GLOSSÁRIO
AEROBOTE - Hidroavião ou anfíbio, cuja
própria fuselagem exerce as funções de flutuador.
AEROCLUBE - Clube de aviação civil,
incumbido de fomentar e controlar a aviação de turismo ou desporto em um certo
local.
AERONÁUTICA - Ciência ou arte de navegar
no espaço em aparelhos mais leves ou mais pesados que o ar. Náutica é a arte de
navegar.
AERONAVE - Designação genérica dos
aparelhos que fazem a navegação aérea e têm a necessidade ou, pelo menos,
possibilidade de ocupação humana. Esta definição exclui certos aeróstatos
(balões-sonda, balões juninos, etc.) e certos aeródinos (aeromodelos, pipas,
etc.) que não têm possibilidade de ocupação humana.
AERÓSTATOS - Categoria de aeronaves mais
leves que o ar, e ao qual o empuxo arquimediano fornece a força de sustentação.
Neste grupo, estão os balões e os dirigíveis.
AERÓDINOS - Categoria de aeronaves mais
pesadas que o ar, sustentadas no espaço pela reação do ar. Como exemplo de
aeródinos, temos os aviões, os helicópteros, os planadores e os autogiros.
AEROPLANO - O mesmo que avião.
AERÓDROMO - Área definida sobre a terra
ou a água, destinada à chegada, à partida e à movimentação de aeronaves.
AERÓDROMO DE ALTERNATIVA - Aeródromo
especificado no plano de vôo, para o qual uma aeronave poderá prosseguir, no
caso de se tornar desaconselhável o pouso no aeródromo de destino.
AERÓDROMO IMPRATICÁVEL - Aeródromo cuja
praticabilidade das pistas fica prejudicada devido à condição anormal (aeronave
acidentada na pista, pista alagada, piso em mau estado, etc.), determinando a
suspensão das operações de pouso e decolagem.
AERÓDROMO INTERDITADO - Aeródromo cujas
condições de segurança (chegada e saída de aeronave presidencial, operações
militares, ordens internas, etc.) determinam a suspensão das operações de pouso
e decolagem.
AERONAVE EM EMERGÊNCIA - Toda aeronave
que se encontra em situação de perigo latente ou iminente.
AERONAVE EXTRAVIADA - Toda aeronave que
se desviou consideravelmente da rota prevista ou que tenha notificado o
desconhecimento da sua posição.
AEROPORTO - Aeródromo público dotado de
instalações e facilidades para apoio de operações de aeronaves e de embarque e
desembarque de pessoas e cargas.
AEROVIA – Corredor no espaço aéreo, de
largura determinada, provida de auxílios à navegação, no qual se controla a
navegação aérea.
ÁREA DE MOVIMENTO - Parte do aeródromo
destinada ao pouso, à decolagem e ao táxi de aeronaves. Está integrada pela
área de manobras e os pátios.
ÁREA DE POUSO - Parte de uma área de
movimentos que está destinada ao pouso ou à decolagem de aeronaves.
AILERON - Superfície primária de comando
que integra o bordo de fuga das asas, cuja função é romper a estabilidade
lateral própria do avião, em torno do eixo longitudinal.
ALCANCE - Distância máxima de vôo que a
aeronave pode percorrer sem reabastecer.
ALTITUDE – Distância vertical entre um
nível, um ponto ou objeto considerado como ponto e o nível médio do mar.
ALTITUDE DE TRANSIÇÃO - Altitude na qual
ou abaixo da qual a posição vertical de uma aeronave é controlada por
referência a altitudes.
ALTURA - Distância vertical de um nível,
ponto ou objeto considerado como ponto e uma determinada referência.
AMARAGEM - Pouso na água.
AMERRISSAGEM - O mesmo que amaragem ou
aquatizagem.
AMORTECEDOR - Dispositivo usado no trem
de pouso para reduzir os choques transmitidos à fuselagem nas aterragens e
rolagens.
ANFÍBIO - Aeronave com capacidade de
decolar e pousar em superfícies sólidas e líquidas.
