MANUAL DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO NAS EDIFICAÇÕES E
ÁREAS DE RISCO
1.
INTRODUÇÃO
Este
manual tem como objetivo reunir as informações necessárias na área de segurança
contra incêndio das edificações para um bom desempenho das guarnições no
atendimento operacional das ocorrências. Apresentamos aqui os aspectos
relevantes das medidas de proteção com o objetivo de orientar as guarnições
operacionais sobre o que uma edificação deve possuir de sistemas de prevenção e
medidas de proteção úteis no atendimento das ocorrências, bem como das
possíveis vistorias técnicas.
Toda edificação por força
legal deve ser dotada de medidas de segurança contra incêndio visando os
seguintes objetivos:
a)
proporcionar
um nível adequado de segurança aos ocupantes de uma edificação em casos de
incêndio;
b)
possibilitar
a saída dos ocupantes da edificação em condições de segurança, evitando perdas
de vida;
c)
minimizar
as probabilidades de propagação do fogo e riscos ao meio ambiente;
d)
minimizar
os danos ao patrimônio;
e)
facilitar
as ações de socorro público.
As
medidas de segurança contra incêndio nas edificações devem ser utilizadas
inicialmente pelos ocupantes do prédio e secundariamente pelas guarnições
externas do socorro público.
No
Brasil diversos estados possuem legislações próprias que estabelecem a
exigência e o dimensionamento dos sistemas de segurança que cada tipo de
edificação deve possuir. A legislação contempla os Códigos de Obras e
Edificações dos Municípios, Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas),
Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, Normas das Companhias
Seguradoras, dentre outras.
Desta
forma as exigências quanto à segurança das edificações podem variar entre os
Estados do país, mas a predominância de exigências para aprovação de projetos
de prevenção contra incêndio e para a aprovação de vistorias é comum a todos
junto aos Corpos de Bombeiros.
É
responsabilidade do proprietário e do técnico contratado a elaboração dos
projetos técnicos de segurança contra incêndio, as providências referentes às
instalações e as aprovações junto ao Corpo de Bombeiros e/ou Prefeitura local,
onde a lei o exigir.
Neste
manual adotamos os parâmetros aplicados no Estado de São Paulo, de acordo com o
“Regulamento de Segurança Contra Incêndio das Edificações e Áreas de Risco” e
as respectivas Instruções Técnicas, bem como, os parâmetros adotados nas normas
da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), da NFPA (National Fire
Protection Association) e outras normas afins, devendo ainda ser consideradas
as variações legais em cada Unidade Federativa da União, ou ainda, as
legislações municipais quando for o caso.
É
de suma importância o conhecimento das medidas de segurança instaladas nas
edificações pelas guarnições dos Corpos de Bombeiros, pois no atendimento
operacional, a utilização de um acesso ou rota de fuga e o manuseio correto
de
um equipamento será determinante no sucesso de uma intervenção, podendo
significar vidas salvas ou a salvaguarda do Bombeiro que estiver atuando na
emergência.
O
Plano de Intervenção de Incêndio, hoje contemplado pela Instrução Técnica nº
16, consiste no conhecimento prévio das guarnições em relação a uma edificação
ou área de risco, tendo como objetivo um planejamento prévio para uma provável
ocorrência emergencial neste local. Este plano é caracterizado pela
apresentação de uma planta de risco e uma planilha de levantamento de dados,
cujo objetivo é manter um banco de dados atualizado das edificações e áreas de
risco nos respectivos Postos de Bombeiros.
As
exigências quanto às medidas de segurança contra incêndio a serem instaladas em
cada edificação variam quanto a sua ocupação, área construída, altura e risco,
sendo este conjunto de medidas dividido basicamente em grupos de Proteção
Passiva e Proteção Ativa segundo o Regulamento de Segurança Contra Incêndio em
sua Instrução Técnica nº 2:
“Proteção
Passiva: característica construtiva do edifício que tem por objetivo evitar ou
retardar a propagação do fogo. Esta proteção está incorporada à construção física
do edifício.
Ex.
compartimentação de áreas, dutos e shaft´s, ventilação, acesso externo ao
prédio, controle de materiais de acabamento, resistência ao fogo das
estruturas, saídas de emergências, escadas e outros.
Proteção
Ativa: conjunto de medidas de proteção destinadas ao combate de princípios de
incêndios. São os equipamentos de combate a incêndios propriamente ditos.
Ex.
aparelhos extintores, sistema de hidrantes, sistema de chuveiros automáticos,
sistema de alarme e detecção, sistema de iluminação de emergência, sinalização
dos equipamentos, sistemas fixos, brigada de incêndio e outros.”
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