Posicionamento
dos elevadores no edifício
Tão
essencial quanto a sua boa localização dentro do prédio é a posição relativa de
cada um dos elevadores dentro do grupo.
Os
elevadores devem ser posicionados de tal forma que a distância entre os mesmos
seja mínima. Distância excessiva entre os carros de um grupo resulta em um
maior tempo na parada do elevador, pela maior demora dos passageiros em
alcançá-lo, reduzindo a eficiência da instalação.
A
separação dos elevadores com comandos independentes pode prejudicar as
condições de tráfego, sendo uma solução a ser evitada.
Grupo
de dois carros
Para
dois carros, o arranjo lado a lado (Figura 10) é o melhor. Os passageiros,
vendo os dois carros ao mesmo tempo, reagem imediatamente à chegada de um
deles.
A
solução de dois elevadores frente a frente ( Figura 10 ) também pode ser
considerada satisfatória; entretanto, quando se tiver elevadores frente a
frente, deve-se ter um corredor mais largo.
A
solução A é, portanto, preferível à solução B.
Grupo
de três carros
Valem
os mesmos comentários do item 1: o agrupamento de três elevadores com um deles
de frente para os outros dois é satisfatório, sendo preferível entretanto a
solução de três elevadores em linha. É recomendada largura do hall de 2,00m
para elevadores em linha e 2,20m para elevadores frente a frente.
Grupo
de quatro carros
A
experiência tem mostrado que a disposição de grupos de dois carros frente a
frente é melhor do que quatro carros em linha. Esta apresenta desvantagens
principalmente para grandes cabinas, devido ao aumento da distância entre as
cabinas extremas.
As
larguras recomendadas para o Hall são:
2
frente a 2 - largura do hall: 2,80m
4
em linha - largura do hall: 2,60m
NOTA:
As medidas mínimas de largura do hall variam conforme as exigências locais de
acordo com códigos de obras das cidades brasileiras.
Grupo
de cinco ou seis carros
A
boa solução é a de três carros frente a dois ou três, sendo 3,00m a largura
recomendada para o hall. A solução cinco ou seis carros em linha é totalmente
desaconselhável, pois o tempo gasto pelo usuário para alcançar os elevadores
externos aumenta sensivelmente.
Recomenda-se,
no andar principal, hall aberto nos dois lados. Na figura 11, a solução “A” é melhor
que a solução “B” por possibilitar um fluxo mais rápido dos usuários, além do
que, a área de espera estando bloqueada, pode se tornar insuficiente ao
público. O hall não deve servir como passagem entre dependências.
Grupo
de sete ou oito carros
Sempre
com “4 frente a 3 ou 4” .
Valem aqui os mesmos comentários do item 4.
A
largura do hall deve ser no mínimo 3,30m e no máximo 5,00m.
Diversos
Figura 12:
Soluções
desse tipo, independentemente dos acessos, devem ser usadas com cautela, pois,
para se ter largura do hall razoável entre os dois carros de fundo (1 e 4), os
carros 3 e 6 podem ficar muito afastados.
Figura 13:
Essa
solução é pouco recomendada face à interferência que haverá na movimentação dos
passageiros.
Figura 14:
Essa
solução não é econômica, pois será necessária a construção de vigas adicionais
paralelas, em cada Caixa, para a fixação das guias, o que causará perda de área
que poderia ser útil ao edifício, além de custo adicional para a construção
civil. Nessa solução também haverá o problema de interferência na movimentação
dos passageiros.
Figura 15:
Trata-se
de uma solução inadequada quando se tem como meta o custo da instalação, pois,
além dos mesmos inconvenientes da figura 14, as pessoas localizadas em um dos
extremos não vêem a chegada do elevador do outro extremo, obrigando assim a
utilização de sistemas mais complexos para as soluções das dificuldades.
Importante: Os
inconvenientes de tráfego e fluxo de passageiros no hall para as situações de
projeto das figuras 12 a
15 são adequadamente resolvidos com a especificação do sistema MICONIC 10™. A
utilização do sistema MICONIC 10™ irá pré-agrupar os passageiros em função dos
pavimentos de destino, reduzindo a sua movimentação no hall em cada pavimento.
Cálculo de
Tráfego nos Elevadores
É
a sistemática de cálculo que permite avaliar se a quantidade de elevadores e a
área das Caixas previstas durante o desenvolvimento de um projeto serão
satisfatórias para proporcionarem um transporte vertical adequado ao fluxo de
pessoas do edifício. É indispensável para a fixação das especificações básicas
dos elevadores e de seu número.
A
norma NBR-5665 Cálculo de Tráfego nos Elevadores, da ABNT, estabelece as
condições mínimas a serem observadas no tráfego das instalações de elevadores
de passageiros. Para edifícios de médio e grande porte recomenda-se uma análise
detalhada do projeto e orientações do fabricante que permitam alcançar a melhor
performance de tráfego para o edifício.
Vários
municípios exigem a apresentação do cálculo de tráfego que demonstre estarem os
elevadores atendendo aos preceitos mínimos exigidos pela ABNT, para que seja
aprovado o projeto do edifício.
Posteriormente,
para a expedição dos alvarás de instalação e funcionamento dos elevadores,
esses municípios exigem que o cálculo de tráfego seja novamente apresentado,
desta feita pela empresa fabricante dos equipamentos.
Mesmo
nos municípios onde a norma NBR-5665 não seja exigida para aprovação de
projeto, recomenda-se que seja feito o cálculo de tráfego, pois, o mesmo é
instrumento de grande valia na fixação da solução mais adequada e mais
econômica para os elevadores.
Para
que se possa efetuar o cálculo, as seguintes variáveis deverão ser conhecidas:
-
População do prédio;
-
Número de paradas dos elevadores;
-
Percurso dos elevadores;
-
Tipos de portas dos elevadores;
-
Capacidade das cabinas;
-
Velocidade dos elevadores;
-
Quantidade de elevadores.
ROTEIRO
PARA O CÁLCULO DE TRÁFEGO
O
roteiro básico para a elaboração do cálculo de tráfego, com a descrição de
todas as etapas necessárias, e com as exigências da NBR-5665, segue os Modelos
dos exemplos de cálculo, que estão no final deste capítulo. A enumeração dos
itens 1 até 26 abaixo, coincide com a desses Modelos de Cálculo.
Importante: Note-se que
o cálculo deve ser executado separadamente para elevadores situados em halls distintos,
atendendo também a populações distintas.
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