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– Vendavais Extremamente Intensos, Furacões, Tufões ou Ciclones Tropicais
CODAR:
NE.EFR/ CODAR: 12.103
Caracterização
Ventos de velocidades
superiores a 120,0 km/h, correspondendo ao número 12 da Escala de Beaufort. O
termo furacão deriva da palavra espanhola huracan, que provém da língua Caribe.
O primeiro furacão sofrido
por europeus ocorreu em 16 de junho de 1494, no porto de Isabela, da Ilha de
São Domingos. O fenômeno ocorreu enquanto Colombo estava ausente, em viagem de
exploração, e provocou a destruição de duas naus.
O
fenômeno tem varias terminologias locais e é denominado de:
- tufão, no mar da China e
no golfo de Bengala;
- ciclone, no Oceano
Indico;
- bagio, nas Filipinas;
- willy-willy, na
Austrália.
Os furacões não atingem a
violência dos tornados, mas a área afetada e a duração do fenômeno são muito
maiores. Os furacões podem cobrir meio milhão de milhas quadradas e durar três
semanas.
Ocorrência
Os furacões formam-se
sobre águas mornas (aproximadamente 270C) dos oceanos, dentro da faixa de
depressão equatorial, situada entre 5° e 10° de latitude norte ou sul.
No equador, devido à
redução do efeito Coriolis, não há possibilidade de ocorrer o fenômeno.
Os
furacões ocorrem normalmente nos meses correspondentes ao fim do verão e
outono:
- no Atlântico norte;
- no Pacífico norte e sul;
- no índico.
Em conseqüência da maior
temperatura e umidade, provocadas pela circulação dos alísios, as margens
ocidentais dos oceanos são mais propícias à formação de furacões.
O fenômeno não ocorre no
Atlântico sul e nos mares europeus.
Na zona temperada do
Atlântico norte, podem ocorrer os chamados ciclones extratropicais, menos
intensos que os tropicais, e que resultam da extensão do fenômeno a essas
águas.
Causas
A ciclogênese de um
furacão depende da energia latente do vapor d’água formado na faixa de
depressão equatorial. A caracterização de um vórtice ou de uma linha de
cisalhamento dentro da corrente dos alísios dá inicio a um movimento
centrífugo, de direção anti-horária no Hemisfério Norte e horária, no
Hemisfério Sul.
Quando se instala uma
célula de baixa pressão nas camadas superiores da zona de depressão equatorial,
o efeito chaminé provoca a ascensão do ar para a alta troposfera, onde é
resfriado e desviado para fora.
As forças de Coriolis e a
força centrífuga transformam a energia cinética radial do ar, que converge para
a área de baixa pressão, em energia cinética tangencial, característica dos
ciclones.
As
condições básicas para a formação de ciclones tropicais são as seguintes:
- o fenômeno inicia-se
dentro da faixa de depressão equatorial;
- a temperatura da
superfície do oceano deve estar próxima dos 270C;
- o ponto de orvalho e a
temperatura do ar acima da superfície devem estar acima da normal.
A freqüência média anual
do fenômeno varia em torno de 8 ocorrências no Atlântico norte e 28, no
Pacifico e Índico.
Principais
Efeitos Adversos
Os
danos provocados pelo fenômeno são causados:
- pela pressão dos ventos,
normalmente de muito grande violência;
- por objetos
transportados e arremessados pelos ventos;
- por chuvas torrenciais,
causadoras de inundações bruscas e alagamentos;
- pela formação de ondas
gigantescas que, embora inferiores ao tsunamis, têm grande poder de destruição.
As costas rebaixadas e as
ilhas em forma de atol dos mares do sul são as regiões mais vulneráveis aos
ciclones.
Normalmente, as inundações
são responsáveis por 75% das mortes provocadas pelo fenômeno.
Monitorização,
Alerta e Alarme
Existe um sistema
integrado de previsão de ciclones ou furacões, constituído por satélites
meteorológicos, sistemas de radar, aviões, navios e outros recursos utilizados
pelos serviços meteorológicos.
As informações são rapidamente
transmitidas pelos centros para os sistemas de alerta e alarme da Defesa Civil,
permitindo que as informações fluam com razoável antecedência, definindo sua
provável magnitude e rota.
Medidas
Preventivas
A redução dos danos
depende de medidas objetivando a minimização das vulnerabilidades, através de
medidas estruturais e não-estruturais.
As medidas não-estruturais
dizem respeito a uma racional utilização do espaço geográfico, evitando
construir em áreas sujeitas a inundações, ao impacto de ondas gigantescas ou a
deslizamentos e desmoronamentos.
As medidas estruturais
dizem respeito à construção de habitações e outras instalações devidamente
reforçadas, com telhas corretamente fixadas, protegidas dos ventos dominantes e
sobre pilotis ou com sótãos habitáveis.
As medidas preventivas
emergenciais são semelhantes as já apresentadas no item que trata de vendavais
e tempestades.
Nas ilhas e costas de
pequena altitude e sujeitas a riscos e ondas gigantescas, deve ser
providenciada a construção de abrigos sólidos nas áreas mais elevadas, para
onde a população é evacuada, com a devida antecedência.
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