4.2 – REDE DE CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS DO TIPO “SPRINKLER”
4.2.1 – Definição
É um sistema fixo e integrado, constituído de tubulações
fixas, subterrâneas e/ou aéreas, onde são dispostos regularmente sobre as áreas
a serem protegidas, bicos de sprinkler ligados a um ou mais abastecimentos de
água, possibilitando, na ocorrência de um princípio de incêndio, a aplicação de
água direta e automaticamente sobre o local do sinistro, através do rompimento
do elemento termossensível do bico, permitindo a passagem da água, com
acionamento simultâneo de um dispositivo de alarme.
4.2.2 – Elementos de uma rede de “sprinkler”
4.2.2.1 - “sprinkler”
Também chamados de BICOS ou CHUVEIROS AUTOMÁTICOS, são dispositivos
dotados de elemento termossensível, que colocados sobre a área a ser protegida,
permitem a passagem da água para controle ou extinção dos incêndios,
espargindo-a, quando a temperatura alcança o valor nominal prédeterminado para
funcionamento. Normalmente é fabricado em corpo metálico com terminação
rosqueada (rosca macho), para sua ligação ao sistema de canalização,
apresentando elemento difusor sob o ponto de expulsão da água, de modo a
permitir maior área de ação ou cobertura.
a) Classificação dos sprinklers quanto a sua finalidade
→ Abertos - São
aqueles que não possuem elemento termossensível.
→ Fechados - São
aqueles dotados de um elemento termossensível (ampola de vidro ou solda
eutética), que os mantém hermeticamente fechados, entrando em funcionamento
pela própria ação do calor de um incêndio.
b) Classificação dos sprinklers quanto ao
posicionamento
→ Comum ou Convencional - Modelo
antigo (em de suso), onde o tipo de defletor possibilita que, aproximadamente,
50% da água seja projetada para cima e os outros 50% para baixo. A aspersão da
água proporcionada por este modelo tem a forma aproximadamente esférica.
Apresenta a característica de poder ser montado na posição pendente ou para
cima.
→ Pendente (pendent) - É
aquele em que o defletor possui um formato achatado ou com leve inclinação para
baixo, de tal forma que a água é totalmente projetada para baixo, mantendo um
formato hemisférico abaixo do plano do defletor, possibilitando que a água seja
direcionada sobre o foco do incêndio.
→ Para cima (upright) - É
aquele em que o defletor possui alhetas voltadas para baixo, de tal forma que a
água é totalmente projetada para baixo, mantendo um formato hemisférico abaixo
do plano do defletor, possibilitando que a água seja direcionada sobre o foco
do incêndio.
→ Parede ou Lateral (sidewall) - É
aquele em que o defletor possui uma inclinação acentuada ou anteparo no
defletor, objetivando que a maior parte da água seja projetada para frente e
para os lados, em forma de ¼ de esfera, e uma pequena quantidade para trás
contra a parede. São instalados ao longo das paredes de uma sala e junto ao
teto, estando seu emprego limitado à proteção de ambientes relativamente
estreitos, cuja largura não exceda ao alcance máximo que este tipo de chuveiro
proporciona.
→ Laterais de longo alcance - Possuem
a mesma característica do descrito na letra “d”, entretanto, as dimensões do defletor
proporciona uma cobertura mais ampla que aqueles.
→ Especiais - É
aquele projetado especialmente para serem instalados embutidos ou rentes ao
forro falso, onde, por motivo de estética, os demais tipos de chuveiros não são
recomendados. Este tipo de chuveiro não pode ser utilizado no risco
extraordinário, assim como, só pode ser instalado na posição pendente.
→ Projetores de média
velocidade - São abertos ou fechados, fabricados com defletores para
diferentes ângulos de descarga, que fazem com que a água nebulizada seja
lançada em forma de cone. São empregados nos sistemas de água nebulizada de
média velocidade, visando controlar ou extinguir incêndios em líquidos
inflamáveis de baixo ponto de fulgor, auxiliar no resfriamento de equipamentos
de estruturas, na diluição de gases, etc.
→ Projetores de alta velocidade - São
abertos e seus orifícios de descarga para diferentes ângulos são providos de
uma peça interna, cuja função é provocar a turbulência da água, nebulizando-a
em forma de cone. São empregados nos sistemas de água nebulizada de alta
velocidade, extinguindo incêndios em líquidos combustíveis de alto ponto de
fulgor, por emulsificação, resfriamento ou abafamento.
Observação: Projetores de média e alta
velocidade podem integrar uma rede de chuveiros automáticos, desde que obedeçam
aos critérios estabelecidos por norma específica ou as recomendações do
fabricante.
c) Diâmetro nominal dos sprinklers e fator “K”
Observação: Sprinkleres com diâmetro nominal superior a 20mm atuam no modo supressão (alta vazão), sendo normalmente utilizados em áreas de estocagem. O fator K de um sprinkler correlaciona a vazão com sua pressão de funcionamento.
d) Classificação das temperaturas e codificação das
cores dos sprinklers
Geralmente a escolha da temperatura de acionamento do
chuveiro automático é de mais ou menos 20ºC a 30ºC acima da temperatura máxima
ambiente. Para cada temperatura de disparo foi estipulada uma cor para o
líquido contido nos bulbos ou para a solda eutética.
→ Classificação para o elemento termossensível tipo solda eutética
e) Estoque de sprinklers sobressalentes
Para qualquer instalação de sprinkler deverá haver, em lugar
acessível e protegido (normalmente armários destinados a este fim), uma
quantidade de bicos sobressalentes, cujo objetivo é atender a uma reposição
imediata. Tal estoque deverá ser composto dos diferentes tipos e temperaturas
dos bicos utilizados na instalação considerada. Segundo a National Fire Protection
Association (NFPA) o quantitative é o seguinte:
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