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01 junho 2020

REDUÇÃO DAS VULNERABILIDADES AOS DESASTRES E ACIDENTES NA INFÂNCIA - MORDEDURAS DE ANIMAIS E PICADAS DE ARTRÓPODES


MORDEDURAS DE ANIMAIS E PICADAS DE ARTRÓPODES

1. Mordedura de Animais

o maior risco é que a vítima contraia raiva. No Brasil, o cão, o gato e o morcego são os maiores transmissores da raiva. A transmissão ocorre por mordedura, arranhadura ou lambida da ferida por animal infectado.

O cão ou o gato que morde uma pessoa não deve ser sacrificado, mas mantido preso em observação, durante dez dias. Se o animal manifestar sintomas da raiva, ou se ele fugir ou morrer, a vítima deve procurar um posto de saúde, no mais curto prazo, para iniciar o tratamento.

Se a mordida for de morcego, a vítima deve ser encaminhada para tratamento, imediatamente.


1.1. Sintomas Característicos da Raiva

Nessas condições, o animal:

- fica triste e nervoso;

- fica com a boca espumosa e babando;

- apresenta medo de claridade (fotofobia) e de água (hidrofobia);

- não come e nem bebe água; 

- morre num prazo de cinco a sete dias.


1.2. Tratamento Preventivo da Raiva Humana

Pessoas contaminadas pelo vírus da raiva e não tratadas em tempo morrem fatalmente.


O atendimento de emergência consiste em:

- lavar o ferimento com água e sabão;

- encaminhar imediatamente a vítima a um posto médico, para fins de tratamento imunoterápico.

o abandono do tratamento antes de concluído é extremamente perigoso para o paciente.

Para prevenir a raiva, é importante vacinar os animais domésticos todos os anos e eliminar cães e gatos vadios (sem dono).


2. Mordedura de Cobra

Normalmente, as cobras venenosas só picam as pessoas quando molestadas, numa atitude de defesa. Quando se sentem em risco, assumem uma posição que facilita o bote. A Surucucu pode ter atitude agressiva, mesmo quando não provocada. As cobras dessa espécie apresentam uma forte atração pela luminosidade e podem ser atraídas pela luz de lanternas acesas durante a noite, na floresta. 
Na picada da cobra venenosa aparecem dois pontos maiores e mais profundos, seguidos de outros menores. Na picada das cobras não venenosas aparecem apenas vários pontos pequenos.




QUADRO COMPARATIVO DE CARACIERÍSTICAS DE COBRAS


As cobras venenosas do Brasil pertencem a quatro gêneros:

- Bothrops, cuja espécie-tipo é a Jararaca;

- Crotalus, cuja espécie-tipo é a Cascavel;

- Lachesis, cuja espécie-tipo é a Surucucu;

- Micrurus, cuja espécie-tipo é a Coral-verdadeira


2.1. Sinais e Sintomas que Permitem Orientar a Classificação das Serpentes Reações locais:

- Dor local persistente que aumenta progressivamente, com inchação, vermelhidão, arroxeamento, podendo aparecer bolhas: gêneros Bothrops e Lachesis;

- dor local e pouco intensa, com a região da picada ligeiramente inchada e com sensação de formigamento: gênero Crotalus;

- ausência de dor, com sensação de adormecimento que se propaga ao longo do membro: gênero Micrurus.


Características da face da vítima:

- face incaracterística (sem alteração): gêneros Bothrops e Lachesis;

- face traduzindo lesão neurológica, com pálpebras superiores caídas (ptose palpebral), redução ou perda da visão: gênero Crotalus;

- face traduzindo lesão neurológica, com salivação grossa, dificuldade de falar e de engolir: gênero Micrurus.


Dores musculares:

- dores musculares (mialgias) generalizadas, especialmente na nuca: gênero Crotalus.


Hemorragias:

- hemorragias com o sangue apresentando dificuldades para coagulação: gêneros Bothrops e Lachesis


Alterações na urina:

- urina escura: gênero Crotalus;

- redução da urina: gêneros Bothrops e Lachesis.


Sintomas digestivos:

- diarréia: gênero Lachesis.


Sintomas respiratórios:

- falta de ar (dispnéia), podendo chegar a insuficiência respiratória aguda: gênero Micrurus.




2.2. Procedimentos


Em caso de acidente ofídico, compete ao socorrista:

- manter a vítima deitada, calma e sem fazer movimentos;

- não permitir qualquer esforço da vítima, porque a movimentação - facilita a absorção do veneno pelo sangue;

- lavar o local com bastante água corrente;

- colocar compressas frias ou bolsas de gelo sobre a lesão;

- procurar identificar o gênero da cobra que picou a vítima;

- matar a cobra e levá-Ia ao posto, para facilitar a identificação;

- transportar a vítima para o posto de tratamento antiofidico mais próximo.


Em caso de acidente ofídico, é proibido:

- permitir que a vítima se movimente;

- dar bebida alcoólica, querosene, fumo, urina ou qualquer remédio caseiro;

- passar garrote ou torniquete, já que o mesmo impede a circulação e facilita a necrose ou gangrena do membro afetado;

- fazer cortes ou perfurações com canivetes ou objetos, por facilitarem a hemorragia e a infecção;

- colocar na ferida folhas, pó de café, fezes ou terra, por produzirem infecção.


É importante caracterizar que o único tratamento efetivo para picada de cobra é a administração de soro antiofídico.


Quando a cobra for identificada, usar o soro antiofídico específico:

- antibotrópico, nos acidentes provocados por serpentes do gênero Bothrops, como a Jararaca;

- anticrotálico, nos casos de acidentes provocados por Cascavel;

- antilaquésico, nos casos de acidentes provocados por Surucucu;

- antielapídico, nos casos de acidentes provocados por Coral verdadeira.


Quando não for possível identificar a cobra, usar soro antiofídico polivalente, mistura de soro antibotrópico com anticrotálico, em todo o Brasil, menos na Amazônia. Na floresta Amazônica, é indicado o soro antiofídico polivalente amazônico, mistura de soro antibotrópico e antilaquésico, já que, na selva, não existe Cascavel. .

Em caso de acidentes ofídicos ou com artrópodes (escorpiões, aranhas etc.), os telefones abaixo são úteis para retirar dúvidas e para informar o posto de tratamento antiofídico mais próximo.



ENDEREÇOS E TELEFONES PARA EMERGÊNCIAS OFÍDICAS (julho/1993)




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