APROXIMAÇÃO - Fase do pouso que sucede à
tomada de campo e precede o pouso propriamente dito.
ASA DOBRADIÇA - Asa que dobra a sua seção
lateral. São usadas por aeronaves de porta-aviões.
ASA ELÁSTICA - Asa flexível que amortece
o efeito do ar revolto, provocador de uma trepidação insuportável em asas
rígidas a velocidades acima dos 800 Km/h.
ASA VOADORA - Avião sem empenagem, cujas
superfícies de comando e de estabilidade são incorporadas às próprias asas.
ASTRONÁUTICA – Ciência e técnica do vôo
no espaço sideral.
ATERRAGEM - Ato de pousar com uma
aeronave em uma área aterrada, asfaltada, gramada, etc.
ATERRAGEM FORÇADA - Aterragem executada
sob circunstâncias que exijam o retorno do avião ao solo sem delongas.
AUTONOMIA - Máximo de horas que uma
aeronave pode voar sem que necessite reabastecer.
AVIAÇÃO - Ciência ou arte de navegar no
espaço em aviões.
AZIMUTE - É a posição angular ou rumo,
num plano horizontal medido de 0 a 360°, a partir do norte verdadeiro ou
magnético, até um objetivo, no sentido horário.
BALÃO SONDA - Pequeno balão para
pesquisas meteorológicas. É um aeróstato.
BEQUILHA - Roda traseira do avião que
possui trem de pouso convencional. Serve para facilitar o comando direcional do
avião durante a rolagem. É também a roda dianteira dos aviões com trem de pouso
do tipo triciclo.
BERÇO DO MOTOR - Armação metálica de
grande resistência sobre a qual é instalado o motor.
BIRUTA - Cone de pano, truncado,
instalado na extremidade de um mastro para fornecer indicações sobre a direção
do vento.
BORDO (estar a) - Situação de alguém ou
alguma coisa que esteja no interior de uma aeronave.
BORDO DE ATAQUE - Parte dianteira da
superfície de um aerofólio. Geralmente é arredondado.
BORDO DE FUGA - Parte traseira da
superfície de um aerofólio. Geralmente é afilado.
CABINA - Compartimento fechado,
localizado inteiramente no corpo da fuselagem, com relativa visibilidade e mais
conforto que a nacele.
CABO DE COMANDO - Cabo de aço flexível
que estabelece a articulação das superfícies de controle do avião, com as
alavancas de comando.
CABRAR - Elevar o nariz do avião para uma
posição acima da linha de vôo. Esta manobra é feita chamando o manche.
CAMUFLAGEM - Pintura que se faz em uma
aeronave a fim de dificultar a sua localização em determinadas missões de
guerra.
CAPOTAGEM - Acidente ocorrido com uma
aeronave quando há um travamento brusco das rodas no solo durante uma corrida.
O avião gira em torno do nariz, que então se apóia no terreno, acabando por
ficar de dorso, com as rodas para cima.
CARACTERÍSTICAS OPERACIONAIS - Dados
relativos a tudo o que uma aeronave pode realizar em suas operações aéreas.
Relativos à carga, à velocidade, à munição, ao raio de ação, ao teto de
serviço, etc.
CARACTERÍSTICAS DE FABRICAÇÃO - Dados
exclusivos de fabricação de uma aeronave que permitem o seu reconhecimento.
Relativos aos tipos de fuselagem, asa, empenagem, trem de pouso, etc.,
inclusive, quanto às dimensões (envergadura, comprimento, altura), tipos de
motor e hélice, etc.
CARENAGEM - Peça, geralmente de metal,
cujo feitio obedece, sempre que possível, à forma afuselada. Atenuam a
resistência ao avanço, sendo de fácil remoção, para facilitar os trabalhos de
manutenção.
CARGA ÚTIL - Diferença entre o peso bruto
total e o peso vazio de um avião. É representada pelo peso do conjunto:
combustível; óleo; tripulação; passageiros e bagagens.
