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11 junho 2022

Projeto redesign USA - Otimização da viatura de Suporte Avançado - Metodologia - Condutor - Problemáica - Sinalizadores Sonoros e Luminosos - Organização - Performance - Identificação - Grupo de Resgate e Atenção às Urgências - GRAU

 

Projeto redesign USA - Otimização da viatura de Suporte Avançado

 


 

Metodologia

 

Para desenvolver o projeto, foi necessário uma imersão profunda e pesquisas etnográficas que baseiam-se na observação e levantamento de hipóteses, onde o pesquisador busca analisar o que está acontecendo através da própria ótica. Uma das características da Etnografia é a presença física do pesquisador e a observação in loco para se colocar no lugar dos profissionais do GRAU e Bombeiros, Fui à dois Postos de Bombeiros, o posto Casa Verde e o Guarapiranga. Lá tive a oportunidade de conversar com a equipe de prontidão do GRAU e com bombeiros, assim como pude analisar do ponto de vista de um designer, como é a atual configuração da USA e perceber onde existem deficiências, que nem mesmo os próprios percebem, onde há espaços para melhorias e principalmente como tornar a jornada do usuário mais eficiente, segura e ágil.

 

Através dos princípios do Design Universal (Human Centered Design ou HCD), que é a filosofia de design que prega que os produtos, serviços e sistemas sejam utilizados pelo maior número de pessoas sem a necessidade de adaptações, buscou-se minimizar os problemas encontrados na Unidade de Suporte Avançado.

 

Falando um pouco mais a fundo dos princípios do Design Universal, este começa com uma boa compreensão das pessoas e das necessidades que esse design precisa suprir. Esta compreensão vem primeiramente através da observação, porque as próprias pessoas muitas vezes não estão cientes das próprias necessidades verdadeiras, ou não percebem as dificuldades que passam diariamente. Chegar a um aspecto específico a ser definido é uma das partes mais difíceis do design, tão difícil que o princípio do HCD é evitar especificar o problema o máximo possível, e ao invés disso fazer iterações sobre aproximações repetidas. Os resultados podem ser produtos que realmente atendam as necessidades das pessoas.

 

Donald Norman, uma das maiores referências no assunto, afirma em seu livro Design for the Everyday Things (2013) que: “...existe uma frustração com os objetos do cotidiano. Do aumento da complexidade de painéis dos carros à automatização dos lares com seus sistemas internos, músicas, e sistemas de entretenimento, além da crescente automação da vida num geral, pode levar a uma luta sem fim contra a confusão, erros contínuos, frustrações e um ciclo de atualizações e manutenção em nossos bens.”

 

A solução é o design centrado no aspecto humano (HCD Human Centered Design), uma abordagem que coloca as necessidades, capacidades e comportamentos humanos em primeiro lugar, e então se projeta para acomodar estes fatores.

 

 

Para isso o projeto foi subdividido em 5 frentes, segmentando a USA e analisando quais são as melhores soluções cabíveis:

 

1-Condutor: Idealizar melhorias para que o condutor não fique sobrecarregado com funçoes extras, e que as demais funçoes sejam executadas sem que haja um déficit na atenção com o deslocamento. Isso envolve todos os controladores internos da viatura;

 

2- Sinalizadores Sonoros e Luminosos: A atual configuração de sinalizadores (sirenes) está longe de ter a eficiência desejada. Além de causar problemas auditivos aos tripulantes, a populaçao tende a não respeitar da maneira que deveria estes sinais e em certos casos, não surtem efeitos, causando acidentes provocados por motoristas que não viram a chegada do veículo de emergência;

 

3- Organização: Idealizar um sistema de armazenagem dos equipamentos, medicamentos e bolsas com demais ítens, além de EPI´s, que permita fácil e rápido acesso a quaisquer dos ítens, e acomodem de maneira segura, preservando a integridade dos tripulantes do veículo;

 

4-Performance: Melhorias estruturais e mecânicas, aumentando assim a confiabilidade e desempenho da USA, tornando-a mais eficiente e se mantendo operacional por um período maior;

 

5-Identificação: Um veículo como a Unidade de Suporte Avançado necessita de uma padronagem que seja de fácil identificação, e aumente a visibilidade e também imponha respeito e sinalize que é um veículo utilizado em graves ocorrências.

 

Fig. 16 - Posto de Bombeiros Guarapiranga

 






 

Controlador

Tendo em vista o acúmulo das funções e o comportamento do condutor durante os deslocamentos, foi desenvolvido o controlador de sirene pensado em facilitar o acesso às funções essenciais e centralizando os demais recursos em um único dispositivo.

 

O controlador possui teclas em alto relevo, agrupada por funções e com texturas distintas para fácil identificação tátil. Foram divididas em três grupos: luz, som e 3 programas pré definidos. O display é sensível ao toque e apresenta todas as informações necessárias durante uma ocorrência: GPS, dados sobre a ocorrência e controles auxiliares da sirene com funções secundárias. A fixação do controlador é feita na parte superior do painel, dispensando a necessidade de encontrar um espaço no console central, o que obrigava a instalação dos controladores convencionais em locais de difícil acesso e visualização. Com a nova fixação, o controlador fica em uma posição de fácil acesso tanto para o condutor, quanto para o passageiro.

 

Além do ponto novo, o controlador fica preso à um braço articulado com regulagem de comprimento, o que garante que a posição fique perfeita para o uso e não atrapalha quaisquer outros instrumentos presentes na viatura.

 

Além do controlador central, há um controlador secundário, fixado na parte traseira do volante da viatura. Este possui 4 teclas no estilo “borboleta” que podem ser pré programadas com funções que sejam mais importantes para o condutor, evitando que o mesmo tire as mãos do volante para usar um recurso específico da sirene.

 

Ideações

 

Fig. 17 - Esboços de idéias do controlador de sirene

 

 

Interface - interface de mapa e localização

 

As interfaces do controlador são intuitivas e simplificadas, para que seja fácil de ser compreendida sem que seja necessário instrução prévia para operar. Os botões apresentam recursos táteis que facilitam a identificação das funções.

 

Fig. 19 - Controlador em perspectivamostrando mapasinterface decontrole da sirene

Fig. 18 - Controlador vista frontal

Fig. 20 - Controlador em perspectiva mostrando funções da sirene

 

 

Ajustável

 

Para o ajuste da posição do controlador, a haste de suporte conta com regulagem de comprimento, e extremidades com articulações para movimentação 360°.

 

As teclas do controlador de sirene também são inclináveis para facilitar o acesso.

 


Fig. 21- Controlador em vista posterior

 

 

Ergonomia 


As teclas borboletas programáveis disponibilizam quatro funções de acesso rápido no volante. O condutor programa cada uma através do controlador principal, de acordo com suas preferências de uso.

 

Fig. 22- Borboletas de acesso rápido

Fig. 23- Volante com as borboletas instaladas

 

 

Escolha do padrão de prioridade:

I- Apenas luzes acesas

II-Luzes em padrão lento e uivo lento

III- Strobo, lasers e som uivo rápido

 

Controles de Luz, na coluna da esquerda ficam os grupos luminosos, como LED, Laser e barra de LED. Na coluna da direita se encontram os controles de intensidade, contínuo, direita-esquerda e estrobo.

 

Controles de som, como uivo rápido, buzina, rádio e a sirene Howler.

 


Fig. 24- Controlador com as opções de programação das borboletas do volante




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