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01 junho 2020

MANUAL DE DESASTRES NATURAIS - VOL I - Vendavais Extremamente Intensos, Furacões, Tufões ou Ciclones Tropicais CODAR: NE.EFR/ CODAR: 12.103


3 – Vendavais Extremamente Intensos, Furacões, Tufões ou Ciclones Tropicais

CODAR: NE.EFR/ CODAR: 12.103


Caracterização

Ventos de velocidades superiores a 120,0 km/h, correspondendo ao número 12 da Escala de Beaufort. O termo furacão deriva da palavra espanhola huracan, que provém da língua Caribe.

O primeiro furacão sofrido por europeus ocorreu em 16 de junho de 1494, no porto de Isabela, da Ilha de São Domingos. O fenômeno ocorreu enquanto Colombo estava ausente, em viagem de exploração, e provocou a destruição de duas naus.


O fenômeno tem varias terminologias locais e é denominado de:

- tufão, no mar da China e no golfo de Bengala;

- ciclone, no Oceano Indico;

- bagio, nas Filipinas;

- willy-willy, na Austrália.

Os furacões não atingem a violência dos tornados, mas a área afetada e a duração do fenômeno são muito maiores. Os furacões podem cobrir meio milhão de milhas quadradas e durar três semanas.


Ocorrência

Os furacões formam-se sobre águas mornas (aproximadamente 270C) dos oceanos, dentro da faixa de depressão equatorial, situada entre 5° e 10° de latitude norte ou sul.

No equador, devido à redução do efeito Coriolis, não há possibilidade de ocorrer o fenômeno.


Os furacões ocorrem normalmente nos meses correspondentes ao fim do verão e outono:
- no Atlântico norte;


- no Pacífico norte e sul;

- no índico.


Em conseqüência da maior temperatura e umidade, provocadas pela circulação dos alísios, as margens ocidentais dos oceanos são mais propícias à formação de furacões.

O fenômeno não ocorre no Atlântico sul e nos mares europeus.

Na zona temperada do Atlântico norte, podem ocorrer os chamados ciclones extratropicais, menos intensos que os tropicais, e que resultam da extensão do fenômeno a essas águas.


Causas

A ciclogênese de um furacão depende da energia latente do vapor d’água formado na faixa de depressão equatorial. A caracterização de um vórtice ou de uma linha de cisalhamento dentro da corrente dos alísios dá inicio a um movimento centrífugo, de direção anti-horária no Hemisfério Norte e horária, no Hemisfério Sul.

Quando se instala uma célula de baixa pressão nas camadas superiores da zona de depressão equatorial, o efeito chaminé provoca a ascensão do ar para a alta troposfera, onde é resfriado e desviado para fora.

As forças de Coriolis e a força centrífuga transformam a energia cinética radial do ar, que converge para a área de baixa pressão, em energia cinética tangencial, característica dos ciclones.


As condições básicas para a formação de ciclones tropicais são as seguintes:

- o fenômeno inicia-se dentro da faixa de depressão equatorial;

- a temperatura da superfície do oceano deve estar próxima dos 270C;

- o ponto de orvalho e a temperatura do ar acima da superfície devem estar acima da normal.

A freqüência média anual do fenômeno varia em torno de 8 ocorrências no Atlântico norte e 28, no Pacifico e Índico.


Principais Efeitos Adversos

Os danos provocados pelo fenômeno são causados:

- pela pressão dos ventos, normalmente de muito grande violência;

- por objetos transportados e arremessados pelos ventos;

- por chuvas torrenciais, causadoras de inundações bruscas e alagamentos;

- pela formação de ondas gigantescas que, embora inferiores ao tsunamis, têm grande poder de destruição.

As costas rebaixadas e as ilhas em forma de atol dos mares do sul são as regiões mais vulneráveis aos ciclones.

Normalmente, as inundações são responsáveis por 75% das mortes provocadas pelo fenômeno.


Monitorização, Alerta e Alarme

Existe um sistema integrado de previsão de ciclones ou furacões, constituído por satélites meteorológicos, sistemas de radar, aviões, navios e outros recursos utilizados pelos serviços meteorológicos.

As informações são rapidamente transmitidas pelos centros para os sistemas de alerta e alarme da Defesa Civil, permitindo que as informações fluam com razoável antecedência, definindo sua provável magnitude e rota.


Medidas Preventivas

A redução dos danos depende de medidas objetivando a minimização das vulnerabilidades, através de medidas estruturais e não-estruturais.

As medidas não-estruturais dizem respeito a uma racional utilização do espaço geográfico, evitando construir em áreas sujeitas a inundações, ao impacto de ondas gigantescas ou a deslizamentos e desmoronamentos.

As medidas estruturais dizem respeito à construção de habitações e outras instalações devidamente reforçadas, com telhas corretamente fixadas, protegidas dos ventos dominantes e sobre pilotis ou com sótãos habitáveis.


As medidas preventivas emergenciais são semelhantes as já apresentadas no item que trata de vendavais e tempestades.

Nas ilhas e costas de pequena altitude e sujeitas a riscos e ondas gigantescas, deve ser providenciada a construção de abrigos sólidos nas áreas mais elevadas, para onde a população é evacuada, com a devida antecedência.

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