CAUDA PESADA - Expressão que designa o
avião cuja cauda tende a abaixar sempre que o comando longitudinal é abandonado
em vôo normal.
CAVALO-DE-PAU - Efeito da mudança de
direção do avião no solo independente da vontade do piloto.
CÉLULA - Conjunto de todos os elementos
de que se compõe um avião, exceto o grupo moto-propulsor (motor e hélice).
C.G (Centro de gravidade) - Ponto onde
todo o peso de um corpo é considerado como concentrado.
CIRCUITO DE TRÁFEGO DE AERÓDROMO -
Trajetória específica que deve ser seguida pelas aeronaves que evoluem nas
imediações de um aeródromo.
COMANDANTE - O chefe da tripulação de uma
aeronave, sob cuja responsabilidade decorre toda a atividade a bordo.
COMANDOS - Conjunto de alavancas, cabos
de aço e aerofólios empregados na função de governo do avião.
COMPENSADOR - Superfície secundária,
existente no bordo de fuga dos lemes, ailerons e profundor do avião, com dois
objetivos distintos, de acordo com o tipo: uns aliviam os esforços do piloto
para acionar os lemes e outros corrigem tendências, provocadas por causas
internas e que desequilibram o avião.
CO-PILOTO - Membro da tripulação de um
avião, cuja função a bordo consiste em auxiliar diretamente o comandante na
condução do aparelho e substituí-lo eventualmente.
CORROSÃO - Designação genérica da
decomposição dos metais, motivada pela ação de agentes exteriores (umidade,
terra, pó, água, etc.).
CURVA - Mudança de direção na trajetória
do avião.
CURVA BASE - Curva executada pela
aeronave durante a aproximação inicial, entre o término do afastamento e o
início da aproximação intermediária ou final. Os rumos não são recíprocos.
DECOLAGEM - Conjunto de operações
executado pelo avião para deixar o solo.
DERIVA (Estabilizador vertical) -
Aerofólio fixo, localizado na parte dianteira da empenagem vertical, cuja
principal finalidade é a manutenção de duas estabilidades próprias do avião:
direcional e lateral.
DERRAPAGEM - Deslocamento lateral que
sofre o avião para o exterior das curvas, por efeito da ação da força
centrífuga. Surge pela inclinação defeituosa nas viragens.
DESVIO DE ROTA - Distância em um dado
instante, entre a rota seguida pelo avião e a rota previamente traçada.
DIRIGÍVEL (Zepellin) - Balão de forma
afuselada, dotado de motores e lemes.
DORSO - Superfície superior do aerofólio.
Cambra superior ou face dorsal.
DUPLO COMANDO (Avião de) – Avião cujo
dispositivo de comando pode ser manobrado, indistintamente por dois indivíduos.
EMPENAGEM - Conjunto de superfícies,
montadas na parte traseira da fuselagem (cauda do avião), cuja finalidade é
estabilizar e governar o avião durante o vôo.
ENVERGADURA - Distância de ponta a ponta
da asa. Mesmo que a superfície sustentadora consista de duas partes separadas
pela fuselagem, a designação permanece.
EQUIPAGEM - Tripulação de um avião
militar.
ESPAÇO AÉREO CONTROLADO – Espaço aéreo de
dimensões definidas, dentro do qual se presta o serviço de controle de tráfego
aéreo aos vôos IFR e VFR, em conformidade com a classificação do espaço aéreo.
ESTABILIZADOR HORIZONTAL - Aerofólio
localizado na parte dianteira do profundor, cuja principal finalidade é a
manutenção da estabilidade longitudinal própria do avião.
FAROL DE ATERRAGEM - Foco luminoso,
instalado no bordo de ataque das asas, que se destina a iluminar uma faixa de
terreno, quando o avião se aproxima do solo para aterrar.
FASE DE ALERTA - Situação na qual existe
apreensão quanto à segurança de uma aeronave e à de seus ocupantes.
FASE DE EMERGÊNCIA - Expressão genérica
que significa, segundo o caso, fase de incerteza, fase de alerta ou fase de
perigo.
