Elevadores
Unidades
do grupo
É
a quantidade de elevadores prevista.
Capacidade
(passageiros)
É
a lotação máxima da cabina, subtraída uma pessoa se houver ascensorista.
Paradas
É
a quantidade de pavimentos servidos pelo elevador, incluindo térreo, subsolos,
sobrelojas, mezanino, etc.
Paradas
prováveis
O
número de paradas prováveis que o elevador pode efetuar em uma viagem é função
da capacidade da cabina (item 7 acima) e da quantidade de pavimentos a serem
atendidos (item 8 acima). Este número é obtido com base no Cálculo de
Probabilidades, através da fórmula (conforme item 6.2 da NBR-5665):
onde:
N
= número de paradas prováveis
P
= número de paradas do elevador
c
= lotação da cabina, excluindo o ascensorista
A
Tabela 5 mostra o “número de paradas prováveis” para algumas combinações de
capacidade e número de pavimentos servidos:
Número de Paradas Prováveis
Item 6.2 da NBR-5665
Capacidade da Cabina (excluído o ascensorista)
Percurso
(m)
É
a distância, em metros, percorrida pelo carro, do piso acabado da primeira
parada ao piso acabado da última parada (não inclui, portanto, o espaço livre
superior e o Poço).
Velocidade
(m/s)
A
velocidade é estabelecida, inicialmente, de forma compatível com a altura do
prédio, conforme as Tabelas 6 e 7.
Velocidades
recomendadas para edifícios residenciais:
Velocidades
recomendadas para edifícios não-residenciais:
Note-se
que estas velocidades são apenas recomendadas visando um melhor atendimento aos
passageiros, não sendo portanto obrigatórias. Ao final, o cálculo de tráfego
pode nos indicar velocidades maiores ou menores do que a inicialmente prevista.
Importante: Não deve
ser esquecida a Tabela 1, no Capítulo 1, que alinha as combinações usuais e
econômicas de velocidades e capacidades.
Tipo
de Portas
É
a indicação do tipo de porta de pavimento escolhida: AL ou AC.
Abertura
livre (m)
É
a indicação da dimensão da largura da porta.
Tempos
adotados (em segundos)
Aceleração
e retardamento
É
o tempo gasto para acelerar e desacelerar o elevador, em cada viagem. É obtido
na Tabela 8, em função da velocidade indicada no item 11 anterior (conforme
item 6.1 da NBR-5665).
Tempo
de aceleração e retardamento
Abertura
e fechamento de portas
É
o tempo gasto para a abertura e fechamento das portas do elevador em cada
parada. É obtido na Tabela 9 (conforme item 6.1 da NBR-5665), em função do tipo
de porta indicado no item 12 anterior.
Tempo
de abertura e fechamento de portas
Entrada
e saída de passageiros
É
o tempo gasto para a entrada e saída de passageiros da cabina, em cada parada. É
obtido na Tabela 10 (conforme item 6.1 da NBR-5665), em função da abertura
livre da porta indicado no item 13 anterior.
Tempo
de entrada e saída de passageiros
Tempos
Totais Calculados
Percurso
total (T1)
É
o tempo gasto pela cabina para percorrer o percurso, de ida e volta, sem parar
em nenhum pavimento. Sendo S o percurso (em metros) e V a velocidade do
elevador (em metros por segundo), teremos:
Aceleração
e retardamento (T2)
É
o tempo gasto nas operações de aceleração e desaceleração durante todo o percurso.
É a metade do resultado obtido pela multiplicação do “número de paradas
prováveis” pelo tempo de aceleração e retardamento de cada parada.
Abertura
e fechamento de portas (T3)
É
o tempo gasto nas operações de abertura e fechamento das portas em todo o
percurso. É obtido pela multiplicação do “número de paradas prováveis” pelo
tempo de abertura e fechamento das portas de cada parada.
Entrada
e saída de passageiros (T4)
É
o tempo gasto para a entrada e saída de passageiros da cabina durante todo o
percurso. É obtido pela multiplicação do valor correspondente à capacidade da
cabina (excluído o ascensorista) pelo tempo de entrada e saída de cada
passageiro (indicado no item 16 anterior).
Soma
parcial
É
a soma dos seguintes tempos:
-
Percurso total;
-
Aceleração e retardamento;
-
Abertura e fechamento de portas;
-
Entrada e saída de passageiros.
É
igual a 10% da soma dos tempos de abertura e fechamento de portas e de entrada
e saída de passageiros. Essa porcentagem de 10% é empírica e representa um
adicional devido ao tempo que o elevador espera no andar pelos passageiros
distanciados, retardatários, distraídos, etc.
Tempo
total de viagem (T)
É
o tempo total gasto pelo elevador por viagem, incluindo todas as manobras,
esperas, etc..
