CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
Os
sistemas fixos automáticos de combate incêndios têm demonstrado, por intermédio
dos tempos, serem meios eficazes para controle e combate a incêndios em edificações.
Os chuveiros automáticos, também conhecidos como "sprinklers",
possuem a vantagem, sobre hidrantes e extintores, de dispensar a presença de
pessoal, atuando automaticamente na fase inicial do incêndio, o que reduz as
perdas decorrentes do tempo gasto desde a sua detecção até o início do combate.
O
sistema de chuveiros automáticos de extinção de incêndios proporciona proteção
contra incêndio de edificações que possuem um risco considerável do
desenvolvimento de incêndio e onde a água for o agente extintor mais adequado,
pode-se afirmar que o sistema de chuveiros automáticos de extinção de incêndios
é normalmente a medida de proteção ativa contra incêndio mais eficaz e segura.
Deve
ser entendido, fundamentalmente, como um sistema de proteção contra incêndio da
edificação juntamente com os seus bens materiais. No entanto, pode ser
considerado indiretamente, como um sistema de proteção da vida humana, uma vez
que, combate ao incêndio em seus estágios iniciais, evitando assim que se
propague na edificação além do local de sua origem.
Este
sistema automático de extinção de incêndio tem conquistado um extenso campo de
aplicação, abrangendo edificações industriais, comerciais e até mesmo
residenciais em alguns países.
Finalidade
O
sistema de chuveiros automáticos de extinção de incêndios se caracteriza
fundamentalmente por entrar em funcionamento quando ativado pelo próprio
incêndio, liberando uma descarga de água (adequada ao risco do local a que se
visa proteger) somente por meio dos chuveiros automáticos que foram acionados
pelos gases quentes produzidos no incêndio. É um sistema de proteção contra
incêndio que deve operar com rapidez, de modo a extinguir o incêndio em seus
estágios iniciais e controlá-lo não permitindo que atinja níveis mais desenvolvidos.
Descrição geral
O
sistema de proteção por meio de chuveiros automáticos consiste em uma rede
integrada de tubulações dotada de dispositivos especiais que, automaticamente,
descarregam água sobre um foco de incêndio, em quantidade suficiente para
controlá-lo e eventualmente extingui-lo. Esse sistema de proteção é dotado de
alarme.
Assim que um foco de
incêndio é detectado, os chuveiros são acionados e é emitido um aviso aos
ocupantes da edificação, ou seja, este sistema realiza automaticamente três
funções básicas:
a) detectar o fogo;
b) ativar o alarme sonoro e
identificar o setor da edificação atingida;
c) controlar e extinguir o fogo.
Vantagens
a) preservação de vidas humanas;
b) proteção de bens e propriedades;
c) continuidade nos negócios;
d) garantia de emprego;
e) retorno imediato às atividades;
f) imagem de empresa segura;
g) cumprimento de exigências legais;
h) descontos nos prêmios seguros
incêndio e lucros cessantes.
Classificação dos sistemas
Sistema de tubo molhado
(sistema mais utilizado)
Compreende
uma rede de tubulação permanentemente cheia de água sob pressão, em cujos
ramais os chuveiros são instalados.
Os
chuveiros automáticos desempenham o papel de detectores de incêndio, só
descarregando água quando acionados pelo calor do incêndio. É o tipo de sistema
mais utilizado no Brasil.
Quando
um ou mais chuveiros são abertos, o fluxo de água faz com que a válvula se
abra, permitindo a passagem da água da fonte de abastecimento.
Simultaneamente,
um alarme é acionado indicando que o sistema está em funcionamento.
Sistema tubo seco
Compreende
uma rede de tubulação permanentemente seca, mantida sob pressão (de ar
comprimido ou nitrogênio), em cujos ramais são instalados os chuveiros.
Estes,
ao serem acionados pelo calor do incêndio, liberam o ar comprimido (ou
nitrogênio), fazendo abrir automaticamente uma válvula instalada na entrada do
sistema (válvula de cano seco), permitindo a entrada da água na tubulação. Este
sistema é o mais indicado para as regiões extremamente frias, sujeitas à
temperatura de congelamento da água, ou em locais refrigerados (como
frigoríficos).
O
suprimento de ar comprimido ou nitrogênio deve ser feito por uma fonte
confiável e disponível a toda hora, devendo ser capaz de restabelecer a pressão
normal do sistema rapidamente. Deve dispor de uma ou mais válvulas de segurança
entre o compressor e a válvula de comando, as quais devem estar graduadas para
aliviar ao atingir pressão acima da prevista.
Sistema de ação prévia
(praticamente não utilizado)
Compreende
uma rede de tubulação seca contendo ar que pode ser ou não sob pressão, em
cujos ramais são instalados os chuveiros automáticos, como em um sistema
convencional de tubo molhado. Na mesma área protegida pelo sistema de chuveiro
é instalado um sistema de detecção dos efeitos do calor, de operação muito mais
sensível e ligado a uma válvula especial instalada na entrada da rede de
tubulação. A atuação de quaisquer dos detectores, motivada por um princípio de
incêndio, provoca automaticamente a abertura da válvula especial. Esta permite
a entrada da água na rede a qual é descarregada por intermédio dos chuveiros
que forem ativados pelo fogo. A ação prévia do sistema de detecção faz soar
simultânea e automaticamente um alarme de incêndio, antes que se processe a
abertura de quaisquer dos chuveiros automáticos.
Sistema dilúvio
Compreende
uma rede de tubulações secas em cujos ramais são instalados chuveiros do tipo
aberto (sem elemento termo-sensível). Na mesma área dos chuveiros é instalado
um sistema de detectores ligado a uma válvula do tipo dilúvio, existente na
entrada do sistema. A atuação de quaisquer detectores, ou então a ação manual
de comando a distância, provoca a abertura da válvula, permitindo a entrada da
água na rede, descarregada por intermédio de todos os chuveiros e,
simultaneamente, fazendo soar o alarme de incêndio. Este tipo de sistema é
normalmente utilizado na proteção de hangares (galpões para aeronaves).
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