FASE DE INCERTEZA - Situação na qual
existe dúvida quanto à segurança de uma aeronave e à de seus ocupantes.
FASE DE PERIGO - Situação na qual existe
razoável certeza de que uma aeronave e seus ocupantes estão ameaçados de grave
e iminente perigo, e necessitam de assistência.
FLAPE - Superfície móvel auxiliar que
integra o bordo de fuga das asas. Sua função é aumentar a curvatura do perfil
da asa, aumentando assim a sustentação e a resistência ao avanço (freio
aerodinâmico). Proporciona a utilização de áreas mais restritas para o pouso e
decolagem.
FLUTUADOR - Peça do trem de pouso das
aeronaves anfíbias e hidroaviões, semelhante ao casco de um barco, que permite
as manobras de amaragem e decolagem, suportando o peso do aparelho quando sobre
a água.
FORMAÇÃO DE VÔO - Maneira por que são
dispostos os aviões que voam em conjunto.
FREIO - Dispositivo destinado a fazer
cessar o movimento de rotação das rodas do trem de aterragem do avião. Pode ser
acionado pelo piloto e funciona por um sistema mecânico simples ou hidráulico.
FREIO AERODINÂMICO - Pequenas aletas
móveis instaladas na fuselagem, asas ou empenagem do avião, cuja finalidade é a
de diminuir a velocidade do aparelho durante a execução do mergulho (vôo
picado).
FUSELAGEM - Corpo do avião que recebe e
transporta a carga útil.
GUINADA - Desvio de rota do avião, para a
esquerda ou para a direita.
HANGAR - Estrutura metálica ou de
madeira, construída especialmente para abrigar aeronaves.
HÉLICE - Dispositivo cujas pás são
pequenos aerofólios, que, transformando seus movimentos de rotação em movimento
de translação, produzem a tração que movimenta o avião através do ar.
HÉLICE CONTRA-ROTATIVAS (Coaxiais) - Duas
hélices, montadas uma à frente da outra, possuindo ambas um só eixo de rotação,
mas girando em sentidos opostos, eliminando assim o efeito torque do motor.
HÉLICE DE PASSO FIXO - Hélice que possui
o ângulo-passo invariável.
HÉLICE DE PASSO INVARIÁVEL OU VELOCIDADE
CONSTANTE - Hélice cujo passo se ajusta automaticamente, mantendo a rotação do
motor constante.
HÉLICE IMPULSORA - Hélice colocada atrás
do motor que age sobre a aeronave por impulsão.
HÉLICE TRATORA - Hélice colocada à frente
do motor que age sobre a aeronave por tração.
HORA ESTIMADA DE APROXIMAÇÃO - Hora na
qual o órgão de controle prevê que uma aeronave que chega, sujeita a espera,
abandonará o ponto de espera para completar sua aproximação para pousar.
INDICADOR DE LOCALIDADE - Grupo-código de
quatro letras formulado de acordo com as disposições prescritas pela ICAO e
consignado a uma localidade, onde está situada uma estação fixa aeronáutica.
INSTRUMENTAL DE BORDO - Conjunto de
aparelhos de precisão, utilizados para o fornecimento de indicações exatas
sobre as condições de vôo, relativas ao motor e à navegação.
INTERFONE - Instalação acústica para
intercomunicação dos tripulantes de uma aeronave.
JANELA DE INSPEÇÃO - Abertura existente
em determinados locais do revestimento do avião, para facilitar a inspeção
interna de certos sistemas. São cobertas por uma placa ou portinhola do mesmo
material do revestimento.
LASTRO - Qualquer coisa a bordo de uma
aeronave que possa ser descarregada para se alterar a flutuação da mesma, ou
ser transportada de um lado para outro, a fim de se mudar o centro de
gravidade.
LEME - Superfície primária de comando. Em
aeronáutica utilizam-se três tipos de leme: o de profundidade, o de direção e o
de inclinação (aileron).
