bastante a grande distância, cada região tem particularidades geográficas, em alguns casos até mesmo áreas rurais.

 

Tendo em vista a soma dos fatores anteriores, é nítido que a viatura utilizada nos deslocamentos necessita ser versátil, robusta e segura. Atualmente, o GRAU utiliza a USA - Unidade de Suporte Avançado, diferentemente de uma ambulância convencional, a USA é um veículo de intervenção, o que quer dizer que não transporta vítimas. Isto se deve ao fato que mais importante que o transporte da mesma, é o tempo de chegada até da equipe até o local da ocorrência. A rápida estabilização da vítima aumenta drásticamente as chances de sobrevivência, uma vez estabilizada, uma viatura de transporte leva a vítima até a unidade de tratamento mais adequada.

 

A pesquisa iniciou-se indagando se a USA supria as necessidades dos profissionais que tripulam a mesma, e se existem deficiências a serem trabalhadas. Através de pesquisas etnográficas, entrevistas e filmagens de ocorrências constatou-se que em diversos aspectos a Unidade de Suporte Avançado apresentava falhas, de caráter ergonômico, construtivo e operacional.

 

Estes pontos a serem melhorados foram segmentados e trabalhados individualmente, para que cada ítem pudesse ser devidamente otimizado e performar de maneira eficiente, utilizando os conhecimentos adquiridos no decorrer do curso de Design de Produtos. Uma das áreas utilizadas na concepção do projeto foi o Design Universal, ou Design Centrado no Usuário como também é conhecido. Esta vertente do design coloca as necessidades e anseios do usuário como centro do projeto, e tudo é criado a partir daí.

 

Falando um pouco mais a fundo dos princípios do Design Universal, este começa com uma boa compreensão das pessoas e das necessidades que esse design precisa suprir. Esta compreensão vem primeiramente através da observação, porque as próprias pessoas muitas vezes não estão cientes das próprias necessidades verdadeiras, ou não percebem as dificuldades que passam diariamente. E este foi um dos grandes desafios do presente projeto, se colocar no lugar dos profissionais que utilizam a viatura diariamente, e sentir quais as dificuldades que passam diariamente.

 

O projeto teve como principal objetivo, apontar os problemas presentes não somente na Unidade de Suporte Avançado, como em diversos veículos de emergência, trazendo à tona as negligências e descasos

que estes veículos tem em seu processo de transformação para tornar-se uma viatura de resgate , e demonstrar como o design pode ser contribuir na melhoria das condições de trabalho e na qualidade dos deslocamentos e atendimentos do Grupo de Resgate e Atenção às Urgências. As soluções apresentadas não são definitivas, porém demonstram as possibilidades de campos que podem ser aprimorados futuramente e tecnologias novas que possam ser aplicadas a outros veículos de emergência.




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