GRUPO IV (ACIDENTE ELAPÍDICO)
São
acidentes ofídicos causados pelas corais-verdadeiras (Micrurus spp. e
Leptomicrurusspp.), também chamadas de cobras-corais.
As Leptomicrurus (3 espécies) ocorrem na Amazônia, enquantoMicrurus (24 espécies) ocorre em todo o Brasil (Melgarejo 2003). São responsáveis por menos de 1% dos acidentes ofídicos.
ATIVIDADE PRINCIPAL DO
VENENO
SINTOMAS DA VÍTIMA
Dor local, parestesia, ptose palpebral, diplopia, sialorréia(abundância de salivação), dificuldade de deglutição e mastigação, dispnéia. Casos graves podem evoluir para insuficiência respiratória.
Figura 20: Coral-verdadeira (Micruruslemniscatus). Foto por Paulo S. Bernarde.
Figura 21: Coral-verdadeira (Micruruslemniscatus). Foto por Paulo S. Bernarde.
Figura 22: Coral-verdadeira (Micrurushemprichii). Foto por Paulo S. Bernarde
Figura 23: Coral-verdadeira (Micrurussurinamensis). Foto por Paulo S. Bernarde
TRATAMENTO DAS VÍTIMAS
A soroterapia o mais rápido possível com o devido atendimento em um hospital é o tratamento recomendável, condutas paralelas também são necessárias para se evitar complicações, seqüelas e reações adversas.
Para cada gênero de
serpente, haverá um soro específico:
-
Soro Antibotrópico: Gêneros Bothrops e Bothrocophias;
-
Soro Anticrotálico: Gênero Crotalus;
-
Soro Antibotrópicolaquético: Gênero Lachesis;
-
Soro antielapídico: Gêneros Micrurus e Leptomicrurus.
Existe
também o soro Antibotropicocrotalico para ser usado em regiões onde ocorrem
serpentes dos gêneros Bothrops e Crotalus em casos de dúvidas sobre o animal
causador.
ACIDENTES COM COLUBRÍDEOS
Os
acidentes causados por serpentes da Família Colubridae geralmente são
assintomáticos, contudo, em algumas regiões no Brasil eles representam cerca de
20 a 40% dos casos atendidos nos hospitais.
Dentre os colubrídeos, algumas espécies, principalmente as opistóglifas, conseguem inocular veneno em um ser humano e manifestar alguns sintomas na vítima.
Apesar de ser raro os acidentes graves (geralmente em crianças), a importância destes acidentes está no fato da semelhança destes com acidentes botrópicos (edema, alteração do tempo de coagulação sangüínea, hemorragia e equimose), o que pode resultar no uso indevido da soroterapia. Dentre os colubrídeos, algumas espécies como as muçuranas (BoirunamaculataeCleliaplumbea)e a cobra-verde (Philodryasolfersii), parelheira (P. patagoniensis) e Thamnodynastes,podem causar acidentes quando manuseadas ou pisadas.
Estas espécies, geralmente fogem aaproximação humana, mordendo apenas em último caso.
Tratamento com vítimas
mordidas por colubrídeos
O tratamentodeve ser sintomático, pacientes que evoluírem para dor e edema intensos podem ser tratados com analgésicos e/ou antiinflamatório não hormonal. Deve-se lavar o ferimento da mordida com água e sabão, seguindo-se a utilização de anti-séptico. A profilaxia antitetânica também deve ser efetuada.
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