LEME DE DIREÇÃO - Superfície primária de
comando, localizada na parte traseira da empenagem vertical, cuja função é a de
romper a estabilidade direcional própria do avião, em torno do eixo vertical.
LONGARINA - Peça alongada, de madeira ou
metal, que representa a viga mestra de qualquer estrutura.
LUZ AERONÁUTICA DE SUPERFÍCIE - Toda luz,
especialmente instalada, para servir de auxílio à navegação aérea, exceto as
exibidas pelas aeronaves.
LUZES DE CABECEIRA - Luzes aeronáuticas
de superfície, distribuídas de modo a indicar os limites longitudinais da
pista.
LUZES DE OBSTÁCULOS - Luzes aeronáuticas
de superfície destinadas a indicar os obstáculos à navegação aérea.
LUZES DE PISTA - Luzes aeronáuticas de
superfície dispostas ao longo da pista, indicando a sua direção e os seus
limites laterais.
LUZES DE PISTA DE TÁXI - Luzes
aeronáuticas de superfície, distribuídas ao longo da pista de táxi.
MANCHE - Alavanca de comando, localizada
à frente do piloto, que comanda os profundores com o seu deslocamento
longitudinal e os ailerons com os seus deslocamentos laterais.
MANOBRA - Qualquer movimento comandado do
avião.
MERGULHO (Piquê) - Vôo executado com um
ângulo de descida bastante pronunciado.
MEMBROS DA TRIPULAÇÃO DE VÔO - Pessoa
devidamente habilitada, que exerce função a bordo de aeronave.
NACELE - Compartimento que se sobressai
acima da fuselagem, dando maior visibilidade para trás.
NACELE DO MOTOR - Corpo do avião,
distinto da fuselagem ou das asas, onde são instalados os motores ou recolhidos
os trens de pouso.
NARIZ DO AVIÃO - A parte anterior da
fuselagem,onde, nos monomotores, fica instalado o grupo moto-propulsor.
NAVEGAÇÃO DE ÁREA - Método de navegação
que permite a operação de aeronaves em qualquer trajetória de vôo desejada,
dentro da cobertura de auxílios à navegação ou dentro dos limites das
possibilidades dos equipamentos autônomos de navegação ou de uma combinação de
ambos.
NÍVEL - Termo genérico, referente à
posição vertical de uma aeronave em vôo, que significa, indistintamente,
altura, altitude ou nível de vôo.
NÍVEL DE CRUZEIRO - Nível que se mantém
durante uma etapa considerável do vôo.
NÍVEL DE TRANSIÇÃO - Nível de vôo mais
baixo disponível para uso acima da altitude de transição.
NOITE - Período compreendido entre as
horas do pôr e do nascer do sol.
NOTAM (Aviso para os aeronavegantes) -
Aviso que contém informação relativa ao estabelecimento, condição ou
modificação de qualquer instalação aeronáutica, serviço, procedimento ou
perigo, cujo pronto conhecimento seja indispensável para o pessoal encarregado
das operações de vôo.
OPERAÇÃO MILITAR - Operação de aeronave
em missão de guerra, de segurança interna ou em manobra militar, realizada sob
responsabilidade direta da autoridade militar competente.
ÓRGÃO DE CONTROLE DE TRÁFEGO AÉREO (TWR)
- Expressão genérica que se aplica, segundo o caso, a um centro de controle de
área, a um controle de aproximação ou a uma torre de controle de aeródromo.
ÓRGÃO DOS SERVIÇOS DE TRÁFEGO AÉREO -
Expressão genérica que se aplica, segundo o caso, a um órgão de controle de
tráfego aéreo ou a um órgão de informação de vôo.
ÓRGÃOS DO AVIÃO - Partes essenciais que
constituem o avião. A asa é um órgão sustentador.
PÁ DA HÉLICE - Cada uma das superfícies
aerodinâmicas que partem do cubo da hélice. Possuem um perfil análogo ao das
asas de um avião.
