A
PROPAGAÇÃO DE UM INCÊNDIO NUM EDIFÍCIO
Dependendo de vários
fatores já atrás referidos, a propagação de um incêndio num edifício é
fortemente influenciada também pela arquitetura do mesmo. A localização, a
disposição de janelas como elementos construtivos e móveis disponibilizados no espaço vai
determinar ou não de extração ou insuflação de ar nos compartimentos internos
do imóvel, bem como a classe de resistência dos mesmos podem mudar o sentido de
propagação e extensão do incêndio.
A propagação de um
incêndio é mais provável fazer-se no sentido ascendente, ditada pelo efeito da
convecção (efeito de chaminé). É possível caso estejam reunidas condições, a
propagação do incêndio no sentido descendente.
Confinado a um
compartimento, o incêndio, origina um aumento de pressão no mesmo devido à
produção de gases e fumos, que têm a tendência a procurar um espaço menos
pressurizado, que implica a sua saída do compartimento. Caso o compartimento
seja estanque e não seja possível dar lugar à libertação dos mesmos para espaço
exterior, ou compartimento adjacente, dar-se-ão 2 cenários plausíveis: com a
passagem do tempo o incêndio passa a uma fase de asfixia e consequente
declínio, ou então é vencida a resistência ao fogo (quebra de vidros das
janelas, portas cedem, etc.) pelos elementos de compartimentação dando-se o
início da propagação do incêndio ao exterior desse compartimento antes
confinado.
No caso de um edifício de
2 ou mais andares, a cedência e destruição de vidros das janelas e elementos
protetores de vãos exteriores para determinadas disposições, podem implicar o
alastrar do incêndio a pisos superiores, e/ou por radiação ou transporte de
materiais incandescentes a edifícios ou fogos vizinhos.
Já no interior as
consequências do alastramento do incêndio para compartimentos adjacentes, cria
condições para a sua auto sustentação mediante os elementos de compartimentação
existentes, assim como pelos materiais de construção e revestimento (níveis de
carga de incêndio).
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