AGENTES
EXTINTORES
No combate a incêndio em aeronaves deve
ser usado como agente extintor principal a espuma, solução a 6%, e como agente
complementar o pó químico seco.
A quantidade de água, o regime de
descarga e os agentes extintores principais e complementares transportados
pelos veículos de combate a incêndio em aeroportos são estabelecidos pela
categoria dos aeroportos.
Os agentes extintores mais comuns
utilizados nas operações de combate a incêndios em aeronaves e aeroportos são:
- Água;
- Espuma;
- Pó Químico Seco;
- Agentes halogenados;
- Gás carbônico.
Aplicação
da água como agente extintor
A água não é o agente extintor adequado
para ser empregado em uma aeronave, sem a adição de um extrato formador de
espuma ou um agente surfactante. No entanto, embora não seja indicado, poderá
constituir-se em uma alternativa para extinguir o fogo em uma aeronave
sinistrada, cabendo ressaltar que a água é também um excelente agente extintor
para incêndios no interior de aviões.
A água também é indicada para resfriar a
fuselagem de uma aeronave, reduzindo desse modo a possibilidade de uma
reignição. Adicionalmente, pode possibilitar uma proteção contra o calor
excessivo para os passageiros e os bombeiros encarregados de dar combate às
chamas utilizando os jatos na forma de neblina.
Finalmente, é muito eficiente nas
operações de rescaldo, especialmente onde haja incêndio de classe “A”,
contribuindo para a extinção completa das chamas.
Espuma
Devido a grande quantidade de líquidos e
fluidos inflamáveis nas aeronaves, como a gasolina de aviação ou o querosene,
os agentes espumantes são os mais indicados para combater incêndios em
aeronaves.
A NFPA e a ICAO reconhecem as vantagens
de usar os extratos AFFF em lugar dos extratos de proteína ou fluoroproteína,
ao permitirem uma redução de um terço na quantidade de água, além de serem
compatíveis com o uso combinado com o pó químico seco, pó ABC e pós especiais
nas atividades de combate a incêndios em aeronaves.
Pó
Químico Seco
Nas operações de combate a incêndio em
aeronaves, os agentes extintores do tipo pó químico seco normalmente são do
tipo “BC” ou “ABC”, podendo ser utilizados os agentes extintores especiais para
incêndios que envolvam metais inflamáveis, como o magnésio por exemplo.
A
aplicação acontece das seguintes maneiras:
- Quando os incêndios ainda não
alcançaram grandes proporções;
- No caso de incêndios em componentes do
trem de pouso das aeronaves;
- Contra os incêndios em pontos ocultos,
inacessíveis;
- A aplicação do pó químico seco em alto
regime;
- Combinado com o uso de espuma em
incêndios em líquidos inflamáveis.
O êxito no emprego do pó químico seco
depende, em grande parte, da técnica de aplicação utilizada, uma vez que o pó
BC não oferece um efeito refrigerante como a água ou a espuma, por exemplo,
significando que os incêndios em combustíveis líquidos podem ser extintos sem
que se consiga a correspondente redução da temperatura nos componentes
metálicos situados na área do incêndio, propiciando assim uma reignição.
Nos incêndio em metais combustíveis
(materiais classe D), como por exemplo o Magnésio e o Titânio, presentes nos
componentes das aeronaves, pode ser utilizados os agentes extintores especiais,
como o Pó Met-L-X e o Pó G-1.
Agentes
halogenados
Agentes extintores halogenados são
aceitos nas aplicações de salvamento e extinção de incêndios em aeronaves, como
o Halon 1211 e o Halon 1301.
A melhor maneira de aplicá-lo é em uma
série de descargas breves e intercaladas, observando-se o controle do incêndio
que se está combatendo. Essas táticas são especialmente importantes quando se
trata de incêndios em componentes do trem de pouso.
O Protocolo de Montreal sobre substâncias
que afetam a camada de ozônio, estabeleceu que, a partir do ano 2000, os
compostos halogenados, pelo seu alto potencial de agressão ao ozônio, deveriam
ser paulatinamente substituídos por outras substâncias químicas, sendo
admitidas exceções onde não houver alternativas disponíveis.
O Halotron pode ser um substituto
adequado, uma vez que apresenta índices aceitáveis de agressão ao meio
ambiente.
Gás
carbônico
Nas operações de salvamento e extinção de
incêndios em aeronaves, o dióxido de carbono pode ser utilizado da seguinte
forma:
- Para sufocar rapidamente os pequenos
focos de incêndio e também como agente de penetração, a fim de atingir pontos
não alcançados pela espuma, lembrando não ser recomendável a sua utilização em
incêndios envolvendo metais combustíveis;
- Como agente complementar, em conjunto
com algum tipo de espuma.
Quantidades
Mínimas de Agentes Extintores por Categoria de Aeródromo
Os aeródromos devem ser dotados de
agentes extintores principal e complementar.
O agente extintor principal é a espuma, e
o complementar é o pó químico seco.
A quantidade de água para a produção de
espuma, o regime de descarga e os agentes extintores principal e complementar a
serem transportados pelos Carros Contra Incêndio de um Posto de Bombeiros de um
aeroporto devem estar de acordo com a categoria requerida dos aeródromos, como
se pode verificar na Tabela 4.
A quantidade de água para a produção de
espuma, o regime de descarga e os agentes extintores principal e complementar
necessários para os helipontos de superfície e helipontos elevados devem estar
de acordo com a categoria requerida do heliponto, como caracterizado nas
Tabelas 2 e 3 respectivamente.
As quantidades em reserva devem
corresponder a 200% das quantidades mínimas transportadas nas viaturas.
A quantidade de água exclusiva para o
reabastecimento dos carros contra incêndio em um aeródromo é definida como
“reserva técnica” e deve corresponder a quatro vezes a quantidade de água
prevista para a categoria requerida do aeródromo.
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