APRESENTAÇÃO
Com o objetivo de
contribuir efetivamente para a redução de desastres em nosso País e, em
consonância com a recomendação da Organização das Nações Unidas - ONU -, que designou
a década de 1990-1999 como o DECÊNIO INTERNACIONAL PARA A REDUÇÃO DOS DESASTRES
NATURAIS - DIRDN -, a equipe técnica da Defesa Civil elaborou o presente
trabalho para fazer repercutir o tema proposto para o ano de 1993: STOP
DISASTER: FOCUS ON SCHOOLS AND HOSPITALS.
O tema foi adaptado e
direcionado para a comunidade escolar, considerando sua importância para a
mudança cultural, necessária ao desenvolvimento de uma mentalidade de prevenção
e de preparação para os desastres.
Este trabalho é importante
para a minimização de acidentes e desastres envolvendo a infância e tem como
público-alvo a comunidade escolar, as lideranças comunitárias e o núcleo
familiar, em geral, e profissionais dos serviços de saúde.
O
presente documento foi dividido em três capítulos:
- Introdução à
Epidemiologia dos Desastres e Acidentes na Infância, enfocando os acidentes
mais freqüentes em cada faixa etária, de zero a quinze anos;
- Medidas Gerais de
Prevenção de Acidentes com Crianças, abordando um conjunto de ações para evitar
acidentes infantis;
- Primeiros Socorros,
relacionando procedimentos adequados ao atendimento de acidentados, enquanto se
aguarda a atuação da equipe médico-hospitalar.
Tão
importante quanto o conhecimento das medidas preventivas e dos procedimentos de
primeiros socorros é:
- a divulgação do assunto,
através de campanhas;
- o treinamento das
equipes;
- a realização de
trabalhos didáticos e exercícios simulados, envolvendo o alunato e seus núcleos
familiares.
Entende-se que a
preparação das futuras gerações é o melhor investimento para aumentar a
segurança contra desastres e que a escola é o meio mais eficiente para iniciar
a conscientização. Portanto, espera-se que o professor atue como agente
multiplicador na mudança cultural, contribuindo para reduzir a vulnerabilidade
da sociedade aos desastres.
A partir de 1950,
DIETRICH, pesquisador norte-americano, já denunciava a relevância dos acidentes
envolvendo crianças, como importante problema de saúde pública.
Naquele ano, nos Estados
Unidos da América, mais de um milhão de crianças requereram assistência médica
por motivo de acidente. Dessas crianças, cinqüenta mil permaneceram com
seqüelas e treze mil faleceram.
Em 1958, Juan P. GARRAN,
famoso pediatra argentino, preconizava em seu livro Medicina Infantil a
prevenção de acidentes, através de campanha educacional, atingindo os pais e os
filhos.
No Brasil, segundo dados
do Hospital do Andaraí, a partir da década de 50, os acidentes passaram a ser a
maior causa de mortalidade infantil no Rio de Janeiro.
Nessa
mesma década, considerava-se necessário:
- aprofundar os estudos
epidemiológicos;
- motivar a sociedade para
o problema;
- preparar e difundir
conteúdos didáticos, coerentes com as informações obtidas através dos estudos
epidemiológicos;
- promover campanhas
educativas;
- avaliar os resultados da
campanha educacional.
Infelizmente, muito pouco
se tem realizado para reverter essa situação em nosso País.
Brasília-DF,
agosto de 1996
ANTÔNIO LUIZ COIMBRA DE
CASTRO
Gerente
de Programas
Departamento de Defesa
Civil
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