MEIOS
AUTOMÁTICOS DE COMBATE A INCÊNDIO
(SPRINKLERS)
COMPOSIÇÃO
DO SPRINKLER
ASPETOS
GERAIS
Sprinkler ou pulverizador
é o componente do sistema que tem como função: a detecção da ocorrência de um
foco de incêndio; projetar água com vista à circunscrição do incêndio e, na
maioria dos casos, à extinção do incêndio.
Este
componente, em regra, é composto pelos seguintes elementos (figura 4.1.):
- Defletor (difusor);
- Corpo do pulverizador
com sistema de fixação (canhão roscado);
- Dispositivo de detecção
sensível à temperatura;
- Orifício calibrado de
descarga da água;
- Sistema de vedação
(obturador).
COMPONENTES
Defletor
O defletor está preso à estrutura
do sprinkler automático. É sobre ele que incide a força do jato de água onde
após a remoção do obturador, forma-se um cone de aspersão de água sobre toda a
área de proteção do sprinkler automático [24].
Corpo
do pulverizador com sistema de fixação (canhão roscado)
É a parte dos sprinklers
automáticos que contém a rosca para a sua fixação à canalização de água, assim
como serve de suporte aos seus demais componentes [24].
Dispositivos
de detecção sensíveis à temperatura
Elemento destinado a soltar
o obturador e permitir a passagem da água, quando o local da instalação do
sprinkler automático atingir a temperatura de seu acionamento. Esse elemento
sensível à temperatura pode ser um fusível de liga metálica especial ou uma
ampola de vidro, que possui um líquido especial no seu interior altamente
expansível com o calor.
Os
dispositivos de detecção sensível à temperatura podem ser de dois tipos:
- De ampola de vidro: esta
ampola contém um líquido com elevado coeficiente de dilatação e ar. A temperatura
relativamente baixa, a pressão interna da ampola resultante da dilatação
aumenta o suficiente, e parte as paredes do vidro (figura 4.2.). O partir da
ampola de vidro implica a remoção do obturador (aquilo que obtura ou tapa)
permitindo a saída da água em jato que vai embater no difusor.
- De fusível de liga
metálica: este fusível funde a temperatura relativamente baixa. A obturação
fica garantida por duas alavancas que se mantêm unidas graças à ação do
obturador. Quando o fusível funde as alavancas soltam-se por ação da água (ou
do ar comprimido nos sistemas secos), isto é, o obturador abre, permitindo
assim a saída da água, que irá embater no difusor.
A
partir da análise das indicações da Regra Técnica n.º 1 – Sistema Automático de
Extinção a Água – Sprinklers [25], do ISP, é possível inferir as seguintes
afirmações [4]:
- Na generalidade, em
Portugal, as temperaturas de atuação dos dispositivos de detecção sensível à temperatura
são de valores de 68 °C e 79 °C, adequadas aos espaços a cobrir;
- Em locais pouco
ventilados ou expostos através de vidros à radiação solar, é recomendado um
agravamento da gama de valores anteriores, sendo a adoção de temperaturas de
atuação destes dispositivos, de valores de 79 °C e 93 °C, apresentadas como as
mais adequadas;
- Em situações de
armazenamento em altura, com pés direitos acima de 8 m, as temperaturas a
adotar devem ser de 93 °C e 141 °C, para os modelos com ampola de vidro ou fusível
(figura 4.3.), respetivamente.
Orifício
calibrado de descarga de água
Elemento destinado a
regular a densidade de descarga de água no local a proteger, mediante a classe
de risco do espaço. Os orifícios de descarga podem assumir três valores de
diâmetro nominal: 10, 15 e 25 mm (Quadro 4.1).
O
cálculo do caudal de um sprinkler é dependente do valor de K, variando de
sprinkler para sprinkler conforme as suas caraterísticas tipo e estilo, sendo
dado pela fórmula:
Obturador
Pequeno disco metálico que
veda o orifício de descarga de água do sprinkler automático nas condições
normais de temperatura do local de sua instalação [24].
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