PAINEL DE INSTRUMENTOS - Plano situado à
frente do piloto, no qual se fixam os mostradores de quase todos os
instrumentos de bordo.
PALONNIER (Pedal) - Dispositivo de
comando, localizado na cabina, que movimenta o leme de direção quando acionado
longitudinalmente e que opera o freio do lado correspondente, quando acionado
no sentido de rotação (com a ponta dos pés).
PANE - Qualquer irregularidade no
funcionamento do avião ou de seu motor. Tem-se assim “pane” de célula e “pane”
de motor.
PÁRA-BRISA - Anteparo transparente e
protetor fixado à frente do piloto, na cabina ou na nacele.
PARAFUSO - Figura acrobática que consiste
em uma descida vertical do avião, estando este dotado de um pronunciado movimento
de rotação.
PÁRA-QUEDAS - Aparelho utilizado em
aeronáutica para amortecer a queda de uma pessoa ou objeto, quando lançados ao
espaço.
PÁTIO - Área definida, em um aeródromo
terrestre, destinada a abrigar as aeronaves para fins de embarque ou desembarque
de passageiros, carga ou descarga, reabastecimento, estacionamento ou
manutenção.
PERNA DE FORÇA - Tubo de aço do trem de
pouso que estabelece ligação entre a fuselagem (ou asa) e cada uma das rodas.
Na maioria dos aviões, consta de dois cilindros, em cujas câmaras obtém-se
amortecimento hidráulico.
PERNA DURA - Designa o avião cujo trem de
pouso é fixo. É o mesmo que “canela dura”.
PERNA BASE - Trajetória de vôo
perpendicular à pista em uso, compreendida entre a perna do vento e a reta
final.
PERNA DO VENTO - Trajetória de vôo
paralela à pista em uso, no sentido contrário ao do pouso.
PESO VAZIO - Representado tão-somente
pelo peso do avião, sem tripulantes, combustível, etc.
PESO NORMAL - Representado pelo peso do
avião carregado, dentro dos limites de segurança.
PESO BRUTO (ou máximo) - Representado
pelo peso do avião carregado ao máximo.
PILONAGEM - Acidente na aterragem, no
qual a fuselagem executa um giro de 90 graus em torno do nariz, que se apóia no
solo. O avião fica numa posição próxima à vertical, com a cauda para cima.
PILOTO AUTOMÁTICO – Mecanismo que
substitui a ação do piloto sobre os comandos de um avião em vôo.
PISTA - Área retangular definida em um
aeródromo terrestre, preparada para o pouso e para a decolagem de aeronaves.
PISTA DE ATERRAGEM - Parte do aeródromo
destinada à decolagem e aterragem dos aviões. Pode ser gramada, asfaltada,
cimentada ou simplesmente de terra batida.
PISTA DE ROLAGEM - Pista lateral
destinada, exclusivamente, à rolagem dos aviões.
PISTA DE TÁXI - Via definida, em um
aeródromo terrestre, estabelecida para o táxi de aeronaves e destinada a
proporcionar ligação entre uma e outra parte do aeródromo.
PILOTO EM COMANDO - Piloto responsável
pela aeronave durante o tempo de vôo.
PLACAGEM - Manobra na qual o avião, com o
nariz acima da linha de vôo normal, perde continuamente altura por causa da
falta de sustentação. Precede o estol.
PLANEIO - Vôo de descida, com pequeno
ângulo e pequena ou nenhuma tração da hélice.
A tração é substituída, no todo ou em
parte, por um componente do peso que surge ao longo da trajetória.
PLANO DE VÔO - Informações específicas
relacionadas com um vôo planejado ou com parte de um vôo de uma aeronave,
fornecidas aos órgãos que prestam serviços de tráfego aéreo.
POUSO - Ato de pousar. Pode ser uma
aterragem ou uma amaragem.
POUSO DE EMERGÊNCIA - Pouso de
conseqüências imprevisíveis que, embora não constituindo um pouso forçado,
requer precauções especiais em virtude de deficiência técnica apresentada pela
aeronave ou pelo piloto.
