SEGURANÇA
CONTRA INCÊNDIO
DESENVOLVIMENTO
E PROPAGAÇÃO DE UM INCÊNDIO
FASES
DE DESENVOLVIMENTO DE UM INCÊNDIO
As fases de
desenvolvimento de um incêndio habitualmente referidas, sem intervenção com
vista à sua extinção, são as seguintes [4]:
. Ignição;
. Produção de chama;
. Propagação/ asfixia
(consumo de oxigênio);
. Combustão generalizada
(possível);
. Combustão contínua;
. Declínio.
A primeira fase, o período
de ignição, dá-se devido à presença de 4 elementos, o combustível, o
comburente, energia de ativação e a reação em cadeia. Estão assim presentes as
condições necessárias para o aparecimento natural de chamas, caso estas
condições se mantenham. É a fase de produção de chama.
Se o local do incêndio é
propenso à renovação de ar, e possibilidade de libertação de fumos e gases para
o exterior, o incêndio fica comandado pelo combustível existente no local. A
libertação de calor das chamas assim como de fumos e gases quentes é favorável
à ignição de mais combustível, entrando assim na fase de propagação do incêndio
(figura 2.1.).
Se por sua vez, o incêndio
se desenvolver em compartimento suficientemente estanque, que dificulte a
entrada de ar novo e o escape dos gases de combustão, a sua propagação será
dificultada.
O incêndio encontra-se
assim restrito a um ambiente menos favorável relativo à sua condição inicial,
contrastando com o aumento de temperaturas afetas aos elementos construtivos
que definem esse espaço. Nestas condições, e mediante a queima parcial ou
completa do combustível presente no compartimento, em combinação com a ausência
de oxigênio (queima e substituição por gases tóxicos), dar-se-á lugar à entrada
na fase de asfixia do incêndio, que o poderá levar à sua extinção ao fim de
muito (ou pouco) tempo.
É corrente nestes
acidentes, a ocorrência de um aumento brusco do teor de oxigênio (janela
estilhaça e parte; porta resistente cede, etc.), e a consequente visualização a
partir do exterior de um aumento (“explosão”) de fumo considerável. O processo
de combustão ressurge com intensidade bastante elevada, originando assim este
fenômeno de explosão de fumo. Como consequência, pode implicar o risco de
perdas de vidas humanas (ainda presentes no edifício ou em processo de
evacuação) pela presença dos gases e fumos de combustão impróprios para respirar,
à má visualização dos corredores e do espaço, colocando em risco também quem o
tenta combater (bombeiros).
Não ocorrendo asfixia (inalação
do fumo) local, a fase seguinte é a de combustão generalizada, que envolve o
suprir da totalidade do combustível existente no local. O incêndio ao atingir
um regime estacionário entra na fase de combustão contínua. A última etapa de
desenvolvimento do incêndio (figura 2.2.), denominada de declínio, ocorre após
o consumo total do combustível do espaço, com a consequente diminuição da
intensidade do incêndio (diminuição da temperatura e da produção de chamas,
fumo e gases de combustão).
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