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31 maio 2021

IDENTIFICAÇÃO DE SERPENTES PEÇONHENTAS - Bothropsatrox - Crotalusdurissus - Cascavel - Surucucu-Bico-de-Jaca - Caiçaca ou jararaca - Escamas carenadas de Bothrops - Pupila do olho elíptica ou vertical de Bothrops bilineatus - Coral-verdadeira (Micrurus hemprichii) - Padrão coralino de Micrurus spixii - Campus Floresta Universidade Federal do Acre – UFAC

IDENTIFICAÇÃO DE SERPENTES PEÇONHENTAS


Existe uma confusão entre os leigos e nos livros no Brasil em relação ao reconhecimento das serpentes peçonhentas, devido o fato das informações sobre a distinção destas das não peçonhentas terem sido baseadas na fauna de serpentes da Europa.


A aplicação de certas regras como pupila do olho (vertical ou redonda), escamas dorsais (carenadas ou lisas), forma da cabeça (triangular ou arredondada) e tamanho da cauda (se afila bruscamente ou se é longa), não são aplicáveis a ofiofauna brasileira devido a inúmeras exceções.


Para o reconhecimento de serpentes peçonhentas, observa-se se a mesma apresenta a fosseta loreal (Figura 1), no caso dos viperídeos.


A fosseta loreal é um pequeno orifício localizado lateralmente na cabeça entre o olho e a narina, com função de orientação térmica.


Este órgão sensorial termorreceptor, permite que os viperídeos localizem suas presas pela detecção da temperatura das mesmas.


              Bothropsatrox          -          Crotalusdurissus

Figura 1: Localização da fosseta loreal. Fotos por Paulo S. Bernarde 



Sendo um viperídeo, se a serpente possuir um guizo ou chocalho na porção terminal da cauda, trata-se de uma cascavel (Crotalusdurissus) (Figura 2).


Figura 2: Cascavel (Crotalusdurissus). Foto por Paulo S. Bernarde.

 

Se a serpente apresentar a ponta da cauda com as escamas eriçadas e o formato das escamas dorsais parcialmente salientes, parecendo a "casca de uma jaca", trata-se de uma surucucu-bico-de-jaca (Lachesismuta) (Figura 3).


Figura 3: Surucucu-Bico-de-Jaca (Lachesismuta) Foto por Paulo S. Bernarde.

 

Se a serpente apresentar a ponta da cauda normal, trata-se de uma espécie de jararaca (Figuras 4, 6, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16).


Figura 4: Caiçaca ou jararaca (Bothropsmoojeni). Foto por Paulo S. Bernarde.

 

Os viperídeos ainda apresentam escamas dorsais carenadas, (parecendo "casca de arroz"), (Figura 5) e a pupila do olho elíptica ou vertical (Figura 6).

Entretanto, espécies não peçonhentas como a jibóia (Boa constrictor), salamanta (Epicratescenchria) e a dormideira (Dipsas indica) apresentam a pupila do olho também vertical por serem de hábitos noturnos.

Alguns colubrídeos também apresentam escamas carenadas e não são peçonhentos.


Figura 5: Escamas carenadas de Bothropsatrox. Foto por Paulo S. Bernarde.


Figura 6: Pupila do olho elíptica ou vertical de Bothropsbilineatus. Notar também a fosseta loreal. Foto por Paulo S. Bernarde.

 

As cobras corais (Micrurus spp. e Leptomicrurus) (Figuras 7, 8), pertencentes a família dos elapídeos, não apresentam a fosseta loreal, a pupila do olho é redonda e as escamas dorsais são lisas (não carenadas) (Figura 7).

Quando uma serpente apresentar o padrão de colorido tipo "coralino" (Figura 8), com anéis pretos, amarelos (ou brancos) e vermelhos, a mesma deve ser tratada como uma possível coral-verdadeira.

Algumas corais amazônicas não apresentam anéis coloridos (vermelho, laranja ou amarelo) pelo corpo.


Figura 7: Coral-verdadeira (Micrurushemprichii). Note a cabeça arredondada, pupila do olho redonda e as escamas lisas. Foto por Paulo S. Bernarde.


Figura 8: Padrão coralino de Micrurusspixii. Foto por Paulo S. Bernarde.

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