ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DO OFIDISMO
Anualmente
ocorre cerca de 20.000 acidentes ofídicos no Brasil, média estimada a partir de
dados de 1990 a 1995, apresentando uma letalidade de 0,4%.
Desses,
uma média de 2.680 (1991 – 1999) são registrados por ano na Amazônia (Araújo et
al. 2003), com a maior letalidade (0,8%) entre as cinco regiões do país.
Entretanto, esses dados epidemiológicos talvez não correspondam a realidade.
Há discussão sobre a eficiência e abrangência dos quatro sistemas nacionais de informação sobre ofidismo:
- SINAN - (Sistema
de Informações de Agravos de Notificação);
- SINITOX - (Sistema
Nacional de Informações Tóxico-Farmacológica s);
- SIH-SUS - (Sistema
de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde);
- SIM - (Sistema
de Informações sobre Mortalidade).
O
número de óbitos diminuiu de cerca de 250 por ano no início da Década de 80
para cerca de 110 atualmente.
Antes
da produção e distribuição do soro anti-ofídico por Vital Brazil em 1901, era
estimada uma letalidade de 25% entre as vítimas de acidentes ofídicos no Estado
de São Paulo. Já em 1906 houve uma redução de 50% dos óbitos e 40 anos depois a
letalidade variava entre 2,6 a 4,6%.
A
maioria destes acidentes ocorre com trabalhadores rurais do sexo masculino com
idade entre 15 a 49 anos e os membros inferiores são os mais atingidos.
As
serpentes não apresentam interesse em picar uma pessoa e, quando fazem isso, é
para se defenderem. E no Brasil nenhuma espécie peçonhenta vem intencionalmente
até uma pessoa para picá-la, são as pessoas que não percebem a presença da
cobra e se aproximam dela.
Por isso, toda atenção é
recomendada quando estamos nos habitats desses animais.
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