ABASTECIMENTO
DE ÁGUA PARA SERVIÇO DE INCÊNDIO
Caraterísticas
gerais
São
vários os fatores dos quais dependem um sistema de abastecimento de água para
serviço de incêndio [4]:
- Carga de incêndio
existente no edifício ou instalação;
- O tipo de instalação
hidráulica existente no edifício ou instalação (sistema de sprinklers, RIA,
hidrantes exteriores, etc.);
- O número previsto de
dispositivos da instalação a atuar em simultâneo e correspondente caudal
nominal;
- A autonomia do sistema,
adequado ao risco de incêndio a defender, e demais operações associadas à
mesma;
- A pressão disponível na
rede pública no local.
Ao projetista está
incumbida a tarefa de atender ao caudal total necessário para as operações de
extinção de incêndio que devem ser suportadas pela instalação, às pressões de
trabalho que a mesma deve aferir para uma duração das operações de extinção,
que se encontra regulamentada [6], consoante a classe de risco de incêndio.
Configurações
de abastecimento
Quanto
à fonte de abastecimento de água, as configurações possíveis de abastecimento
de água para serviço de incêndio podem ser:
-
Do tipo público, em que a instalação hidráulica para
sistema de incêndio é garantida apenas e exclusivamente pela rede pública;
-
Do tipo privativo, em que a instalação hidráulica para
sistemas de incêndio é garantida por meios privativos de abastecimento de água,
em conjugação com um reservatório de acumulação de água que poderá ser
alimentado quer pela rede pública e/ou bombeiros, quer por captação privativa;
-
Do tipo misto, em que o abastecimento de água para
serviço de incêndio é garantido quer pela rede pública quer por captação
privativa.
O
depósito de reserva de incêndio pode ter de 3 formas distintas de implantação
no terreno:
. Elevado;
. Superfície;
. Aterrado.
Nas situações de implantação
no terreno, quer à superfície, quer enterrado, deve ser tida em atenção a sua
localização na proximidade do grupo hidropressor, a um nível ligeiramente
elevado relativamente a este último, como garantia da permanência em carga do
grupo hidropressor, em quaisquer condições de solicitação ao sistema.
A capacidade da reserva de
água para serviço de incêndio (resultante do produto da duração expetável do
incêndio pela soma dos caudais nominais) é variável em função do risco e das
necessidades da instalação, sendo geralmente adotado por regra um valor mínimo
de 60 m3 [17].
Aquando da existência de
possibilidade de abastecimento de água ao reservatório de reserva, esta será
feita através de ligação disponível para os bombeiros, de duas uniões siamesas
do tipo storz (70mm), de válvulas anti-retorno. Caso esta ligação seja feita a
cota inferior a partes da conduta de abastecimento, esta deverá dispor também
de uma válvula de purga.
No caso de um sistema
independente, isto é, em que a instalação hidráulica para serviço de incêndio
seja totalmente separada das instalações para outros consumos, a ligação
disponível para os bombeiros, também poderá abastecer o sistema próxima do
grupo hidropressor, suprimindo assim eventuais falhas e ou limitações de fornecimento
do grupo.
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