EVACUAÇÃO DOS OCUPANTES
A população fixa e
circulante da edificação precisa sair das áreas perigosas. Edifícios altos e
mais populosos tendem a tornar as coisas mais difíceis. A complexidade do
problema esta diretamente ligada ao estimulo para que as pessoas saiam ou não
do edifício. Para entendimento, são definidos como pessoas que podem andar,
aquelas capazes de abandonar o edifício durante uma situação de emergência sem
auxilio de Bombeiros. Que não podem andar, aquelas incapazes de abandonar o
edifício durante uma situação de emergência sem o auxilio de Bombeiros, encontram-se
aqui incluídas as pessoas que dependem da assistência mecânica (muletas,
cadeiras de rodas, etc), cegos e surdos. Pessoas incapazes temporariamente por
uso de drogas ou excesso de álcool, doenças e pessoas confinadas por razão de
segurança devem ser consideradas capazes. Em primeiro lugar deve-se dar
prioridade as pessoas consideradas incapazes, pois estas necessitam da maior
ajuda dos Bombeiros.
CONTROLE DOS OCUPANTES
As pessoas em boas
condições físicas devem ser orientadas de forma a ganharem as áreas de refúgio.
Não deve ser permitido retornar as áreas perigosas ou a outras áreas de perigo.
Colocar guardas em locais estratégicos do edifício, de forma a poder controlar
o pessoal evacuado.
ESTABELECIMENTO DE ÁREAS DE REFÚGIO
Por quatro razões
principais, pode-se evacuar todos os ocupantes de um alto edifício para a rua:
- Fugir aos produtos da combustão;
- O não conhecimento das substâncias
encontradas pelos Bombeiros;
- Muitas pessoas são incapazes de andar
ou descer pelas escadas mecânicas dos Bombeiros;
- O elemento tempo não permite evacuar
grande número de pessoas.
Se o incêndio esta
localizado no topo do edifício, as áreas de refúgio são normalmente
estabelecidas 3 andares abaixo do andar em chamas. O risco de expor os
ocupantes muito tempo no telhado, é menor que expô-las aos riscos do fogo,
fumaça e gases na tentativa de levá-las para baixo, mesmo com o fogo extinto. A
evacuação dos ocupantes do telhado por helicópteros não é recomendada, a menos que
esteja em perigo iminente. Usualmente os ocupantes do telhado estão a salvo da
fumaça severa e estão sob a supervisão do pessoal do Corpo de Bombeiros.
O tempo é o fator
mais importante nas operações de salvamento. Em geral, o Corpo de Bombeiros têm
capacidade para retardar o desenvolvimento do incêndio até que as pessoas
estejam salvas ou fora das áreas de perigo. O tempo destinado ao transporte dos
ocupantes ao saguão depende das pessoas andarem rápido e sem tropeços. Por
exemplo: uma demonstração de abandono de local realizada no Canadá, em um
edifício de 11 pavimentos, considerando-se 240 pessoas por andar, durou 6.12
minutos. Baseado nestes cálculos, para evacuação de um edifício de 30
pavimentos com saídas simples, seria necessário 1 hora e 18 minutos, e 2 horas
e 11 minutos para o abandono de uma estrutura de 50 pavimentos. Com base nos
resultados destes cálculos, conclui-se que a completa evacuação de altos
edifícios é irracional. Portanto o estabelecimento de áreas de refúgio durante
os incêndios, alguns andares abaixo do incêndio ou no telhado, economiza tempo
precioso.
USO DAS SAÍDAS
Deve-se lembrar que
a maioria das pessoas (moradores) são alheios (não conhecem) as varias saídas
existentes em um edifício. Normalmente os ocupantes do edifício só usam a sala
de espera do elevador e o andar onde moram, sendo este o caminho entre a casa e
o trabalho. Assim não conhecem as outras saídas do edifício. Os elevadores de
serviço são interditados e só fazem os corredores internos, não dando condições
aos ocupantes de conhecerem o fim das escadas.
A entrada de fumaça
nos corredores cria problema similar. O potencial de pânico é muito real. A
educação dos ocupantes no que diz respeito aos tipos e localização das saídas
existentes é necessário para o desempenho das funções do Bombeiro. Deve-se dar
ênfase ao fato de levar pelas escadas e portas até o 1º andar.
CAPACIDADE DAS SAÍDAS
A capacidade das
saídas é dada pela divisão interior da escadas. As saídas são dimensionadas de
acordo com a NBR 9077 e como tal citamos a escada enclausurada a prova de
fumaça, a qual dá passagem a evacuação com segurança, isolando o público de
qualquer contato com o incêndio.
PONTO FINAL
A localização e
ponto final de todas as escadas deve ser apontado em cada andar, isso é
fundamental para ocupantes e Bombeiros. As portas das escadas devem ser
diferentes das saídas e poços do elevador em todos os andares, desde o nível da
rua até o terraço, para facilitar a fuga do edifício.
Fonte:
DEFESA CIVIL NA ESCOLA - Corpo de Bombeiros do Paraná
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