POUSO FORÇADO – Pouso ditado por uma
situação de emergência, tal que a permanência da aeronave no ar não deva ser
prolongada, sob pena de grave risco para os seus ocupantes.
PROA – Direção segundo a qual é ou deve
ser orientado o eixo longitudinal da aeronave.
PROFUNDOR - Superfície primária de
comando, localizada na parte traseira do estabilizador horizontal cuja função é
a de romper a estabilidade longitudinal própria do avião.
RADAR - Aparelho que determina a presença
de objetos a distância. Um órgão emite ondas de rádio e um outro, receptor,
detecta essas mesmas ondas refletidas, sob a forma de eco.
RADAR DE APROXIMAÇÃO DE PRECISÃO -
Equipamento radar primário, usado para determinar a posição de uma aeronave
durante a aproximação final em azimute e elevação, com relação à trajetória
nominal de aproximação e, em distância, com relação ao ponto de toque.
RADAR PRIMÁRIO - Sistema radar que
utiliza sinais de rádio refletidos.
RADAR SECUNDÁRIO - Sistema radar, no qual
um sinal de rádio emitido por uma estação radar provoca a transmissão de um
sinal rádio de outra estação.
RADAR SECUNDÁRIO DE VIGILÂNCIA - Sistema
radar secundário que utiliza transmissores-receptores (interrogadores de solo e
respondedores de bordo) e que se ajusta às especificações preconizadas pela OACI.
RADAR DE VIGILÂNCIA - Equipamento radar
utilizado para determinar a posição das aeronaves em distância e azimute.
RAIO DE AÇÃO - Distância máxima que pode
voar uma aeronave sem reabastecer, com regresso assegurado. Representa metade
do alcance.
REABASTECIMENTO DO AVIÃO - Ato de suprir
o avião da quantidade de combustível e óleo necessários ao vôo.
REVESTIMENTO - Material com que é
revestida a estrutura da fuselagem, da asa ou de outro órgão do avião. Pode ser
de tela, madeira compensada ou alumínio laminado.
RETA FINAL - Trajetória de vôo, no
sentido do pouso e no prolongamento do eixo da pista, compreendida entre a
perna base e a cabeceira da pista em uso.
RETA FINAL LONGA - Trajetória de vôo, no
sentido do pouso e no prolongamento do eixo da pista, quando a aeronave inicia
o segmento de aproximação final, a uma distância superior a 75 Km do ponto de
toque ou quando a aeronave, numa aproximação direta, estiver a 15 Km do ponto
de toque.
RODA - Conjunto de forma circular
pertencente ao trem de aterragem, que compreende a roda propriamente dita, o
pneu e a câmara de ar.
ROLAGEM (Táxi) - Movimento do avião sobre
o terreno, em direção à cabeceira da pista, a fim de iniciar a decolagem.
ROTA - Projeção sobre a superfície
terrestre da trajetória de uma aeronave, cuja direção, em qualquer ponto, é
expressa geralmente em graus a partir do Norte (verdadeiro ou magnético).
RUMO - Direção da rota desejada ou
percorrida, no momento considerado, expressa em graus, de 000° a 360° a partir
do Norte (verdadeiro ou magnético), no sentido do movimento dos ponteiros do
relógio.
SALA DE INFORMAÇÕES AERONÁUTICAS DE
AERÓDROMOS – Órgão estabelecido em um aeroporto, com o objetivo de prestar o
serviço de informação prévia ao vôo e receber os planos de vôo apresentados
antes da partida.
SERVIÇO DE TRÁFEGO AÉREO - Expressão
genérica que se aplica, segundo o caso, aos serviços de informação de vôo,
alerta, assessoramento de tráfego aéreo, controle de tráfego aéreo, (controle
de área, controle de aproximação ou controle de aeródromo).
TÁXI - Movimento autopropulsado de uma
aeronave, sobre a superfície de um aeródromo, excluídos o pouso e a decolagem,
mas, no caso de helicópteros, incluído o movimento sobre a superfície de um
aeródromo, à baixa altura e à baixa velocidade.
