FRATURAS,
ENTORSES E LUXAÇÕES
Fraturas
1.1.
Principais Sinais e Sintomas
- dor intensa no local
afetado;
- deformidade: a perna, o
braço ou pé ficam deformados e torcidos, em posições anormais;
- inchação: o local da
fratura apresenta-se inchado;
- mobilidade anormal: uma
área óssea normalmente rígida pode apresentar mobilidade;
- imobilidade defensiva:
dificuldade ou impossibilidade de movimentar o membro fraturado, em
conseqüência da deformação e da dor;
- crepitação: quando se
mobiliza a parte fraturada, através da palpação, capta-se o atrito dos
segmentos fraturados como uma sensação de amassar papel, que recorda o ruído de
roçar os cabelos próximo do pavilhão auditivo.
1.2.
Procedimentos
- não movimentar a vítima
com suspeita de fratura, antes de realizar a imobilização temporária;
- se houver ferimento no
local da fratura (fratura exposta), fazer o curativo antes de imobilizar;
- colocar o membro
fraturado na posição mais normal possível, sem causar desconforto à vítima;
- fazer a imobilização
temporária no próprio local do acidente, utilizando o material disponível no
momento: talas de papelão, madeira ou bambu, galhos de árvore e cabo de
vassoura;
- acolchoar as talas ou
outro material utilizado com algodão, atadura de gaze ou pano, para não machucar a
vítima;
- o comprimento das talas
deve ultrapassar as articulações abaixo e acima do local da fratura, a fim de
sustentar o membro atingido, deixando-o imobilizado, completamente;
- amarrar as talas ao
longo do membro fraturado, utilizando como atilhos: ataduras, tiras de pano,
lenços, gravatas, embiras, barbantes etc;
- evite dar nós em cima do
local fraturado;
- ao imobilizar um membro,
deixar os dedos para fora, a fim de observar inchação, cor da pele e
temperatura;
- dar um analgésico para
reduzir a dor;
- encaminhar a vítima para
o hospital mais próximo, após concluir a sua imobilização.
Quando observar inchação,
arroxeamento ou frialdade da extremidade à mostra, concluir que a imobilização
está muito apertada e que é necessário refazê-Ia.
Quando suspeitar de
fratura da coluna cervical, providenciar um "colar cervical" antes de
mobilizar o paciente. Caso não exista colar cervical, o mesmo pode ser
improvisado utilizando jornais ou panos grossos, firmemente amarrados em torno
do pescoço, sem sufocar a vítima.
Quando suspeitar de
fratura da coluna vertebral, deitar o paciente cuidadosamente com a barriga
para cima (decúbito dorsal) sobre a padiola ou maca, tendo o cuidado de colocar
dois rolos de pano, um sob a região lombar e outro sob a parte posterior do
pescoço (nuca), e fixá-lo nessa posição. Para colocar o paciente na padiola,
são necessárias quatro pessoas.
Três
para elevar a vítima sincronicamente:
- uma apóia as mãos sob a
cabeça e o tronco;
- outra, sob a região
lombar e a raiz das coxas;
- a terceira, sob os
membros inferiores.
A quarta pessoa desliza a
padiola para baixo da vítima.
Quando não houver padiola
ou maca, improvisar uma, com porta, tábua ou outro material não flexível, para
transportar vítimas com suspeita de fratura de coluna.
2.
Entorses
Os ossos do corpo humano
interligam-se através das articulações; as superfícies de contato são
protegidas por bolsas sinoviais e mantidas em estreito contato, por intermédio
dos ligamentos.
Quando um movimento
anormal estira e rompe ligamentos, provoca entorse. A vítima sente dor na
região afetada, acompanhada de inchação, podendo a pele apresentar manchas
arroxeadas, se vasos sangüíneos forem rompidos.
Em caso de entorse,
imobiliza-se a articulação afetada através de enfaixamento, utilizando-se
ataduras ou tiras de pano. Aplica-se gelo sobre a parte afetada, várias vezes
ao dia, e mantém-se o paciente em repouso.
3.
Luxações
Nas luxações, os ossos da
superfície articular perdem o contato e, além da dor, da inchação e do derrame
sangüíneo, ocorre deformação ao nível da articulação.
Em caso de luxação,
proceder de forma semelhante ao da fratura.
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