Para aplicações de partida de
motor, tanto a queda de voltagem transiente inicial quanto a voltagem de
retomada devem ser consideradas. Um gerador deve ser dimensionado de modo a não
exceder a queda de voltagem transiente inicial especificada para o projeto e de
modo que ele retorne a um mínimo de 90% da voltagem nominal de saída com os kVA
aplicados ao rotor do motor totalmente travado.
Assim, o motor pode fornecer
aproximadamente 81% (0,9 x 0,9 = 0,81) de seu torque nominal durante a aceleração,
o que tem provado ser adequado para a maioria das aplicações de partida. Em vez
de especificações de um projeto único, uma queda de voltagem de 35% na partida
é considerada aceitável em uma situação de partida do motor de um grupo
gerador.
Existem vários tipos de motores
de partida com voltagem reduzida para diminuir os kVA na partida de um motor
onde o torque reduzido do motor é aceitável. Reduzindo-se os kVA de partida do
motor, pode-se reduzir a queda de voltagem, o tamanho do grupo gerador e
proporcionar uma partida mecânica mais suave. Entretanto, conforme discutido a
seguir, deve-se tomar cuidado quando se usa estes motores de partida em grupos
geradores.
Métodos de Partida Trifásica:
Existem vários métodos disponíveis para a partida de motores trifásicos,
conforme resumido na Tabela 3-4 e conforme indicado no Apêndice C – Partida de
Motores com Voltagem Reduzida. O método mais comum de partida é a partida
direta através da linha (voltagem total). Os requisitos de partida do motor
podem ser reduzidos aplicando-se algum tipo de motor de partida com voltagem
reduzida ou de alimentação estável, resultando na recomendação de um grupo
gerador menor.
Entretanto, deve-se tomar cuidado
ao aplicar qualquer um destes métodos de partida com voltagem reduzida. Como o
torque do motor é uma função da voltagem aplicada, qualquer método que reduza a
voltagem do motor também reduzirá o torque do motor durante a partida. Estes métodos
de partida devem ser aplicados somente para cargas de motores de baixa inércia,
a menos que possa ser determinado que o motor produzirá torque adequado para a
aceleração durante a partida. Alem disso, estes métodos de partida podem
produzir correntes de pico muito altas na transição de partida para
funcionamento (caso a transição ocorra antes que o motor atinja a rotação de funcionamento),
resultando em requisitos de partida próximos aos da partida através da linha.
Se o motor não atingir uma rotação próxima à rotação de funcionamento antes da
transição, poderão ocorrer quedas excessivas de voltagem e de freqüência quando
estes motores de partida forem utilizados com grupos geradores. Se você não
estiver seguro sobre como o motor de partida e a carga reagirão, assuma a partida
através da linha.
Acionamentos com Freqüência
Variável (VFDs): Entre todas as classes de carga não-linear, os acionamentos com
freqüência variável, utilizados para controlar a rotação de motores de indução,
induzem a maior distorção na voltagem de saída do gerador. Alternadores maiores
são necessários para evitar o superaquecimento do alternador devido às
correntes harmônicas induzidas pelo acionamento com freqüência variável, e para
limitar a distorção de voltagem do sistema reduzindo a reatância do alternador.
Por exemplo, cargas VFD
inversoras de fontes de corrente convencionais em um gerador devem ser menores
que aproximadamente 50% da capacidade do gerador para limitar a distorção
harmônica total para menos de 15%.
Mais recentemente, VFD’s
Modulados em Largura de Pulso têm se tornado cada vez mais baratos e comuns e
induzem substancialmente menos harmônicos. O alternador deve ser
superdimensionado em apenas 40% para estes acionamentos.
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