Mangueiras
As mangueiras de incêndio são constituídas por
duto flexível com dispositivos, nas extremidades (Figura 4.8), que permitem o
seu acoplamento a outros equipamentos. Esse dispositivo de acoplamento deve ser
do tipo engate rápido.
Tipos de mangueiras
Conforme o estabelecido pela NBR
11861:1998, as mangueiras para combate ao fogo são classificadas da seguinte
forma:
a) Mangueira tipo 1 – mangueira construída com
um reforço têxtil. Pressão de trabalho de 980 kPa (10 kgf/cm²);
b) Mangueira tipo 2 – mangueira construída com
um reforço têxtil. Pressão de trabalho de 1.370 kPa (14 kgf/cm²);
c) Mangueira tipo 3 – mangueira construída com
dois reforços têxteis sobrepostos. Pressão de trabalho de 1.470 kPa (15
kgf/cm²);
d) Mangueira tipo 4 – mangueira construída com
um reforço têxtil, acrescido de uma película externa de plástico. Pressão de trabalho
de 1.370 kPa (14 kgf/cm²);
e) Mangueira tipo 5 – mangueira construída com
um reforço têxtil, acrescido de um revestimento externo de borracha. Pressão de
trabalho de 1.370 kPa (14 kgf/cm²).
A escolha do tipo de mangueira que será
utilizado em determinada situação é definida em função do tipo de local, da
pressão de trabalho e de ruptura, da resistência à abrasão e da resistência a
superfícies quentes.
Toda mangueira destinada ao combate a
incêndio deve ser identificada com uma marcação indelével (Figura 4.9) em
caracteres de 25 mm de altura, com os seguintes dizeres:
• Nome e/ou marca do fabricante;
• Número da norma (NBR 11861:1998);
• Tipo de mangueira;
• Mês e ano de fabricação.
Da seguinte maneira:
Logomarca NBR 11861 Tipo X M/A
Onde:
Logomarca – é a marca da empresa que fabricou
a mangueira
Tipo X – é o tipo da mangueira 1, 2, 3, 4 ou 5
M – é o mês de fabricação
A – é o ano de fabricação
Testes realizados nas mangueiras de
combate a incêndio
As mangueiras de combate a incêndio só podem
ser fabricadas e comercializadas se seguirem rigorosamente as determinações da
Norma Brasileira NBR 11861:1998 – Mangueiras de incêndio – Requisitos e métodos
de ensaio.
Os testes recomendados por esta norma,
a serem realizados nas mangueiras de combate a incêndio, são:
a) Teste hidrostático;
b) Ensaio de perda de carga;
c) Ensaio de ruptura;
d) Ensaio de resistência à abrasão;
e) Ensaio de diâmetro interno;
f) Ensaio de aderência entre o tubo interno e
o reforço;
g) Ensaio do material que compõem o tubo
interno;
h) Ensaio de envelhecimento do reforço têxtil;
i) Ensaio de resistência à superfície quente;
j) Ensaio de envelhecimento acelerado da
mangueira tipo 5.
Inspeção e manutenção periódicas das
mangueiras
A inspeção, a manutenção e os cuidados
necessários para manter as mangueiras de combate a incêndio em boas condições
de uso devem ser realizados conforme as determinações da NBR 12779:2004. Assim,
para toda mangueira de combate a incêndio que necessitar de inspeção e/ou na
qual forem realizados procedimentos de manutenção, deverá ser emitido um
certificado, por empresa especializada, que ateste a sua aprovação. As
inspeções e as manutenções das mangueiras que estão em uso variam conforme o
tipo e devem seguir as determinações da NBR 12779:2004 enumeradas no Quadro 4.4:
Toda vez que uma mangueira for utilizada em
combate ao fogo, esta deverá ser encaminhada para inspeção a fim de que sejam
verificadas as reais condições da mangueira, ou seja, se ela poderá ser
novamente usada, se nela deverá ser realizada manutenção ou se deverá ser
descartada.
Quando realizada inspeção visual, a
mangueira para combate a incêndio não deve apresentar deformidades ou danos que
coloquem em risco o funcionamento da mesma no momento do combate ao fogo. Caso
exista constatação de não conformidade com as determinações de inspeção,
segundo a NBR 12779:2004, a mangueira deverá ser encaminhada para manutenção.
Na inspeção visual, deverá ser verificada a existência de:
a) Desgaste por abrasão e/ou fios rompidos na
estrutura têxtil da mangueira;
b) Manchas e/ou resíduos, na superfície
externa, provenientes de contato com produtos químicos ou derivados de petróleo;
c) Desprendimento do revestimento externo;
d) Evidência de deslizamento das uniões em
relação à mangueira;
e) Dificuldade de acoplamento entre os engates
rápidos;
f) Deformações nas uniões provenientes de
quedas, golpes ou arraste;
g) Ausência de vedações de borracha nos
engates das uniões ou vedação que apresentem ressecamento ou corte;
h) Ausência da marcação (identificação) do
fabricante.
As mangueiras de
combate ao fogo que forem condenadas para uso devem ser substituídas por
mangueiras novas de mesmo tipo e diâmetro. Caso haja dúvida no dimensionamento
da mangueira para combate ao fogo, deve-se consultar a ABNT – NBR 11861:1998.
Ótimo texto!
ResponderExcluirBoa noite, obrigado pelo elogio e pela visita...
ExcluirParabéns pelo artigo. Assunto de grande relevância. Abraços
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