01 - QUASE ACIDENTE SÃO SINAIS DE ALERTA
Muitos acidentes quase
acontecem...
São aqueles que não provocam
ferimentos apenas porque ninguém se encontra numa posição em que se possa se
machucar. Provavelmente, se nós tivéssemos conhecimento dos fatos,
descobriríamos que existem muito mais acidentes que não causam ferimentos do
que aqueles que causam.
Exemplo:
Você deixa alguma coisa pesada
cair de suas mãos e não acerta o próprio pé. Isto é um acidente, mas sem grandes conseqüências ou mesmo um
pequeno ferimento. Você sabe o que geralmente faz com que um quase acidente não
seja um acidente com ferimentos? Geralmente é uma fração de segundo ou uma
fração de espaço. Pense bem. Menos de um segundo ou um centímetro separa você
ou uma pessoa de ser atropelado por um carro.
Esta diferença é apenas uma questão de sorte?
Nem sempre...
- Suponha que você esteja
voltando para a casa à noite de carro e por pouco não tenha atropelado uma
criança correndo atrás de uma bola na rua. Foi apenas sorte você ter conseguido
frear no último segundo a poucos centímetros da criança?
Não...
- Um outro motorista talvez
tivesse atropelado a criança.
Neste exemplo os seus reflexos
podem ter sido mais rápido, ou talvez você estivesse mais alerta ou mais
cuidadoso. Seu carro pode ter freios melhores, melhores faróis ou melhores
pneus. De qualquer maneira, não se trata de sorte, apenas o que faz com que um
quase acidente não se torne um acidente real.
Quando acontece algo como no caso
da criança quase atropelada, certamente, você reduzirá a velocidade sempre que
passar novamente pelo mesmo local, você sabe que existem crianças brincando nos
passeios, e que, de repente, elas podem correr para a rua.
No trabalho um quase acidente
deve servir como aviso da mesma maneira. A condição que quase causa um acidente
pode facilmente provocar um acidente real da próxima vez em que você não
estiver tão alerta ou quando seus reflexos não estiverem atuando tão bem.
Tome por exemplo, uma mancha de
óleo no chão. Uma pessoa passa, vê, dá a volta e nada acontece. A próxima
pessoa a passar pelo local não percebe o óleo derramado, escorrega e quase cai.
Sai desconcertado e resmungando. A terceira pessoa, infelizmente, ao passar,
escorrega, perde o equilíbrio e cai, batendo com a cabeça em qualquer lugar ou
esfolando alguma parte do corpo.
Tome um outro exemplo. Um
material mal empilhado se desfaz no momento que alguém passa por perto. Pelo
fato de não ter atingido esta pessoa, ela apenas se desfaz do susto e diz.
“Puxa, essa passou por perto!”
Mas se a pilha cai em cima de
alguém que não conseguiu ser mais rápido o bastante para sair do caminho e se
machuca, faz-se um barulho enorme e investiga-se o acidente.
A conclusão é mais do que óbvia.
NÓS DEVEMOS ESTAR EM ALERTA PARA O QUASE ACIDENTE. Assim evitamos ser pegos por
acidentes reais.
Lembre-se que o quase acidente
são sinais claros de que algo está errado.
Exemplo:
Nosso empilhamento de material pode estar mal feito; a arrumação do nosso local
de trabalho pode não estar boa. Vamos verificar nosso local de trabalho, a
arrumação das ferramentas e ficar de olhos bem abertos para as pequenas coisas
que podem estar erradas. Relate e corrija estas situações. Vamos tratar os
quase acidentes como se fossem acidente grave, descobrindo suas causas
fundamentais enquanto temos chance, pois só assim conseguiremos fazer de nosso
setor de trabalho um ambiente mais sadio.
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