5.
Subgrupo de 8 a 15 Anos
Nessa faixa etária, com a
capacidade motora plenamente desenvolvida, a criança intensifica ainda mais a
exploração e a descoberta do mundo exterior.
Continua a imitar adolescentes
e adultos e a envolver-se em brincadeiras pesadas com outras crianças da mesma
faixa etária. Intensificam ainda mais as saídas de casa e a exploração de
quintais, ruas, praças, parques e playgrounds.
Embora os problemas
relacionados com a atenção descentrada e a visão periférica reduzida diminuam,
podem ainda ocorrer atropelamentos por veículos ou choques com balanços e
outros brinquedos, em momentos de desatenção.
Aumenta o risco de
agressão, tanto por pais e familiares, quanto por pessoas de fora do círculo
familiar, inclusive crianças da mesma faixa etária e delinqüentes.
Em circunstâncias de
desastres, esse grupo etário apresenta uma menor dependência dos adultos para
fins de socorro, se houver uma maior preocupação com seu treinamento, na fase
de preparação.
Nesse
subgrupo, os riscos de acidentes mais freqüentes são:
- quedas da própria
altura, causadas por tropeções;
- quedas de redes,
principalmente durante as brincadeiras;
- quedas de móveis e
escadarias, principalmente em conseqüência de brincadeiras acrobáticas;
- quedas de árvores;
- quedas de janelas e
terraços, principalmente por exibicionismo e desatenção;
- quedas com contusões,
cortes e abrasamento da pele provocada, respectivamente, por quinas de móveis,
objetos cortantes e objetos com superfícies ásperas;
- quedas em cisternas e
poços;
- coma alcoólico provocado
pela ingestão de bebidas alcoólicas deixadas ao alcance da criança. É
importante recordar que nessa idade os pais são o modelo e o exemplo seguido
pelas crianças;
- envenenamento com parada
respiratória, produzido por gás liquefeito de petróleo,
outro gás combustível ou
monóxido de carbono;
- afogamento em piscinas,
riachos ou mar;
- ferimentos com objetos
cortantes ou perfurantes, como lâminas de barbear, cacos de vidro, facas e
pregos;
- aspiração ou engasgo com
alimentos (balas, pipocas, chicletes e espinha de peixe);
- introdução de corpo
estranho em cavidade natural, como narina e ouvido externo;
- intoxicação por
ingestão, acidental ou proposital, de remédios, produtos de limpeza, inseticidas, raticidas,
agrotóxicos, plantas tóxicas e outros produtos tóxicos;
- choques elétricos em
tomadas, fios desencapados e aparelhos elétricos;
- queimaduras no forno ou
no fogão;
- queimaduras com leite,
sopas ou outros alimentos quentes;
- queimaduras e contusões
provocadas por brincadeiras com fogo e com fogos de artifícios;
- mordeduras de animais,
como cães, gatos e cobras;
- picadas de abelhas,
marimbondos, aranhas, escorpiões, lacraias e queimaduras de contato com
lagartas (mandarovás e taturanas);
- compressão de dedos ou
da mão em portas, gavetas ou janelas;
- acidentes de trânsito
envolvendo criança em autolocomoção ou na condição de passageiro;
- escalpelo de meninas com
cabelos longos, provocados pelo seu enrolamento em eixo de motores de pequenas
embarcações, não devidamente protegidos, enquanto a criança dorme na rede sobre
o mesmo. Esse acidente ocorre com relativa freqüência na Amazônia;
- acidentes com arma de
fogo;
- traumatismo durante a prática
de esportes e atividades lúdicas, como futebol de salão e queda de balanços e
de escorregadores;
- contusões e pequenos
ferimentos provocados por quedas de bicicletas, patins, patinetes e skates;
- acidentes de trânsito
envolvendo bicicletas e veículos automotores dirigidos por crianças e
adolescentes;
- ferimentos cortantes
provocados por armas brancas, obtidas ou manufaturadas pela própria criança, em
brigas com outras crianças;
- contusões provocadas por
lutas ou na prática de artes marciais;
- ferroadas de peixes,
como mandi e arraia e queimaduras com águas-vivas, atingindo crianças que moram
à beira-mar e nas margens de rios.
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