09 junho 2022

HIDROCARBONETOS HALOGENADOS - Nomenclatura - EXTINTORES - APOSTILA DO BOMBEIRO PROFISSIONAL CIVIL

 

2.4 - HIDROCARBONETOS HALOGENADOS - Os hidrocarbonetos halogenados são compostos resultantes de reações químicas de substituição entre hidrocarbonetos altamente inflamáveis, preferencialmente o metano (CH4) ou o etano (C2H6), e os elementos químicos da família dos Halogênios, como geralmente: o cloro (Cl), o bromo (Br), o flúor (F) e o iodo (I). Apresenta como resultado uma nova família química denominada de Hidrocarbonetos Halogenados, mais conhecida como halon, abreviatura da denominação inglesa de “Halogenated Hydrocarbon”, a qual possui excelentes qualidades extintoras de incêndios. Porém nem todo halon é agente extintor, existindo a necessidade de investigação da capacidade extintora do halon criado. Pelo que foi exposto acima, percebe-se que, para chegar a um halon ideal como agente extintor, é necessário saber equilibrar e distinguir as propriedades de cada elemento da família dos halogênios. É importante salientar que os compostos que apresentam iodo não são utilizados em virtude de suas características tóxicas e de instabilidade. Os halons, devido às características de suas ligações moleculares covalentes, não possuem tendência a se ionizar ou a tornar-se eletricamente condutivos, portanto, são recomendados para uso em incêndios elétricos, visto sua baixa condutividade elétrica.

 

 

2.4.1 – Nomenclatura - É representada por um número composto normalmente por quatro dígitos. Cada dígito representa um elemento da fórmula química do halon. Os halons com três dígitos, são os que não possuem em sua composição química o elemento bromo e os com cinco dígitos são os que possuem em sua composição química o elemento iodo. Segue abaixo duas tabelas, onde a primeira mostra a representação do número de halons, e a segunda exemplos de nomes químicos com suas respectivas fórmulas e números.

 


 

2.4.2- Mecanismo de Extinção do Fogo - O mecanismo pelo qual o halon extingui o fogo não é completamente conhecido, contudo, acredita-se que se trata de uma inibição físico-química da reação de combustão, ou seja, atribuí-se as qualidades de um agente “quebra cadeia”, pois atua interrompendo a reação em cadeia do processo de combustão (extinção química).

 

2.4.3- Risco às Pessoas - No ambiente em que for usado na forma de uma descarga para extinção de incêndio, o halon, como regra geral, pode criar um risco às pessoas presentes, devido ao próprio gás e aos produtos de sua decomposição, resultantes de seu contato com o fogo e superfícies aquecidas. A exposição ao gás é, geralmente, de menor consequência que a exposição aos produtos de sua decomposição, devendo ambos serem evitados.Como regra geral, as pessoas não devem permanecer nos locais em que houver descarga de halon em concentrações acima de 7%, e nos locais em que a concentração for abaixo de 7% não devem permanecer por mais de quatro a cinco minutos. Dentro dos primeiros trintas segundos de exposição, mesmo que as concentrações inaladas sejam de 10 a 15%, os efeitos notados são pequenos, embora, a estes níveis e neste tempo, o corpo humano já pode absorver suficiente quantidade de gás para iniciar o ataque e produzir vertigens, diminuição na coordenação motora e redução da acuidade mental. Em altas concentrações o ataque é imediato e os sintomas podem ocorrer dentro de alguns segundos. O indivíduo pode ser rapidamente incapacitado por estes altos níveis de concentração, os quais não devem superar a 15% nos locais onde houver qualquer possibilidade de exposição. Os efeitos conseqüentes de uma exposição ao halon podem persistir por algum tempo, mas a recuperação deverá ser rápida e completa. Este agente não se acumula no corpo humano mesmo com repetidas exposições. As vítimas dos vapores do gás devem ser imediatamente removidas para locais de ar fresco.




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