TETO - Altura, acima do solo ou da água,
da base da mais baixa camada de nuvens, abaixo de seis mil metros (20.000 pés),
que cobre mais da metade do céu.
TORRE DE CONTROLE DE AERÓDROMO (TWR) –
Órgão estabelecido para proporcionar o serviço de controle de tráfego aéreo ao
tráfego de aeródromo.
TRÁFEGO AÉREO - Todas as aeronaves em vôo
ou operando na área de manobras de um aeródromo.
TRÁFEGO DE AERÓDROMO – Todo o tráfego na
área de manobras de um aeródromo e todas as aeronaves em vôo nas imediações.
TRANSPONDER - Transmissor-receptor de
radar secundário de bordo que, automaticamente, recebe sinais de rádio dos
interrogadores de solo e, seletivamente, responde, com um pulso ou grupo de
pulsos, somente àquelas interrogações realizadas no modo e código para os quais
estiver ajustado.
TREM DE POUSO - Designação genérica do
órgão do avião destinado a permitir as manobras de decolagem e pouso e suportar
o peso do aparelho, quando em repouso.
TREM DE ATERRAGEM - Órgão do avião,
munido de rodas, que permite as manobras de decolagem e aterrissagem e sustenta
o peso do avião, quando em repouso.
TREM DE AMERRISSAGEM - Órgão do avião,
munido de flutuadores ou esquis, que permite as manobras de decolagem e
amaragem. O flutuador ainda suporta o peso do avião, quando em repouso.
VELOCIDADE ASCENSIONAL - Número de metros
que o avião ganha em altura, em um minuto. Esta velocidade decresce, até que o
avião atinja uma altitude em que a potência do motor apenas será utilizada para
manter a aeronave em vôo horizontal.
VELOCIDADE SUPERSÔNICA - Velocidade
superior à velocidade do som. Sabe-se que, no ar, a velocidade do som está
próxima de trezentos e quarenta metros por segundo ou mil duzentos e vinte e
quatro quilômetros por hora. “MACH 1” é igual à velocidade do som. Os números
“Mach” subsônicos são menores que um e os supersônicos são maiores que um.
VELOCIDADE MÁXIMA - Velocidade que
corresponde à maior tração que possa ser produzida pelo motor. Para manter o
vôo horizontal e atingir a velocidade máxima (regime rápido do avião), é
necessário: ângulo de ataque mínimo e potência máxima.
VELOCIDADE DE CRUZEIRO - Velocidade que
corresponde ao rendimento ideal do avião e do motor, com eficiência e economia.
VELOCIDADE MÍNIMA - Menor velocidade que
produz sustentação. Corresponde à velocidade mínima de decolagem e pouso. Para
manter o vôo horizontal e atingir a velocidade mínima (regime lento do avião),
são necessários: ângulo de ataque máximo e potência máxima (para vencer a
crescente resistência ao avanço).
VISIBILIDADE - Capacidade de se avistar e
identificar, de dia, objetos proeminentes não iluminados e, à noite, objetos
proeminentes iluminados, de acordo com as condições atmosféricas e expressa em
unidade de distância.
VISIBILIDADE EM VÔO – Visibilidade à
frente da cabina de pilotagem de uma aeronave em vôo.
VISIBILIDADE NO SOLO - Visibilidade em um
aeródromo, indicada por um observador credenciado.
VÔO À VELA - O vôo especifico dos
planadores, isto é, vôo sem motor.
VÔO CEGO - É aquele executado tão-somente
nas indicações fornecidas pelos instrumentos de bordo, sem nenhuma referência
ótica com o exterior.
VÔO IFR – Vôo efetuado de acordo com as
regras de vôo por instrumentos.
VÔO VFR – Vôo efetuado de acordo com as
regras de vôo visual.
ZONA DE TRÁFEGO DE AERÓDROMO – Espaço
aéreo de dimensões definidas, estabelecido em torno de um aeródromo para
proteção do tráfego de aeronaves.
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