Capacidade
de transporte (Ct)
É
a quantidade de pessoas que serão transportadas em 5 minutos (300 segundos) por
um elevador. Calcula-se por uma simples regra de 3: se um elevador gasta o
tempo T (Tempo total de viagem) para transportar um número de pessoas igual à
capacidade da cabina (excluído o ascensorista), então em 300 segundos transportará
um número X de pessoas.
Sendo:
C
= capacidade da cabina, excluído o ascensorista;
T
= Tempo total da viagem, em segundos.
Então:
Capacidade
de tráfego ( CT)
A
capacidade de tráfego (CT), será a soma das capacidades de transporte de cada
elevador, ou seja, será a quantidade de pessoas transportadas em 5 minutos por
toda a bateria de elevadores.
Se
os n elevadores possuírem as mesmas características, suas capacidades de transporte
serão iguais e a capacidade
de
tráfego será:
O
valor da capacidade de tráfego CT deve ser maior ou igual ao valor encontrado
no item 4 deste roteiro, para atender aos preceitos da NBR-5665 quanto ao
transporte em 5 minutos.
Se
o valor da capacidade de tráfego for inferior ao valor encontrado no item 4, o
cálculo deverá ser refeito, variando-se a capacidade, ou a velocidade, ou
ambas, ou mesmo a quantidade de elevadores, visando atingir o referido número.
Intervalo
de tráfego ( I )
É
o Tempo Total de Viagem (item 23 anterior), dividido pelo número de carros ou
seja:
onde:
I
= intervalo de tráfego;
T
= tempo total de viagem, em segundos;
n
= número de elevadores do grupo.
Conceitualmente,
I é o tempo máximo que um passageiro pode esperar pelo carro, ou seja, é o
máximo tempo de espera que ocorre entre a partida de um elevador e a chegada de
outro, como mostrado na figura 17 para dois elevadores.
O
intervalo de tráfego deve ser igual ou inferior ao indicado no item 5 (pág. 34)
anterior intervalo de tráfego máximo admissível (exceto para edifícios de
apartamentos).
Se
for superior, o cálculo deverá ser refeito, variando-se a capacidade, ou a
velocidade, ou ambas, ou mesmo a quantidade de elevadores, visando atingir o
referido número.
Grau
de serviço (K)
Os
intervalos máximos admissíveis, indicados na Tabela 4, à página 34, foram
fixados buscando-se para cada um dos casos determinado grau de satisfação dos
usuários, ou GRAU DE SERVIÇO. Este é calculado pela seguinte fórmula:
onde:
K
= grau de serviço;
T
= tempo total de viagem, em segundos;
I
= intervalo de tráfego.
Desta
forma, o GRAU DE SERVIÇO (K) é função do tempo médio (I/2) durante o qual um
passageiro aguarda no andar a chegada do elevador, e é função do tempo médio
que o mesmo passageiro espera para chegar ao destino, após entrar no elevador
(T/4).
Através
da experimentação chegou-se à seguinte classificação para os valores de K:
Com
as exigências de transporte em 5 minutos e de intervalos máximos, a instalação
dos elevadores, além de atender a uma determinada necessidade de transporte,
evita que os passageiros tenham esperas longas ou viagens exageradamente
demoradas, resultando em satisfação dos usuários pelo melhor serviço prestado.
Exemplos
de cálculo
Os
exemplos de cálculo mostrados ao final podem ser facilmente entendidos
seguindo-se o roteiro apresentado neste capítulo. Note-se, no exemplo 2, o que
ocorre quando um mesmo prédio, com a mesma população, passa de escritórios em
geral para escritórios de uma única entidade: como a porcentagem mínima a ser
transportada em 5 minutos é maior para o prédio de escritórios de uma única
entidade, há necessidade de se elevar o número de elevadores, se mantivermos
todos os outros parâmetros iguais (soluções A e B).
Uma
2ª alternativa para essa mudança de destinação é a da solução C: aumentando-se
a capacidade e a velocidade dos elevadores, a quantidade deles não precisa ser
aumentada. O exemplo 3 apresenta uma terceira alternativa. Dividindo-se o
prédio do exemplo 2 em duas zonas, com dois grupos de elevadores para
atendê-las, é possível diminuir a velocidade e a capacidade de todos os
elevadores, aumentando-se o número de elevadores. A esta solução dá-se o nome
de “zoneamento”, que é muitas vezes a solução mais econômica.
Importante: Devem ser
evitadas as soluções que prevejam, dentro de um mesmo grupo, elevadores panorâmicos
junto a convencionais.
A
não observância dessas diretrizes prejudica sobremaneira a boa performance dos
elevadores no atendimento ao tráfego do edifício.
Nenhum comentário:
Postar um comentário